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sábado, 18 de janeiro de 2014

Artigos: Dicas para iniciar sua carreira de Mestre de RPG

Ola amigos esse texto foi elaborado para mestres iniciantes ou mesmo algum jogador que esteja interessado em começar a mestrar aventuras de RPG.


Quem e quem?

O Mestre: Primeiramente é necessário saber o papel do mestre na sessão de RPG e é algo bem simples: Sem o mestre a sessão não existiria. É o mestre que contextualiza e da vida a história, ambienta o mundo e as limitações de cada ação do personagem, é o mestre quem orquestra cada aventura, que posiciona cada inimigo e faz a história possuir verossimilhança construindo uma rede de informações que as tornam reais na imaginação de cada jogador. Resumindo: Quando pensar em um mestre de RPG pense em um diretor ou roteirista de cinema, o papel do mestre é organizar o ambiente em que a história irá acontecer dando as limitações e a liberdade para o personagem jogador exercer o livre arbítrio e interpretar cada acontecimento narrado. Alem disso o mestre também da a vida, personalidade a todos personagens do mundo que não os jogadores (NPCs).

NPCs: Esses são os personagens do mestre, pode ser desde de o dono da taverna que da a missão para o grupo como o terrível dragão que os heróis tem que enfrentar.

PCs: Esses são os personagens do grupo a quem você pretende mestrar deve se levar em conta que cada grupo tem suas características próprias eu sugiro que antes de ser um mestre jogue algumas partidas como PC para você ver na pratica a aplicação das regras e situações da mecânica do jogo.

Agora que sabemos quem é quem vamos a algumas dicas:
1- A primeira é talvez a mais importante: Mestrar é algo trabalhoso você necessita conhecer bem o sistema de regras e o cenário escolhido. Isso significa não apenas ler o livro, mas principalmente estudar essas regras e o cenário. Isso te dará segurança, pois invariavelmente os jogadores irão tentar fazer várias coisas diferentes daquilo que você tinha planejado para a sessão. Essas coisas vão desde tentar improvisar – e você vai ter de saber bem as regras para ver se o improviso é válido ou não – até sair totalmente do “caminho” planejado – e você vai ter de conhecer bem o cenário para narrar de improviso o que eles encontram. Nesse sentido, eu recomendo começar a narrar com um sistema e cenário já existentes. É muito difícil criar um sistema e cenário próprios, e para que suas criações funcionem, você deve ter um bom conhecimento prévio de vários sistemas e cenários. Então, para começar, o mais seguro é pegar um sistema e um cenário que já existem se aprofundar nele e começar a contar suas histórias.

2 - Um grupo de RPG em sua grande maioria também é um grupo de amigos pessoas que se conhecem e gostam da companhia dos colegas então pensando assim você deve conhecer o gosto de cada jogador e também a personalidade do grupo tente ambientar um mundo semelhante ao gosto do grupo para que não se torne uma aventura cansativa e sem graça para a maioria. Pode até parecer que não, mas isso ajuda muito na hora de um jogador interpretar a história.


3 - Incentive e leia os background dos personagens. Muitas vezes quando lemos os backgrounds dos personagens somos armados com ótimas informações que podem e devem ser usadas na aventura que pretendemos narrar, pois isso alem de tornar a experiência mais interessante para os jogadores  também prende muito mais a atenção deles na aventura. Portanto sempre leve em consideração e use informações que os personagem escrevem em seus backgrounds.


4 - Não crie sessões de jogo muito longas alem se tornar um pouco cansativo para você, também e desgastante para o grupo pensa que cada aventura deve ter inicio meio e fim com ou sem um gancho para continuar, porque uma boa serie de sessões de jogo acaba sempre virando uma ótima crônica.


5 - Simplifique a ficha de personagem e dos NPCs. Não siga todas as regras ao pé da letra, afinal você é o mestre, e é seu papel fazer tais adaptações para cada tipo de aventura. Lembre-se: Simplicidade às vezes é melhor. Porque quando se tem muitos npcs você ficara enterrado em papéis e anotações o que causa uma grande perda de tempo acabando com a dinâmica do jogo.


6- As aventuras devem ser claras, não exagere na quantidade de inimigos, obstáculos e desafios é importante que os combates/desafios sejam justos e proporcionais leve sempre em conta o poder do grupo e o que eles podem enfrentar lembre-se a aventura deve seguir um enredo, caso contrario tudo irá se transformar em um caos desprendendo a atenção dos jogadores ou até deixando todos confusos e sem objetivo.


7 - Incentive a interação entre os personagens do grupo e entre o grupo e os seus npcs, isso alem de dar mais vivacidade a sua aventura acaba gerando tambem ganchos e laços entre os personagens o que ajuda para novas aventuras e ate acaba gerando coisas clássicas que ficaram pra sempre na sua memória, como aquele bardo elfo gago que tocava violão da aventura tal..


8 - Lembre-se a diversão é o objetivo principal do RPG, evite criar frustrações entre os jogadores. No fundo isso pode até ser divertido para o mestre, mas e para o restante do grupo? Pense nisso. O mestre tem que sempre entender que não se trata de uma competição e sim desafiar o grupo a resolver suas historias eles são os heróis não os trate como simples fundo de cenário.


9- Merdas acontecem, mesmo levando em consideração o item 07 tenha em mente que as vezes as pessoas tem azar nos dados e um determinado personagem morre antes do tempo o que fazer?, não sai facilitando e ressuscitando personagens a torto e a direito isso da ao grupo uma impressão de invulnerabilidade e tira o elemento desafio do jogo, se um determinado personagem morre e ele é muito importante para o decorrer da historia crie uma missão secundaria para poder traze-lo de volta ou caso contrario azar... merdas acontecem peça ao jogador para criar outro personagem encaixe ele na historia e a aventura continua.


10 - E finalizando RPG e só um jogo evite situações onde possam acontecer desavenças entre os seus amigos em função dos personagens porque o objetivo é a diversão de todos inclusive a do mestre.

Espero que tenham gostado em breve teremos mais textos sobre o assunto.

autor: Marcio Lasombra.

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