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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Menu Mitologia Grega: Ino, a Madrasta de Frixo e Helé

INO, A MADRASTA DE FRIXO E  HELÉ

Frixo e Hele eram filhos de Athamante, Rei da Beócia e Nefele. Porém, Athamante se apaixonou por Ino, filha de Cadmo e Harmonia, repudiando sua esposa. Atamante levou Ino para seu reino, tendo com ela dois filhos: Learco e Melicerte. Ino não suportava os filhos de Néfele com Atamante e arquitetou um plano cruel. Na época da semeadura, ela molhou o trigo, o que fez com que a colheita anual fosse um fracasso.
Athamante mandou mensageiros ao Oráculo de Delfos, mas Ino havia instruído os mensageiros a dizer que Frixo deveria ser sacrificado a Zeus. Sabendo dos planos de Ino, Néfele que tinha recebido dos deuses um carneiro voador com o velo ou lã de ouro, chamado Crisomalo, mandou que o carneiro voasse para longe levando seus filhos Frixo e Hele. Porém Hele caiu no mar na região que passou a chamar-se Helesponto.
Frixo prosseguiu até chegar ao reino da Cólquida, sacrificou o carneiro e deu o velocino de ouro a Eeter, Rei da Cólquida, que lhe retribuiu dando-lhe tempos depois em troca sua filha Calcíope e dessa união nasceu Argos. O Rei Eeter havia sido prevenido para temer a morte por um estranho, por isso matou Frixo e lançou Argos ao mar que foi salvo pelos deuses. Em outras terras da Cólquida, nascia Jasão que também foi lançado ao mar, sendo salvo pelos deuses. Isso faria com que Jasão e Argos se encontrassem. Quando crescessem, teriam a missão de buscar o velocino de ouro junto com os argonautas. 
Athamante foi banido da Beócia e perguntando onde devia morar recebeu do oráculo a instrução que deveria morar onde ele fosse alimentado por animais selvagens. Ele encontrou um grupo de lobos, mas quando os lobos o viram, fugiram. Athamante se estabeleceu neste lugar, chamando-o de Athamantia.
Ino era irmã de Semele, a mãe de Dioniso, a quem Hera perseguia por ser filho de Zeus com a amante. Após a morte de Semele, Ino passou a cuidar de Dioniso e por isso, Hera passou a perseguí-la e ordenou às Erinias que afligisse de loucura Athamante e Ino. Acometido de súbita fúria, Atamante tomou Learco dos braços de Ino e atirou-o contra a parede, depois ateou fogo ao palácio. Tomada de furor, Ino se precipitou de um rochedo com o outro filho Melicerte. 
Ao assistir tamanha barbarie, Afrodite e Poseidon transformou Ino e Melicerdes em divindades marinhas, dando-lhes novos nomes: Leucotéia e Palemon, que se tornaram protetores dos marinheiros. Ambos tinham o poder de salvar os homens em naufrágios. Palemon geralmente era representado cavalgando um golfinho e os Jogos Ístmicos eram celebrados em sua honra. Era chamado Portuno pelos romanos e acreditava-se que governava os portos e as costas. Leucotéia aparece na Odisséia salvando Ulisses da fúria de Poseidon quando este sai da ilha Ogigia, o antro de Calipso.
Logo que a notícia se espalhou pela cidade, as mulheres correram à margem do mar em busca de Ino. Na aflição que lhes causava tão trágico desfecho, rasgaram as vestes, arrancaram os cabelos e deploram as desventuras da infeliz casa de Cadmo. Zangaram-se com Hera e censuram-lhe a injustiça e crueldade. A deusa, ofendida com as suas queixas, diz-lhes: "Ides ser vós outras os mais terríveis exemplos dessa crueldade que tanto me censurais. O efeito segue-se à ameaça. "
A que mais era afeiçoada a Ino, imobilizou-se e viu-se presa ao rochedo. Outra, feriu o próprio seio e sentiu os braços tornarem-se duros e inflexíveis. Outra, com os braços estendidos para o mar, não mais conseguiu movê-los. E mais outra, que estava arrancando os cabelos com as mãos, sentiu que as mãos e os cabelos se transformaram em pedra. A maioria sofreu mudanças análogas e ficaram na mesma atitude em que estavam no momento da metamorfose. As demais amigas de Ino foram transformadas em aves e esvoaçavam no mesmo lugar roçando as ondas com a ponta das asas. "

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