UM SIMPLES AVISO
Na quarta-feira, 17 de outubro, 1879, eu tinha recebido uma carta muito alegre de meu amigo, anunciando que o seu filho havia nascido, e que que tudo estava progredindo satisfatoriamente. Na noite de quarta-feira seguinte, 22 de outubro, fui pra cama por volta de dez horas. A casa estava silenciosa.
“Eu estava me preparando silenciosamente para ir dormir, quando ouvi com a mais inquestionável certeza, o som de passos suaves e apressados, que sugeriam exatamente passos de uma jovem dama, vindo da porta da sala e atravessando o corredor. Os passos seguiram, com alguma hesitação, à porta do escritório, e ao chegar lá, parou. Então eu ouvi o som de uma mãozinha agitada, mas suave, aparentemente procurando a maçaneta da porta.
Eu tinha achado que era minha esposa que tinha descido e queria falar comigo, eu sentei na cama, e chamei-a pelo nome, perguntando qual era o problema. Como não houve resposta, e os sons cessaram, eu risquei um fósforo, acendi uma vela, e abri a porta. Não escutei nada nem vi ninguém. Subi as escadas, encontrei todas as portas fechadas e todos adormecidos.
Extremamente perplexo, voltei para a saleta e fui para a cama, deixando a vela acesa. Imediatamente tudo recomeçou, mas dessa vez a maçaneta da porta foi aberta pela mão invisível, e abrindo a porta parcialmente, desistiu de entrar. Procurei novamente pela pessoa, com resultados igualmente fúteis. O relógio bateu onze horas, e então todos os distúrbios cessaram.
“Na manhã de sexta-feira eu recebi uma carta informando que a esposa do meu amigo havia morrido à meia-noite da quarta-feira anterior. Viajei apra Adere para falar com o meu amigo. Eu vou terminar a estória com um item de nossa conversa. Ele me disse que sua esposa piorou rapidamente na quarta-feira, até quando a noite chegou, e ela tornou-se delirante. Ela falava de forma incoerente, como se lembrando de cenas e lugares, uma vez familiares. “Ela pensou que estava em sua casa”, disse ele, e aparentemente conversando com você, e ela costumava manter o silêncio em intervalos como se estivesse ouvindo as suas respostas.
A história é do livro ESTÓRIAS VERDADEIRAS DE FANTASMAS IRLANDESES.
* bom achei interessante essa história, porque quando era criança, e os mais velhos se reuniam em casa, saia todo tipo de conversa, e uma delas, segundo eles, é dependendo da pessoa ela vem avisar a pessoa mais próxima que vai partir, não sei se é real, coincidência, mas já passei por isso, já "sonhei" com alguém e no outro saber que tinha falecido. Acho que o campo espiritual sempre será um mistério.
Perguntei-lhe se ele poderia lembrar da hora em que a conversa imaginária ocorreu. Ele respondeu que, curiosamente, ele poderia dizer com precisão, pois ele olhou para seu relógio, e vi que era entre dez e meia e onze horas – o horário exato das manifestações misteriosas ouvida por mim.”
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