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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Menu Mitologia Grega: Daimones Coribantes, Curetes e cabiros

DAIMONES CORIBANTES, CURETES E CAIBROS

Os Coribantes eram sacerdotes de Réia, peritos na arte de trabalhar em metais. Assim como os Curetes e os Cabiros, os coribantes eram divindades misteriosas. Nos seus êxtases sagrados executavam danças e conduziam seus cultos em ritos de orgia, acompanhados por gritos selvagens e a música frenética de flautas, tambores e címbalos. Possuídos pela febre da dança, não realizam suas evoluções segundo uma clara consciência e eram capazes de atrair seguidores embalados por sua música. 

Poetas líricos obtinham a harmonia de seus versos embalados pelo Coribantes em suas belas poesias. Daimones rústicos, os Coribantes e os Curetes foram nomeados por Réia para guardar Zeus quando ele ainda era criança. Escondido em uma caverna do Monte Ita em Creta, Zeus era o único filho que tinha sido salvo de ser engolido por seu pai Cronos. Os daimones abafavam o choro da criança com uma dança frenética fazendo ruidos com suas lanças e escudos. 

Os Curetes eram deuses das montanhas selvagens e inventores das artes rústicas do trabalho em metal, pastoreio, caça e apicultura. Foram também os primeiros guerreiros armados e os deuses da dança orgiástica da guerra executada pelos jovens de Creta e da Eubéia. Eram nascidos do esperma de Urano juntamente com Afrodite, as Erínias e os gigantes quando Urano foi castrado. 

As Hekatérides eram cinco ninfas e estavam relacionadas às danças rústicas. A dança Hekateris envolvia o movimento das mãos e na dança Hekateros os dançarinos saltavam alto batendo os calcanhares contra as nádegas. As cinco irmãs e cinco irmãos eram conhecidos como os Dáctilos ou Daktyloi - Os dedos, porque cada um tinha 10 dedos e juntos somavam 100 dedos. Quando eles se casavam, uniam-se dedo-a-dedo, simbolizando uma união harmoniosa das mãos para construir. 

Da união dos Curetes com suas irmãs, as Hekatérides, teriam nascido os Sátiros, as Oréades e as tribos dos Curetes, os primeiros Cretenses. As Oréades eram as ninfas protetoras das montanhas, das cavernas e das grutas. Elas não eram imortais mas tinham vida muito longa e não envelheciam. Com seu dom de curar, profetizar e nutrir, elas agiam sempre em grupo. Eco era uma das oréades que foi privada do dom da fala pela deusa Hera e, desde então, foi condenada a repetir os sons que são produzidos em montanhas e grutas. 

Os 100 curetes mais jovens casaram-se com as Melíades que eram as ninfas nascidas do Freixo, uma árvore que simbolizava a durabilidade e a firmeza. Nascidas quando o esperma de Urano fecundou a terra, as Melíades alimentaram Zeus quando ele era criança fornecendo o mel e o leite. Melia, uma das melíades casou com seu irmão Ínaco - deus rio e foram os pais de Io, Foroneu, Egialeu ou Fegeu e Nilodice. Io foi uma das paixões de Zeus e, por isso, foi transformada em novilha. Melia também é citada como mãe de Amico, filho de Poseidon. 

As conotações militares do freixo, deu uma suposta origem violenta e belicosa às Melíades e também por serem irmãs das Erínias. Entretanto elas tinham um doce aspecto, pois os freixos também segregavam uma seiva açucarada chamada pelos gregos de Méli ou Mel, considerados pelos gregos como manifestação da ambrosia dos deuses. A espécie de freixo mais comum nas montanhas da Grécia, Fraxinus ornus, é conhecida como "freixo do maná". 

Outras Melíades mais conhecidas eram: 

• Hidas, a nutriz e visão
• Adastréia, a inevitável
• Idotéia, o saber
• Melissa, a doce
• Cinosura, a sagaz e proteção
• Helice, a alegre
• Amaltéia, a cura e alívio
• Adamantéia, a indomável

Os Daimones em grego significa divindades e eram a personificação dos gênios. A designação de Daimon originou com os gregos na antiguidade e ao longo da história surgiram diversas descrições para esses seres. O nome em latim é dæmon que originou o vocábulo em português demônio e eram considerados intermediários entre os deuses e os homens. Sócrates, que ao contrário de seus colegas sofistas não abriu uma escola e não cobrava por seus ensinamentos, atribuia o que dizia ao daemon, seu gênio pessoal. 

O temperamento dos daimones estava relacionado a um elemento natural ou a uma vontade divina. Um mesmo daimon podia designar tanto o bem quanto o mal, conforme a circunstância que influenciasse. No plano teleológico, os gregos falavam de Eudaimons - "Eu" significando o bom e favorável e kakodaimons - "kakos" significando o mal e desfavorável. Por isso, a palavra grega que designa o fenômeno da felicidade é Eudaimonia, ser feliz para os gregos era viver sob a influência de um bom daimon. 

O conceito original entre os gregos ainda os conectavam aos elementos da natureza, surgidos em seguida aos deuses primordiais. Assim surgiram os daimons do fogo, da água, do mar, do ar, da terra, das florestas etc. Podem estar conectados aos espíritos que regem ou protegem um lugar, uma cidade, fonte, estrada, etc. Também se relacionam às afetações humanas, do corpo e do espírito, entre eles, o sono, o amor, a alegria, a discórdia, o medo, a morte, a força, a velhice etc.

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