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domingo, 20 de dezembro de 2015

Mitologia Grega: Rios Mitólogicos

RIOS MITOLÓGICOS 

ESTIGE

Na mitologia grega, Estige (do grego Στυξ, transl. Styx) é uma ninfa e um rio infernal no Hades dedicado a ela. Era filha de Tétis. Ajudou Zeus na guerra Titanomaquia contra os titãs e foi recompensada com uma fonte de águas mágicas que desaguavam no Tártaro.

Estige também é o nome do rio da invulnerabilidade, um dos rios do Tártaro. Segundo uma versão da lenda de Dionisio, uma promessa feito a partir pelo Estige é o voto mais sagrado que pode ser feito. Nem mesmo os deuses podem quebrar uma promessa pelo Estige. Segundo a lenda, a mortal Semele, mãe de Dionísio, uma amante de Zeus, foi enganada por Hera, que querendo vingar-se da amante do marido se metamorfoseou em sua serva. Hera convenceu Semele a pedir a Zeus uma prova de amor: primeiro Semele fez Zeus fazer uma promessa pelo Estige sem saber do que se tratava; depois Semele disse que queria ver a forma verdadeira de Zeus. Tendo já feito a promessa, Zeus não pôde voltar atrás e mostrou sua verdadeira forma a Semele, que morreu nessa metamorfose. O fato de nem mesmo Zeus ter ousado quebrar a promessa, demonstra a importância do voto. O Estige aparece em várias histórias. Numa das mais comuns, Tétis tentou tornar o seu filho Aquiles invulnerável mergulhando-o nas águas desse rio. Porém, ao mergulhá-lo, suspendeu-o pelo calcanhar (o calcanhar de Aquiles), ficando esta parte vulnerável, o que acabou sendo o motivo de sua morte durante a Guerra de Troia.

Na obra A Divina Comédia de Dante Alighieri o livro envolve tradições gregas e católicas, na primeira parte da obra (Inferno): o rio Estige é um pântano, está no 5° Círculo do inferno, onde ficam os acusados de ira, inveja e soberba, batendo e se torturando.

AQUERONTE

O logo após sua morte, a alma era levada de barco pelo Caronte, deixando no Rio Aqueronte todos os seus sonhos, desejos e deveres que não foram realizados em vida. O rio mitológico Aqueronte localiza-se no Épiro, região do noroeste da Grécia. O nome rio pode ser traduzido como "rio do infortúnio" e acreditava-se que fosse um afluente do Rio Estige, este localizado no Mundo Inferior. Nele se encontra Caronte, o barqueiro que leva as almas recém-chegadas ao outro lado do rio, às portas do Hades, onde o Cérbero os aguarda.
Acreditava-se também que um outro afluente do Aqueronte emergia no cabo Aquerúsio (atualmente chamado de Eregli, situado na Turquia), e foi visto pelos Argonautas, de acordo com Apolônio de Rodes.
Os gregos estabelecidos na Itália identificavam o lago Aquerúsia, no qual o Aqueronte fluía, como sendo o lago Averno.

No Fédon de Platão, o filósofo aponta o Aqueronte como sendo o segundo maior rio do mundo (o primeiro é Oceano). Platão declarava que o Aqueronte fluía na direção oposta de Oceano, sob a terra de lugares desertos.
A palavra é também ocasionalmente usada como uma sinédoque para o próprio Hades.
O deus do rio concebeu Ascálafo com Orfne[1] (ou Górgira, de acordo com outra versão).
Virgílio menciona o Aqueronte junto a outros rios infernais em sua descrição do mundo dos mortos no Livro VI da Eneida.
No Inferno de Dante, o rio Aqueronte forma fronteira com o Inferno na região chamada de Ante-Inferno. Seguindo a tradição da mitologia grega, Caronte é quem transporta almas no rio em direção ao Inferno.

Pausânias menciona um lago chamado Aquerúsia e um rio chamado Aqueronte, na Tesprócia, junto às ruínas de Necromanteion, a Parga, cidade grega situada na parte continental desse país, diretamente oposta a Corfu . Segundo o autor, foi inspirado nesta região que Homero descreveu o Hades, dando aos rios do mundo infernal nomes dos rios da Tesprócia.

COCITO



Na mitologia grega, o Rio Cócito ou Cocytos é o rio das lamentações, um dos rios do Hades. A Divina Comédia de Dante Alighieri envolve tradições gregas e católicas, na primeira parte da obra (Inferno): o rio Cócito é um rio de gelo no 9°Círculo do inferno, onde estão os traidores, nesse rio estão 4 esferas por onde eles se distribuem, e é inclusive a morada de Lúcifer.




FLEGETONTE


Na mitologia grega, o Flegetonte é um dos rios do Hades. O Flegetonte é o rio de fogo que passa pelo Tártaro.
Na Divina Comédia de Dante, na primeira parte da obra (Inferno), que envolve tradições gregas e católicas, o Flegetonte aparece no 7° Círculo do Inferno, no 1º Vale, onde estão os violentos, afogados no rio de sangue fervente. Quanto mais grave o crime, maior a parte imersa.










LETE

Na Grécia Antiga, Lete ou Lethe (em grego antigo λήθη; [ˈlεːt̪ʰεː], grego moderno: [ˈliθi]) literalmente significa "esquecimento". Seu oposto é a palavra grega para "verdade" - alétheia (αλήθεια).
Na mitologia grega Lete é um dos rios do Hades. Aqueles que bebessem ou até mesmo tocassem na sua água experimentariam o completo esquecimento.
Lete é também uma das náiades, filha da deusa Eris, senhora da discórdia, irmã de Algos, Limos, Horcus e Ponos.
Algumas religiões esotéricas ensinavam que havia um outro rio, o Mnemósine, e beber das suas águas faria recordar tudo e alcançar a onisciência. Aos iniciados, ensinava-se que, se lhes fosse dado escolher de que rio beber após a morte, deveriam beber do Mnemósine em lugar do Lete. Os dois rios aparecem em vários versos inscritos em placas de ouro do século IV a.C. em diante, em Túrio, no sul da península Itálica, e por todo o mundo grego.

O Rio Lete (do grego Λήθη Lếthê, "esquecimento" ou "ocultação") é um rio do Hades onde quem bebia, esquecia-se das vidas passadas. Logo o Lete passou a simbolizar o esquecimento.
A sua localização no Mundo Inferior (Domínios de Hades) é contraditória, em algumas versões o Lete está nos Campos Elísios, seus habitantes ficariam no Paraíso por 1000 anos até apagar-se tudo de terreno neles, depois disto bebendo das águas do Lete esqueciam toda a sua vida e reencarnavam ou realizavam metempsicose (reencarnar em animais). Em outras versões, o Lete ficava no campo dos Asfódelos no Mundo Inferior, um local de melancolia, onde os mortos não sofriam tormentos. Apesar de ser mais aceita sua localização nos Campos Elísios.

A Divina Comédia de Dante Alighieri envolve tradições gregas pagãs e tradições católicas. Na segunda parte da obra, Purgatório, o Lete aparece como um rio de cujas águas os pecadores tinham de beber para apagarem a memória dos seus pecados cometidos - e já apagados pelos castigos purificadores do Purgatório - e entrarem no Céu.

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