OS TRÊS MOSQUETEIROS
Os Três Mosqueteiros é um romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle de março a julho de 1844, foi posteriormente lançado como livro, ainda em 1844, pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé.
É o volume inicial de uma trilogia, com base nos importantes factos do século XVII francês: dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou entre os dois governos.
O título previsto inicialmente seria "Athos, Porthos e Aramis", mas foi alterado para "Os Três Mosqueteiros" por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do "Siècle" (para quem o título evocava aos leitores as três Parcas da mitologia grega). Dumas aceitou este último título notando que seu absurdo (já que seus heróis são ao todo quatro) contribuiria para o sucesso da obra.
Este livro conta a história de um jovem de 18 anos, proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.
Encontraram seus inimigos do Cardeal Richelieu e seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu, que já foi casada com Athos. Essa lista também inclui os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa.
Com seus numerosos combates e suas reviravoltas romanescas, "Os Três Mosqueteiros" é o exemplo típico do romance de capa-e-espada.
PORTHOS
Porthos, cujo verdadeiro nome é Isaac de Portau, nasceu em Pau, em 2 de Fevereiro de 1617 e morreu em data desconhecida. É um d'Os Três Mosqueteiros, personagens do romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas em 1844. Este escritor dá-lhe uma personalidade alegre, vaidosa e muito divertida.
Sabe-se que Porthos pertencia a uma família protestante do Béarn, originária de Gan. Seu pai era secretário do rei e dos estados da Navarra, o que fazia dele um personagem importante. Ele comprou feudos , tornando-se assim um nobre.
Como Athos, Porthos entra para o Exército. Também como ele, na qualidade de caçula da família, começa como membro da Guarda Francesa, na Companhia "des Essarts" (François de Guillon, senhor des Essarts, era cunhado de M. de Tréville, que o havia recomendado). Encontrava-se assim nesta companhia quando d'Artagnan entrou por seu turno, em 1640, e, desta forma, prestaram o serviço juntos. É encontrado em 1642, em Perpignan, e depois em Lyon, ainda na mesma companhia. Já em 1643, Porthos passa para os Mosqueteiros, no mesmo ano da morte de Athos.
Depois disto, perde-se seu rastro e não se sabe o que lhe aconteceu nem onde ou quando faleceu.
O Personagem Fictício
O escritor francês Alexandre Dumas faz do mosqueteiro Porthos um fiel companheiro do personagem principal de seu romance histórico, "Os Três Mosqueteiros", d'Artagnan, simples e direito, provido de força hercúlea. Seu verdadeiro nome de família no romance é "du Vallon" ; seu primeiro nome não é revelado ao leitor. Homem rude e bom, mas também sem delicadeza e vaidoso, ele deixará o serviço militar após o Cerco de La Rochelle (1627-1628), casar-se-á com uma mulher rica e tornar-se-á Barão de Bracieux e de Pierrefonds. Em "O Visconde de Bragelonne", último volume da "Trilogia dos Mosqueteiros", será o primeiro mosqueteiro a desaparecer, esmagado por um rochedo.
ATHOS
Athos, cujo nome verdadeiro é Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle, nasceu em 1615 em Béarn e morreu em 21 de Dezembro de 1643. Ele inspirou a Alexandre Dumas o personagem fictício "Athos", Conde de La Fère, um d' Os Três Mosqueteiros, personagens do romance histórico de mesmo nome, escrito em 1844. Está presente na obra clássica e em suas sequências: "Vinte Anos Depois" e "O Visconde de Bragelonne", onde encontra seu ocaso...
Athos tem seu nome tirado do pequeno burgo Athos-Aspis sobre o Gave d'Oloron, perto de Sauveterre-de-Béarn e de Autevielle. Sendo o caçula da família, não poderia esperar receber por herança os feudos de Athos e de Autevielle, que caberia ao irmão mais velho. Tinha assim que escolher entre uma carreira no Exército ou na Igreja. Era primo, à moda bretã, do Conde de Tréville, cuja proteção permitiu-lhe entrar para o regimento dos Mosqueteiros, em 1640, na mesma época que Porthos. Apenas sabe-se sobre ele que era bearnês e que morreu jovem, sem dúvida morto durante um duelo, como indica o atestado de óbito da Igreja de Saint-Sulpice em Paris,[1] em 21 de Dezembro de 1643. Sendo o Pré au Clercs, onde o corpo foi recolhido, um local conhecido como ponto de encontro de duelistas, é provável que seja deste modo que Athos tenha morrido.
O Personagem Fictício
Assim como para d'Artagnan, não existe apenas um Athos e sim três : o personagem histórico, o personagem fictício de Courtilz, e o mais famoso, de Alexandre Dumas.
Segundo Courtilz, Athos, como seus irmãos de armas, Porthos e Aramis, é um Cadete da Gasconha. Aparece pouco nas "Memórias", onde o personagem principal é d'Artagnan.
Do verdadeiro Athos, personagem de vida breve e sem grande interesse, Dumas fez um homem de berço ilustre, Conde de la Fère. Dá-lhe antepassados gloriosos (um deles servindo sob Francisco I), terras no Berry, um castelo, um passado cheio de segredos. Dumas faz dele o mais velho dos mosqueteiros ; tem trinta anos no início do romance, d'Artagnan apenas dezoito, Aramis e Porthos entre vinte e dois e vinte e três. Ele o faz morrer em 1669, ou seja, vinte e seis anos depois da data real de seu desaparecimento.
Athos é um nobre de alma pura e que carrega um terrível segredo, decorrente de um casamento mal fadado com Milady de Winter, a grande vilã deste primeiro livro.
Alexandre Dumas ainda dá a Athos um filho, Raul, "O Visconde de Bragelonne", que teria tido fora do casamento com a bela Duquesa de Chevreuse, antiga confidente e amiga de Ana de Áustria, rainha de França.
Athos seria membro de três ordens de cavalaria : da Ordem da Jarreteira, por Carlos I da Inglaterra, da Ordem do Espírito Santo, graças a Porthos e ao cardeal Mazarino, no livro "Vinte Anos Depois" e, finalmente, membro da Ordem do Tosão de Ouro por Carlos II da Inglaterra, que ajudou a recolocar no trono.
ARAMIS
Henri d’Aramitz ou Aramis era um abade laico que inspirou o personagem Aramis (René de Herblay), criado por Alexandre Dumas (pai), que co-protagoniza as novelas Os Três Mosqueteiros, Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelonne.
Como Porthos, Aramis pertence a uma família protestante do Béarn. Diferentemente dos outros mosqueteiros bearneses, era de origem militar nobre. Seu avô, o capitão huguenote Pierre d’Aramitz, desempenhou papel bastante ativo nas Guerras religiosas na França que castigaram o Béarn e Soule à época de Joana d'Albret. Seu pai, Carlos d'Aramitz, era, no início do século XVII, marechal dos alojamentos na Companhia dos Mosqueteiros. Uma das irmãs de Carlos d'Aramitz casou-se com M. de Tréville (outro personagem real aproveitado por Dumas de forma fictícia em sua trilogia), o comandante da companhia. É assim bastante natural que este último receba seu sobrinho por afinidade em sua companhia, em 1640, ao mesmo tempo que Athos e Porthos, e na época em que d'Artagnan chega à Paris. Não se sabe por quanto tempo Henri d'Aramitz permaneceu no serviço militar, mas sabe-se a data de seu casamento (16 de fevereiro de 1654) e o nome de sua esposa (Jeanne de Béarn-Bonasse). Sabe-se ainda que teve dois filhos (Armand e Clément) e duas filhas
O Personagem Fictício
O Aramis de Alexandre Dumas só deve aparentemente ao Aramis da História (Henri d’Aramitz, de quem se ignoram as datas de nascimento e morte, sendo Aramits uma cidade do Béarn), o nome e a idéia de uma vocação eclesiástica. O personagem de Dumas nomeia-se Cavaleiro d'Herblay. Seu primeiro nome, René, é mencionado em "Vinte Anos Depois" ; inclusive é o único dos quatro mosqueteiros que tem seu primeiro nome revelado ao leitor.
Dumas descreve-o inicialmente como um jovem delicado, elegante e cavalheiresco, muito amigo de Athos e de Porthos, repleto de aparentes contradições: mosqueteiro sem vocação, mas excelente e temerário espadachim; sempre disposto a seguir os ensinamentos do clero, mas constantemente envolvido em intrigas políticas e romances clandestinos, entre outros, com as duquesas de Chevreuse e de Longeville.
Após a morte de D’Artagnan na localidade de Maastricht, o astuto Aramis converte-se, de facto, no último dos mosqueteiros. Dumas não narra a morte desta personagem, mas faz uma posterior menção, quase poética, no último parágrafo da sua novela O Visconde de Bragelonne: "A força, a nobreza e o valor haviam-se entregado ao Criador. A astúcia, mais hábil, sobreviveu-lhes e habitou sobre a Terra".
O Plano
Inicialmente, Aramis (dois anos mais velho que D'Artagnan), afasta-se do seu trabalho e torna-se Bispo de Vannes e membro importante do movimento revolucionário contra o Cardeal Mazarin, designado a Fronda, onde junto do Conde de La Fère (Athos) leva a cabo muitas proezas, como a libertação do Duque de Beaufort, a participação na batalha de Charenton, onde enfrenta e mata o influente Duque de Chatillón, e a heróica defesa do Rei Carlos I de Inglaterra.
Reunido com os demais companheiros, dá fim ao temível vilão Mordaunt, filho de Milady, a antiga inimiga dos mosqueteiros, e consegue forçar Mazarin a assinar o tratado de paz com os frondistas. A rivalidade oculta de Herblay com d’Artagnan chega ao seu apogeu quando o Bispo de Vannes, secretamente elevado à dignidade de General dos Jesuítas, aparece como braço direito do poderoso, mas indeciso, conspirador Nicolas Fouquet contra Luís XIV, sendo arquitecto das fortificações de Belle Isle. O carácter de Aramis evolui, então, do de um inteligente idealista que luta pelos outros para o de um astuto e pouco escrupuloso aventureiro, quase capaz de sacrificar os seus melhores amigos para alcançar os seus próprios interesses.
Aramis, conhecedor do segredo do duplo parto de Ana de Áustria, concebe um ambicioso plano para substituir Luís XIV pelo seu irmão gémeo, preso há já muitos anos. Com esse propósito, urde uma trama para aceder à Bastilha sem despertar suspeitas e instruir o futuro usurpador, com o objectivo de que este, depois da subida ao trono, o favoreça para obter o cargo de Primeiro Ministro e, por fim, o de Papa. Para tal, junto com Porthos, mas ocultando-lhe a verdade, sequestra o verdadeiro Rei e procede à troca sem que ninguém, nem sequer o próprio D'Artagnan e a mãe de Luís (Ana de Áustria) se apercebam.
O seu plano, no entanto, fracassa devido à delação de Fouquet, que argumenta que no momento do sequestro Luís estava hospedado em sua casa, tendo já libertado o Rei do cativeiro. Este imediatamente ordena ao seu exército a captura a todo o custo dos rebeldes Herblay e Ballón (Porthos), os quais se refugíam em Belle Isle. Após uma resistência impetuosa, em que a inteligência de Aramis combina maravilhosamente com a força de Porthos, da qual resultam numerosas baixas no exército real, só o primeiro deles sobrevive e consegue escapar rumo a Espanha.
Bem Vindos
Ola amigos bem vindos a Arcanoteca um espaço para RPG, mitologia, contos e curiosidades, esperamos que gostem do nosso conteúdo e nos visitem com frequência. A Arcanoteca é um projeto gratuito sem fins lucrativos, se você quiser nos ajudar pode enviar um PIX de qualquer valor para 51 991688203 agradecemos o apoio)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário