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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Menu Contos: A Maldita Adaga, Parte 03

A Maldita Adaga - Parte 3



— Não lhes contarei do modo como tudo aconteceu, mas da forma como me lembro. — disse o antigo gatuno. A taverna jazia lotada mais uma vez, todos queriam ouvir as histórias do habitante de sua vila que se tornara um forasteiro de seu próprio mundo e imperador de um mundo remoto. 

— No início pensei que estava com os sentidos nublados devido à queda, mas logo dei por mim. As folhas púrpuras sobre mim eram macias, aveludadas e gotículas de orvalho permaneciam em sua superfície. 

O tronco do enorme carvalho era quase negro, e no lugar onde antes havia uma adaga encravada, naquele mundo havia um magnífico cajado. — narrou o forasteiro habitante da vila gesticulando com suas mãos ágeis. — Não deixei de ser fisgado pela curiosidade quando me deparei com tal fato e nem de rir comigo mesmo imaginando que antes vivia em um mundo de ladrões e então estava em um mundo de magos. 

Ri ainda mais pensando em meu talento para a magia e como estaria lascado caso aquela anedota que contara a mim mesmo fosse verdade.

— E então? Lá só havia magos? — perguntou Tusk com a curiosidade tão latente que se esquecera de seu caneco cheio de cerveja.

— Não, havia ladrões, guerreiros, camponeses, aristocratas, e muitas outras profissões, além de incontáveis raças. Era um mundo dotado da diversidade e que contrariamente ao nosso, apreciava tal característica. Vi metamorfos felinos e também gênios libertos, vi dragões, entes, fadas, vampiros e tantas outras criaturas que sequer conseguiria me recordar. 

— Lá a magia era a lei. — prosseguiu o gatuno com o semblante saudoso. — Caminhei por toda parte e reuni todo o tesouro que pude, não há nada mais valioso que o conhecimento, meus caros companheiros, é o único tesouro que vale a pena ser acumulado, pois o carregaremos conosco para todo o sempre e ainda que a eternidade não nos toque, a nossa alma há de preservá-lo pra que um dia, quando tivermos atingido a sabedoria necessária lembremos das infinitas aventuras pelas quais nossas almas passaram.

— Se em um lugar em que o carvalho guarda um cajado a magia é a lei, qual é a nossa lei?
— indagou um homem que encontrava-se sentado em uma das mesas próximas ao antigo ladino que o encarou sorrindo. — Aqui temos inúmeras raças e infinitas profissões, mas qual é a lei que nos rege neste mundo tão indigesto?

— A lei da selva, meu caro companheiro. — respondeu o gatuno sorrindo.

Fim?

Incubbus

Arte: TheMinttu
FonteUtopia contos fantásticos

Parte 02

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