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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

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A MÚSICA NA MITOLOGIA

A palavra tem origem grega, Mousikê significa "a arte das Musas". Segundo a mitologia, a música começa após a morte dos Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), quando após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, foi pedido a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as Nove Musas (Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Érato, Polímnia, Urânia e Calíope ou Caliopéia, esta última a líder das musas).

Inicialmente as musas eram inspiradoras apenas dos poetas, porém mais tarde sua influência se estendeu a todas as artes e ciências. Também foram tardias as associações entre as musas em áreas especificas de proteção: de maneira geral, Clio se ligou à história; Euterpe, à música; Talia, à comédia; Melpômene, à tragédia; Terpsícore, à dança; Urânia, à astronomia; Érato, à poesia lírica; Polímnia, à retórica; Calíope, à poesia épica. Ainda na mitologia greco-romana existem grupos regionais de musas, tais como Méleta, da meditação; Mnema, da memória; Aede, protetora do canto e da música.

Há também, outros deuses ligados à música como Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a curar doenças; Orfeu, filho da musa Calíope, era cantor, músico e poeta; Anfião, filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à música.

Na mitologia egípcia a música teria sido inventada por Tot ou Osíris, contudo podemos ver a música relacionada mais à deusa Hathor. Ela ensina aos seus adeptos a dança e o sentido da festa, protetora dos vinhos, chama seus fiéis para o banquete divino. 

Na época ptolomaica, os mistérios de Hathor eram celebrados nos mammisis por uma comunidade de mulheres intituladas "perfeitas, belas e puras". As Hathor tocavam música, cantavam e dançavam depois de um passeio ritualístico pelos pântanos, onde haviam feito zumbir os papiros em honra à deusa, num rito que remonta à Criação do mundo; as Hathor eram sete, número sagrado, ligado à espiritualidade feminina.

A superiora das sete Hathor segurava um cetro cuja extremidade tinha a forma de uma umbela de papiro. Suas irmãs envergavam, como ela, vestidos longos, estavam enfeitadas com fitas vermelhas formando sete nós nos quais o Mal ficava encerrado. Essas sete filhas da divina Luz, Rá, eram responsáveis pelo tempo de vida dos humanos e pelo seu destino. Por isso presidiam simbolicamente a todos os nascimentos e vinham visitar as parturientes.

As serpentes uraeus que trazem na fronte lançam chamas, ora purificadoras, ora destrutivas; tudo depende da autenticidade do ser que as enfrenta. Saber reconhecer a presença das sete Hathor e suscitar a sua benevolência é uma arte difícil. Podem conceder longevidade, estabilidade, saúde e descendência, mas também estabelecem as provas e o termo de um destino. As fadas da Europa pagã foram suas herdeiras.

Em Dendera e Edfu, as sete Hathor tocam tamboril e sistro (instrumento de percussão) em honra da deusa e do faraó que acabam de nascer. A superiora da confraria pronuncia palavras que sobem ao alto dos céus: "Tocamos música para Hathor, para ela dançamos, senhora dos cetros, do colar e do sistro, todos os dias a celebramos, da noite à alvorada, tocamos tamboril e cantamos em cadência para a senhora da alegria, da dança, da música, a dama dos encantamentos, soberana da Casa dos Livros. Como é bela e radiosa a Dourada! Para ela, céu e estrelas dão um concerto, Sol e Lua cantam louvores."

Na mitologia celta Dagda era o deus relacionado à música. Dagda tinha tal habilidade no manejo da harpa, e sua arte era tão bela que ele a usava para convocar as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, sem sequer repararem nisso.

Para os chineses a música possuía poderes mágicos e refletia a ordem do Universo. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flautas e instrumentos de percussão. Usavam uma escala pentatônica (de cinco tons, que será abordada ainda neste artigo), principalmente.

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