sexta-feira, 8 de julho de 2016

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A CORUJA

A coruja é a ave soberana da noite. Para muitos povos significa mistério, inteligência, sabedoria e conhecimento. Ela tem a capacidade de enxergar através da escuridão, conseguindo ver o que os outros não vêem.

A coruja simboliza a reflexão, o conhecimento racional e intuitivo. Na mitologia grega, Athena, a deusa da sabedoria, tinha a coruja como símbolo. Os gregos consideravam a noite o momento propício para o pensamento filosófico. Pela sua característica de animal noturno, era vista pelos gregos como símbolo da busca pelo conhecimento.
Havia uma tradição que dizia que quem come carne de coruja adquire seus dons de previsão e clarividências, mostrando poderes divinatórios.

Enquanto todos dormem a coruja fica acordada, com os olhos arregalados, vigilante e atenta aos barulhos da noite. Por isso, representa para muitas culturas uma poderosa e profunda conhecedora do oculto.

A coruja tem a particularidade de conseguir girar o pescoço em até 270º para observar algo ao seu redor, permanecendo com o resto do corpo sem o menor movimento. 
A coruja é escolhida como mascote dos escoteiros e dos cursos universitários de Filosofia, Pedagogia e Letras.

Uma das espécies mais conhecidas é a coruja-buraqueira, que tem esse nome porque vive em buracos existentes no chão. Muitas vezes a coruja-buraqueira utiliza um buraco que foi feito e abandonado por outro animal, apesar de ser capaz de escavar o seu próprio buraco.

Já do outro lado do mundo a coruja tem um significado mais sombrio. Na Mitologia Indígena norte americana a tribo Yakama conta a história de uma raça de monstruosas mulheres-coruja que viviam em cavernas. Elas caçavam todas as tribos locais, mas preferíam a carne mais saborosa das crianças. Elas também se alimentavam de serpentes, ratos, lagartos e sapos, que eran considerados os menos comestíveis dos animais. As mulheres foram monstros muito temidos e foram consideradas alguns dos seres mais perigosos da Terra. Depois de uma se afogar, seu olho foi usado para criar toda as espécies de corujas, que representam a morte quase universalmente em tribos indígenas americanas.

Uma lenda Apache fala da “Grande Coruja”, um ogro devorador de homens que muitas vezes funciona como uma figura de bicho-papão em histórias infantis. Mais recentemente, testemunhas oculares do sul do Texas e do México relataram um monstro-coruja chamada La Lechuza, que é muitas vezes visto em conexão com as mortes e eventos inexplicáveis incomuns. A lenda Lechuza é tão viva como nunca, hoje. Moradores ao longo da fronteira Texas-México ainda dizem ter visto as corujas agourentas antes de problemas com o carro ou outros eventos estranhos. Diz a lenda que o Lechuza é realmente uma bruxa ou o espírito de uma mulher irritada que pode escolher se transformar em uma coruja à vontade.

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