.jpg)
Certas represas de águas sagradas nos pátios dos templos da Babilônia e Acádia também eram chamados de abzu (apsû) e serviam para rituais de purificação. Alguns estudiosos as consideram origem das abluções, das casas de banho das mesquitas islâmicas e pias batismais das igrejas cristãs.
No épico babilônico Enuma Elish, Apsu, o "procriador dos deuses", está inerte e sonolento mas encontra sua paz perturbada pelos deuses mais novos então decide destruí-los. Seu neto Enki, escolhido para representar os deuses mais novos, joga um feitiço em Apsu o colocando em um sono profundo a assim o confina ao submundo. Subsequentemente Enki cria seu lar nas profundezas das fontes aquíferas e assume todas as funções de Apsu, incluindo seus poderes fertilizadores como senhor das águas e senhor do sêmen.
Apsu é uma efígie de uma divindade na criação épica babilônica, o Enuma Elish, livro da biblioteca de Assurbanípal a qual é milênios mais velha. Na história, ele era um ser primordial feito das águas doces e amante de outra divindade primordial, Tiamat, que era uma criatura das águas salgadas. O Enuma Elish começa com:
"Quando os céus acima não existiam ainda e nem a terra abaixo, Apsu o oceano de água doce estava lá, o primeiro, o procriador, e Tiamat, o mar de água salgada, ela que criou tudo; eles ainda estavam misturados em suas águas, e nenhuma pastagem ainda tinha sido formada, nem mesmo um pedaço de pântano..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário