
Passaram-se mais dez verões; a moça do ar fez surgirem as ilhas e os continentes; mas seu filho continuava sem nascer. Durante outros trinta verões, a criança, que era um menino, imaginava o que o aguardaria no mundo quando saísse do ventre de sua mãe. Seu nome, mesmo antes de nascer, era Vainamöinen. Afinal, ele pediu a ajuda do Sol e da Lua para ter mais forças, e conseguiu nascer. Após seu nascimento, sua mãe voltou a morar nos céus.
Vainamöinen viveu no mar por oito anos, e somente depois disso alcançou a terra. Lá ele conheceu Pellervoinen, que era filho da terra árida. Pediu a ele que semeasse os campos com flores e árvores. Quando as árvores cresceram e começaram a formar as florestas, ele pegou seu machado e limpou o terreno, pois desejava semear a primeira plantação de cevada; mas deixou em pé uma árvore de bétula para que os pássaros tivessem onde descansar.
Vainamöinen então pediu à Velha Subterrânea para que nutrisse as sementes, e ao Velho dos Céus para que as regasse. Assim as colheitas cresceram e Vainamöinen viveu naquelas terras férteis e se tornou conhecido como o Eterno Cantor, pois tocava e cantava divinamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário