Conhecida como “A Deusa Onisciente”, Saga é considerada por alguns autores como um aspecto da deusa Frigga, representando as memórias do passo. De fato, ela fazia parte da constelação de doze deusas que auxiliava e acompanhava Frigga. Sua genealogia exata é bem desconhecida, tendo sida perdida ou esquecida ao longo dos tempo. Supõe-se que ela tenha pertencido a uma classe de divindades muito antigas, anterior aos Aesir e Vanir, e personificava os registros da passagem do tempo.
Saga era descrita como uma mulher majestosa. Vivia no palácio Sokkvabek, às margens de uma cachoeira, cujas águas frias desapareciam em uma fenda para dentro da terra. Para aqueles que a procuravam em busca de inspiração e sabedoria, ela oferecia a água cristalina do “rio dos tempos e eventos”, em um cálice de ouro. Era para lá que, diariamente, também ia Odin, para trocar histórias e conhecimentos, e ouvir as canções de Saga sobre os tempos antigos.
Saga e segja significam “história, conto, lenda”. Quando a tradição oral dos antigos começou a ser esquecida algumas pessoas mais instruídas começaram a transcrever as lendas e criaram, assim, os primeiros relatos escritos ou sagas. Essas histórias não eram novas, mas recebiam detalhes ou nuances diferentes, de acordo com quem as redigia. O contador de história era o sögumadr (saga man) , ou a sögykona (saga woman), respectivamente um homem sábio ou uma mulher sábia.
O arquétipo de Saga é o das contadoras de histórias, das mulheres idosas e sábias que conhecem fatos e dados do passado e que relembram e preservam as tradições dos antepassados.
Saga era reverenciada como a padroeira dos poetas, escritores, historiadores, arqueólogos, antropólogos, contadores de histórias e educadores.
Adorei o mito dessa deusa!
ResponderExcluirParabéns para quem escreveu o texto!