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terça-feira, 5 de maio de 2015

Menu Mitologia Grega: As Bacantes

AS BACANTES 

As Mênades, também conhecidas como Bacantes, Tíades ou Bassáridas, eram fanáticas mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dioniso, conhecidas como selvagens e enlouquecidas porque delas não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza.
Os mistérios que envolviam o deus Dioniso provocavam nelas um estado de êxtase absoluto e elas entregavam-se à desmedida violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação. Estavam sempre acompanhadas dos sátiros embalados pelos sons dos tamborins dos coribantes, formando uma espécie de trupe que acompanhava o deus do vinho nas suas aventuras. Andavam nuas ou vestidas só com peles, grinaldas de Hera e empunhavam um tirso - um bastão envolto em ramos de videira.
Por onde passavam iam atuando como chamariz na conversão de outras mulheres atraindo-as para a vida lasciva. Evidentemente que o comportamento livre e desregrado delas causava apreensão, senão pânico nos lugarejos e cidades onde o cortejo báquico passava. Quando assaltadas por um furor qualquer, não conheciam limites ao descarregar a sua cólera. O maior divertimento das Mênades ou Bacantes era submeter os homens ao sofrimento, despedaçando-os antes de comê-los enquanto estavam em transe. Por isso, obrigavam-se a procurar refúgio no alto das montanhas, onde podiam exercer sua estranha liturgia sem a presença de olhares de censura ou reprovação.
As Mênades estão presentes no mito de Orfeu, que se recusava a olhar para outras mulheres após a morte de sua amada Eurídice. Furiosas por terem sido desprezadas, as Mênades o atacaram atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a sua música mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, que flutuava cantando: "Eurídice! Eurídice!"
Por sua crueldade, às Mênades não foi concedida a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra em triunfo, sentiram seus dedos entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu.
No mundo grego e romano, a Bacchanalia ou Bacanais eram festas em honra de Dioniso e as sacerdotisas que organizavam a cerimônia eram as Bacantes. O culto primitivo era exclusivamente feito por mulheres e somente para mulheres, cujo culto teve início na época de Pã. Introduzido em Roma em 200 a.C., a partir da cultura grega do sul da Itália ou através da Etruria influenciado pela Grécia, os bacanais eram realizados em segredo e com a participação exclusiva de mulheres no bosque de Simila, perto da Aventino.
Posteriormente, os rituais foram extendidos aos homens mas denunciado por um jovem que se recusava a participar das celebrações, o Senado, temendo que houvesse alguma conspiração política, proibiu as festas prometendo recompensas a quem desse informações sobre os rituais. Apesar da severa punição infligida àqueles que violassem o decreto, os bacanais continuaram a ser realizados no sul da Itália. O carnaval vem do legado atual do antigo Bacchanalia, Saturnália e Lupercalia. Na obra intitulada Dionísiacas são citadas dezoito Ménades:

Acrete - o vinho sem mistura
Arpe - a flor do vinho
Bruisa - a florescente
Cálice - a taça
Calícore - a formosa dança
Egle - o esplendor
Ereuto - a corada
Enante - a foice
Estesícore - a bailarina
Eupétale - as belas pétalas
Ione - a harpa
Licaste - a espinhosa
Mete - a embriaguez
Oquínoe - a mente veloz
Prótoe - a corredora
Rode - a rosada
Silene - a lunar
Trígie - a vindimadora

Fonte: Aqui

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