
Chegando à corte de Djuki, a rainha Grimhild, através de encantamentos, faz Sigurðr esquecer Brynhildr e casar com sua filha Gudrun. Desejando ainda casar Brynhildr com seu filho Gunnar, envia este para tirá-la do castelo, mas ele não o consegue, por causa da muralha de chamas em torno. Disfarçado de Gunnar, Sigurðr penetra no castelo e casa com a valquíria, e lá permanece com ela por três noites, mantendo contudo uma espada entre eles no leito conjugal, significando que tencionava preservá-la virgem até entregá-la ao verdadeiro Gunnar. Então sem que ela perceba os homens reassumem suas identidades reais, com Brynhildr continuando a pensar que casara com Gunnar. Mais tarde suas esposas disputam qual seria o marido mais valoroso, e Brynhildr diz que nem mesmo o herói Sigurðr pôde penetrar no anel de fogo. Ao dizer isso Gunnar revela que fora Sigurðr o autor da façanha, e este relembra sua antiga paixão por Brynhildr, que se enfurece com a trapaça em que fora colhida. Sigurðr tenta consolá-la, mas sem sucesso, e ela trama um plano para matá-lo. Gutthorm, irmão mais novo de Gunnar foi, por fim, o assassino. Morto Sigurðr, Brynhildr arrependida, lança-se à sua pira funerária.
Charles Butler: A morte de Sigurðr e Brynhildr, 1909.
Na Nibelungenlied ela é Brünhild, a rainha da Islândia, por três vezes consecutivas vencida em provas de força por Gunther, com a ajuda invisível de Siegfried. Enfim é obrigada a casar-se com o pretendente Gunther. Na noite de núpcias ela, com sua enorme força, o amarra e assim o deixa até o dia seguinte. Novamente Gunther pede a ajuda de Sigfried e seu manto de invisibilidade, mas diz para não ele dormir com ela. Brünhild é outra vez vencida, embora Sigfried tenha ficado com seu cinto e anel, um símbolo de seu defloramento. Já sem sua força descomunal ela aceita o legítimo esposo. Anos mais tarde ela convida Sigfried e sua mulher, Kriemhild, para visitarem seu reino, mas questões de precedência à entrada da Catedral de Worms causam uma disputa entre as rainhas, e Kriemhild mostra o anel e cinto que Sigfried lhe dera e que eram antes de Brünhild, e para seu vexame a acusa de ter sido amante de Sigfried, abalando a amizade entre os casais e seus reinos. Por fim o caso termina em tragédia, com a morte de Gunther, Kriemhild e Sigfried, além de vários outros personagens.
Aparecendo novamente no Anel do Nibelungo de Wagner, já como Brünnhilde, participa de três das óperas - Die Walküre, Siegfried, e Götterdämmerung - tendo um papel central na história de Wotan e na devolução do tesouro dos Nibelungos às filhas do Reno. Wagner optou por usar as fontes nórdicas primitivas, em vez da versão medieval alemã da lenda, mas mesmo assim fez importantes adaptações.
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