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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Menu Mitologia: A Grande Biblioteca de Alexandria

A GRANDE BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA




Foi considerada o  coração da humanidade porque era a maior fonte de conhecimento da época, onde as melhores mentes do mundo antigo frequentavam o lugar. Alexandria foi a  capital do Egito helenístico, estudos apontam que se tivéssemos o conhecimento que havia naquela biblioteca, a civilização estaria muito mais avançada do que está hoje, infelizmente apenas 5% do conteúdo que estava nela armazenado foi preservado. 

Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II. É atribuída a Demétrio de Faleros sua organização inicial. Uma nova biblioteca foi inaugurada em 2002 próximo ao sítio da antiga.

Conta-se que um dos incêndios da histórica biblioteca foi provocado por César. Em caçada a Pompeu, o seu inimigo deTriunvirato (formado por Pompeu, Crasso e ele), César deparou-se com a cidade de Alexandria, governada na época por Ptolomeu XII, irmão de Cleópatra.

Pompeu foi decapitado por um dos tutores do jovem Ptolomeu, e sua cabeça foi entregue a César juntamente com o seu anel. Diz-se que ao ver a cabeça do inimigo César pôs-se a chorar. Apaixonando-se perdidamente por Cleópatra, César conseguiu colocá-la no poder através da força. Os tutores do jovem faraó foram mortos, mas um conseguiu escapar. Temendo que o homem pudesse fugir de navio mandou incendiar todos, inclusive os seus. O incêndio alastrou-se e atingiu uma parte da famosa biblioteca.

A instituição da antiga biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo preservar e divulgar a cultura nacional. Continha livros que foram levados de Atenas. Existia também matemáticos ligados à biblioteca, como por exemplo Euclides de Alexandria. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros.

De fato, existiram duas grandes Bibliotecas de Alexandria. A Biblioteca Mãe e a Filha. De início a Filha era usada apenas como complemento da primeira, mas com o incêndio acidental (por Júlio César), no século I, da Biblioteca Mãe, a Filha ganhou uma nova importância. Vinham sábios de todo o mundo para Alexandria e debatiam os mais variados temas. Em 272 d.C., durante a guerra entre o imperador Aureliano e a rainha Zenóbia, a Biblioteca Filha foi provavelmente destruída, quando as legiões de Aureliano tomaram a cidade de assalto.

A Biblioteca de Alexandria foi uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade. Ficava situada na região portuária da cidade de Alexandria, no Egito. Nasceu durante o período helenístico, tendo como propósito refletir os valores de sua época, ou seja, de apoio a difusão do saber grego clássico para o Oriente. Sua construção foi patrocinada pelo sátrapa do Egito, Ptolomeu, que, sendo um apreciador da filosofia grega — tal como seu antecessor, Alexandre, o Grande — apoiou a criação de diversas escolas de pensamento sediadas na Biblioteca, além de museus e coleções permanentes, que acabaram atraindo diversas personalidades intelectuais de todo o mundo antigo para Alexandria.




Sua fama moderna reside, contudo, no conhecimento popular de sua mítica destruição por um incêndio, tendo todos os seus artefatos — tais como papiros, livros, pinturas e peças arqueológicas — sido queimados. Poucas informações concretas sobre a datação e causas do incêndio chegaram até nós, sendo que há, inclusive, intenso debate sobre se o incêndio foi, de fato, a causa da ruína da Biblioteca. Muitos historiadores, nesse sentido, acreditam que o incêndio foi provavelmente um fator, dentre vários, que levaram a sua destruição

Há pouco tempo o governo egípcio construiu uma nova biblioteca em Alexandria, próxima ao local da antiga, com o objetivo de rememorar o esplendor da biblioteca original. Foi inaugurada em 2002 e, embora alvo de duras críticas decorrentes do seu alto custo, a nova biblioteca introduziu, como sua antecessora também o fez, uma nova era de apoio ao saber no norte da África.

São quase inexistentes os vestígios arqueológicos do que um dia foi ou como funcionava a Biblioteca (e o Museu) de Alexandria. Acredita-se que estava localizada próximo ao porto, local que por ser em um primeiro momento submerso e posteriormente tomado por construções, não deixou pistas de sua arquitetura. Dessa forma, resta apenas confiar nos relatos de historiadores, como os de Estrabão, pois não há outra forma de se ter uma ideia de sua estrutura e funcionamento.

Não existem indícios arqueológicos de nenhum tipo da Biblioteca de Alexandria, apenas rumores que levam a acreditar ter sido essa um salão composto por uma série de prateleiras, construídas conforme aumentava o número de rolos de papiros. Ela é conhecida por possuir também um departamento de aquisições e um de catalogações. Devido à política de caça a manuscritos, a Biblioteca de Alexandria, no período de Ptolomeu II Filadelfo, já não comportava mais exemplares, quando foi construída a Biblioteca de Serapeu. Existem alguns escritos que mencionam a Biblioteca de Serapeu como uma sala de leitura com algumas estantes.

Junto da Biblioteca de Alexandria existia também o Museu de Alexandria, sobre o qual foram deixados maiores relatos, que funcionava como um instituto de pesquisa. Sabe-se que ele incluía um passeio (peripatos), uma galeria (exedera), jardins, paredes com pinturas coloridas, um zoológico e um santuário às Musas (mouseion), local onde os que ali frequentavam buscavam inspiração artística, científica e filosófica. Os intelectuais que estudavam na Biblioteca de Alexandria recebiam alojamento, alimentação, salários altos e isenção de impostos. Todo o conjunto era administrado por um sacerdote nomeado pelo rei.

O objetivo da biblioteca era conter em sua coleção “os livros de todos os povos da terra”, ou seja, dispor 500 mil rolos de manuscritos. Ptolomeu foi o precursor dessa ideia, pois primava pela plena integração dos povos em torno do saber. Além de adquirir os maiores trabalhos intelectuais de sua época, a Biblioteca disponibilizava obras traduzidas para o grego e diversas outras línguas.

O instrumento utilizado para catalogar a gigantesca coleção era chamado de Pinakes (Lâminas), que continha 120 livros com análises e listas cronológicas. Todos os bibliotecários — matemáticos, médicos, historiadores, poetas, geólogos, astrônomos, filólogos e críticos textuais– contribuíram na composição da coleção da Biblioteca. Obras literárias de todos os tipos podiam ser encontradas nela, contudo, os livros sagrados ganharam maior destaque.




Na Biblioteca de Alexandria o cargo de bibliotecário chefe era nomeado pelos próprios reis.  Um documento chamado Carta de Aristeu, datado do século II a.C, cita Demétrio como o presidente da biblioteca do rei. A partir disso, alguns historiadores acreditam que ele detinha grande poder dentro do palácio de Alexandria e consequentemente da Biblioteca. Não há evidencias, contudo, que ele tenha exercido o cargo de primeiro bibliotecário chefe ou participado da direção da Biblioteca de Alexandria. Tal classificação é mais comumente dada a Zenódoto de Éfeso.

Zenódoto (325 a.C. – 260 a.C.), foi um filólogo e gramático grego, nativo de Éfeso, cidade jônica situada na atual Turquia. Especialista em Homero, produziu a primeira edição crítica da Ilíada e da Odisseia além da Teogonia de Hesíodo. Mesmo sendo criticado pela qualidade de suas produções, atribui-se a ele um papel fundamental na história dos estudos homéricos, uma vez que teve acesso a textos posteriormente desaparecidos. 

Apolônio de Rodes (295 a.C. – 230 a.C.), discípulo de Zenótodo, foi quem o sucedeu no comando da Biblioteca. Entretanto, por ter ofendido seu mestre, foi destituído do cargo.

Em 245 a.C., sucedendo Apolônio, foi nomeado bibliotecário-chefe o poeta, filósofo, filólogo, matemático, astrônomo, cientista, geógrafo, crítico literário, gramático e inventor, Eratóstenes de Cirene. Ele permaneceu no cargo por quarenta anos.

Não existe um consenso a respeito de Calímaco de Cirene (310 a.C. – 240 a.C.) ter sido outro importante bibliotecário da Biblioteca de Alexandria. No entanto, Calímaco ficou conhecido por catalogar toda a coleção de papiros da Biblioteca em 120 livros.

Convidado ao cargo após a demissão de Eratóstenes, em 204 a.C assume Aristófanes de Bizâncio. Ele ficou lembrado por produzir melhores adaptações de Homero, continuando o trabalho de Zenódoto bem como o de Calímaco, uma vez que atualizou as catalogações da Biblioteca.

Aristarco de Samotrácia assume o posto de bibliotecário em 174 a.C., ocupando-o por trinta anos, sendo o último bibliotecário que se tem notícia. Sua principal contribuição resultou nos fundamentos do que se tornou o texto moderno de Homero, uma vez que organizou a Ilíada e a Odisseia nos 24 livros que conhecemos. Além disso, seus estudos gramaticais sobre os poetas gregos antigos o tornaram fundador do que hoje chamamos de linguística.

Ao longo da história, diversas narrações foram desenvolvidas para explicar o que aconteceu no primeiro grande incêndio que tomou conta da Biblioteca de Alexandria. Todas elas tomam como ponto de partida a perseguição que Júlio César operava sobre seu inimigo Pompeu, em 48 a.C. A ordem de César para incendiar o porto, durante o embate com os egípcios, é interpretada de diversas formas, entretanto elas não alteram o fato de que essa atitude resultou no incêndio da Biblioteca. Outro aspecto que colabora com a imprecisão sobre a destruição da Biblioteca é a contribuição dos cristãos e muçulmanos com a sua destruição. Essa destruição, além de extinguir os recursos culturais da época, desestabilizou as escolas da cidade.

A Biblioteca de Alexandria, após momentos de ascensão e decadência, teve grande parte do material que compõe sua estrutura física destruído. Nas décadas finais do século XX, a memória começou a se tornar uma preocupação dominante na política dos países da região do Oriente médio, criando uma “Musealização da região” através de práticas que procuram recuperar o passado e dar um maior valor àquilo que tinha sido realizado.

Nesse contexto, o arqueólogo subaquático inglês Honor Frost, em 1950, estava convencido de que vestígios do grande farol de Alexandria encontravam-se espalhados no leito oceânico ao redor do forte QaitBey. Consequentemente, começou a sua busca atrás de evidências. Desde então, os arqueólogos têm trazido à luz vestígios da Alexandria ptolemaica. A maior descoberta foi feita pela equipe de Jean Yves Empereur, que encontraram enormes blocos de pedra nas águas do porto Oriental (certamente caíram no mar quando o farol desmoronou), além de estátuas e esculturas que adornariam a estrutura. Ao mesmo tempo, Franck Goddio mapeando parte da antiga Alexandria, afundada abaixo do nível do mar, trouxe à luz o que provavelmente era um palácio de Cleópatra na Ilha de Antirodes.

Mesmo com os esforços notáveis de diversas equipes, não há uma localização exata do museu e da Biblioteca, havendo uma margem de erro de cem metros.




Construída em 2002, a nova biblioteca de Alexandria, também chamada de Biblioteca Alexandrina, é a maior do Egito. Ao custo de 65 milhões de dólares, tornou-se referência no norte da África. Não somente um mero local de armazenamento de livros, a edificação abriga museus, auditórios, laboratórios e um planetário.

Seu design arquitetônico foi internacionalmente elogiado e é considerado uma das mais belas edificações da cidade de Alexandria, abrigando a maior coleção de livros na África e a maior coleção de livros em francês no mundo árabe.


Sobre os livros, pode-se afirmar que, durante o reinado de Teodósio, mesmo que muitos destes tenham sido destruídos, os manuscritos mais preciosos formam levados para o Egito ou permaneceram escondidos em Alexandria. Ademais, é possível que manuscritos tenham sido acumulados e guardados por Amr, durante a dominação Muçulmana.




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