DANDARA
Dandara foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil, esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos. Suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava. Sua figura é envolta em grande mistério, pois quase não existem dados sobre sua vida e/ou atos. Praticamente todos os relatos que se referem a ela são esparsos e desconexos, com características de lendas[2] . O único dado comprovado de que se dispõe sobre ela são os nomes dos seus filhos, que eram Motumbo, Harmódio e Aristogíton.
Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido no século XVII na Serra da Barriga, região de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela geografia e também pela vegetação densa.
Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século. Ela participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo.
Além de lutar, participava de atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura. No quilombo era praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.
Os palmarinos conheciam a metalurgia e fabricavam utensílios para a agricultura e a guerra. Trabalhavam também com a madeira e a cerâmica. A palmeira pindoba, cuja abundância na região deu origem do nome do quilombo, era usada na fabricação de óleo, produção de bebidas, cobertura de casas feitas de madeira e tecelagem de cestos e cordas. As atividades se destinavam inicialmente à subsistência, mas os negros rebeldes chegaram a realizar comércio com vilas e engenhos da região.
Os ataques ao Palmares teriam se tornado frequentes a partir de 1630, com a invasão holandesa. Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido importante papel no rompimento do marido com seu antecessor, Ganga-Zumba, primeiro grande chefe do Quilombo de Palmares e tio de Zumbi. Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o governo de Pernambuco. O documento previa que as autoridades libertassem palmarinos que haviam sido feito prisioneiros em um dos confrontos. E também a liberdade dos nascidos em Palmares, além de permissão para realizar comércio. Em troca, a partir dali, os habitantes do quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo. Dandara, ao lado de Zumbi, teria sido contrária ao pacto por entender que se tratava de um acordo que não previa o fim da escravidão. Ganga-Zumba acabou sendo morto por um dos palmarinos contrários à sua proposta.
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Uma história de cultura e raça e força para 🗽 liberdade
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ResponderExcluirsó uma coisa a foto ai é a representação da Rainha/Rei(ela preferiu o termo Masculino por motivos de liderança) Njiga do Nindongo e do povo jaga
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