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Seus fiéis a saúdam gritando Epa Heyi Oya!. Seus ritmo é chamados agó, ilu, ou aguerê de Iansã e de tão rápido, repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". É o mais rápido ritmo do candomblé, correspondendo à personalidade agitada, contagiante e sensual desta deusa guerreira, senhora dos ventos e que tem poder de afastar os espíritos dos mortos (eguns). Ela evoca, por meio de movimentos sinuosos e rápidos, tempestades e ventos furiosos.
Antes de se tornar mulher de Xangô, Iansã (Oiá) viveu com Ogum. Lamentando não ter filhos, consultou um Babalaô que a aconselhou fazer oferendas, entre essas um pano vermelho. Cumprida a obrigação, tornou-se mãe de nove crianças, o que, em iorubá, se exprime pela frase Iyá omo mesan, origem de seu nome Iansã.
Ogum ia abater um imponente búfalo quando viu a pele do animal se abrir e de dentro sair a bela Oiá! Linda, ricamente vestida e cheia de ornamentos que valorizavam sua beleza e sensualidade. Ela dobrou a pele do búfalo e o escondeu num formigueiro, dirigindo-se para a cidade.