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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

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AS MASCARAS



Apesar de esconder o rosto daqueles que as usam, as máscaras também mostram a personalidade de quem está por trás delas.
Na Idade Média, os médicos usavam uma máscara com um nariz comprido, repleto de especiarias para evitar contrair a doença, o que acabou se tornando uma fantasia de Carnaval.

As formas criadas pelos “maschereri” podem ser extremamente diversas, podendo cobrir todo o rosto ou somente parte dele. Dentre os tipos de máscara mais famosos temos o Pantalone, o Arlecchino, o Fracanapa, a Moretta, a Pulcinella, a Gnaga, a Bauta, entre outras. Cada uma representando um tipo social ou personagem caricatural. O Pantalone, por exemplo, é uma caricatura dos mercadores da época, vistos como velhos ricos e avarentos.

Quanto à fabricação, as tradicionais máscaras de Veneza são feitas em papel mâché. Atualmente, existem diversas outras formas de fabricação, em outros materiais, tais como plástico e metal. Existem até mesmo máscaras mais econômicas, importadas da China. Porém, as máscaras de papel mâché continuam presentes por toda cidade, em pequenas lojas especializadas. Uma curiosidade interessante é que, em Veneza, não somente a peça que cobre o rosto, mas, também, o chapéu e a barba postiça eram considerados parte da máscara.

Em Veneza, também se usava máscaras em outras ocasiões, por exemplo, nos banquetes oficiais da República. Em algumas épocas, o governo decidiu restringir seu uso, pois ele se tornara muito frequente e, na maioria das vezes, era ligado à prática de atividades pouco lícitas e pouco cristãs.

Com a popularização desta forma de disfarce, surgem vários modelos de máscaras, representando ideias ou personagens e sua fabricação era assegurada pelos artesãos chamados “maschereri”. Já no século XI, época correspondente ao início da história do carnaval, existem registros de uma escola de artesãos especializados em fabricá-las. Os ateliers dos “maschereri” foram se multiplicando e a arte veneziana das máscaras se tornou famosa em toda a Europa. Quem poderia se esquecer da cena do filme Marie Antoniette, dirigido por Sofia Coppola, em que a rainha, o rei e seus próximos saem de Versailles, na calada da noite, para ir a um baile de máscaras em Paris?

As máscaras estão presentes em várias culturas, podendo ter diversos significados. Em algumas culturas, por exemplo, na egípcia, estas tinham função funerária e deviam restituir o rosto de um defunto. Em outros casos, podiam ser usadas para representar um personagem, como no teatro da Grécia Antiga.

Em Veneza, o nascimento das máscaras é intimamente ligado ao Carnaval. A comemoração do carnaval veneziano vem desde o século XI, na época do célebre doge Vitale Falier, governante responsável por parte da decoração em mosaico da Basílica de São Marco. Porém, a festa só foi oficialmente reconhecida um século depois.

O Carnaval veneziano vem da tradição da Saturnália, festividade romana em honra ao deus Saturno, renascimento da vida e das forças da natureza, após o rigoroso inverno,  correspondia à época na qual os venezianos podiam se permitir divertimentos proibidos em outras épocas do ano. As máscaras permitiam seu disfarce, assim como a possibilidade de ser um outro alguém durante algumas horas. Pobres e ricos, nobreza e povo se misturavam em uma alegria ébria e colorida. Até mesmo os religiosos, disfarçados em suas belas máscaras, podiam sair livremente, expressando-se de maneira que não poderiam fazer em outras ocasiões. Uma informação curiosa é que o seu uso foi sempre proibido às prostitutas, prova da grande discriminação relativa a essas mulheres.

E não há como negar, são deslumbrantes!

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