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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Menu Contos: O Pântano de Dândalo

O PÂNTANO DE DÂNDALO


As águas do Pântano de Dândalo eram densas e pegajosas, devido à grande quantidade de matéria orgânica da vegetação que ali jazia em decomposição. Difícil era avançar com o barco pela extensão daquelas águas lodosas, mas ainda assim persistíamos remando e adentrando no vale em busca de nossas valiosas recompensas que haviam sido vistas pela última vez no velho trapiche de Trelária, a cidade baixa dos Nove Vales. 

Eram eles, dois desertores do Exército Imperial, uma foragida e um assassino classificados como ameaças em potencial à ordem há tanto tempo imperturbada de nossos Vales e por isso o Alto Conselho estabelecera uma tentadora recompensa às suas cabeças. A temporada de caça estava aberta e lá estávamos nós adentrando em uma região que desde a Guerra de Arandor fora considerada letal. 

A luz do farolete a frente do barco fora a única iluminação durante grande parte do percurso, porém, quando nos aproximávamos do cerne do pântano percebemos que os perigos que aquele lugar reservava não eram monstros, mas sim o fato de que era uma cidade “inexistente”, logo toda a resistência ao Império certamente estava sediada ali.
A magia ali era orgânica e crescia em árvores, dando frutos que provinham a iluminação dourada do lugar. Sentimos a presença das sentinelas em meio as árvores, eram centenas de arqueiros que miravam suas flechas em nossos crânios. Apanhei minha moeda do Infinito e olhei a primeira face que se mostrou em minha mão, era hora da verdadeira diversão.

Eu sorri, contava com a chuva de flechas, afinal não era uma caçadora de recompensas qualquer, conjurei o globo de atração de projéteis e quando a nossa volta havia uma bela cúpula de flechas eu as dissipei fazendo-as voar em todas as direções.
O que se seguiu foi uma chuva de sentinelas caindo nas águas pegajosas do pântano a tingi-lo de rubro.

— Me deem cobertura! — gritou o elfo saltando em uma das raízes pegajosas e deslizando para atacar com suas espadas gêmeas um oponente que conjurava algo em nossa direção, porém foi surpreendido por um patrulheiro que protegia o conjurador.
As luzes das árvores começaram a bruxulear e uma névoa esverdeada começou a serpentear pelas raízes e estruturas do pântano. O que se seguiu? Uma escuridão sem precedentes e a inconsciência. Estávamos a mercê do inimigo.

Ilusionista

Arte: Kim Christensen

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