quarta-feira, 26 de março de 2014

Cenário Splendida Linha do tempo parte 02

Séc. VIII do calendário terrestre - Os três poderes
    Agora armados e treinados, os antigos cidadãos cativos da ULA tornaram-se um dos maiores contingentes militares da galáxia. Sob comando dos então "aliados" tamorianos, a ULA deu início a retomada da república.     Conforme os ciborgues iam sendo capturados, as primeiras tentativas para remover os Nanomeds tiveram início. Provou-se inviável, devido a capacidade rápida de multiplicação das nano máquinas, remove-las completamente de um indivíduo. Por mais que os médicos tentassem, o único tratamento que proporcionou o retorno total das suas faculdades do hospedeiro foi a formatação completa dos Nanomeds, que após uma reprogramação cuidadosa ficavam estáticos no organismo do indivíduo, possibilitando a substituição de suas próteses infectadas por outras sadias. Muito diferentes dos originais, os Nanomeds eram agora apenas um facilitador da simbiose biomecânica. Não eram mais programados para cuidar da saúde humana, pelo contrário, tinham sido limpos de qualquer programação, porém (por um motivo inexplicável) aglomeravam-se envolta dos conectores de qualquer prótese que seu hospedeiro tivesse, facilitando a comunicação homem/máquina.     Pelas táticas de ocupação visarem a apreensão dos combatentes inimigos e não sua destruição, a guerra contra o exército ciborgue se estendeu muito além do imaginado. Foram preciso décadas para que os organismos cibernéticos fossem finalmente derrotados e ainda assim, o número de vidas republicanas perdidas foi irreparável. Agora restaurada, a república precisava de recursos para se reerguer. Uma vez restabelecido o domínio humano sobre o território republicano, a reconstrução teve início, porém as coisas mostraram-se muito mais difíceis do que o esperado. Durante as décadas de guerra na terra, marte havia superado sua dependência dos recursos terrenos. Visando evitar o desperdício de elementos básicos a sobrevivência dos colonos e aproveitando os recursos minerais e energéticos abundantes, os marcianos puseram-se concentrados em pequenas cúpulas, enquanto máquinas faziam o trabalho externo nas minas e linhas de montagem. Redirecionando esses materiais para os próprios interesses, logo marte transformou suas pequenas cúpulas de habitação em pequenas cidades.  As máquinas marcianas construíram grandes usinas de energia, usada principalmente para extração de oxigênio e hidrogênio de minerais, tornando possível a sobrevivência da colônia e sua tímida expansão. Ao serem contatados por seus pares terrestre, ao final da guerra, a colônia marciana recusou-se a negociar com a república e em pouco tempo declarou-se independente. Com o fim da guerra cibernética a ULA encontrava-se livre do jugo tamoriano. Um acordo de paz entre a ULA, a República Terráquea e Marte foi assinado pelos representantes de cada governo, sob o olhar atento dos tamorianos e de representantes do Conselho Galático das formas de Inteligência.
Séc. IX do calendário terrestre à séc. X (época atual) - Chave da ascensão     Após o final da guerra cibernética, tanto marte quanto a ULA tornaram-se independentes e o trabalho de reconstrução da república ficou por conta própria. Outrora o ponto mais alto da civilização humana, agora a República Terrestre tinha de lidar com desigualdades descritas apenas nos livros de história ou nas lembranças da guerra. Ainda considerada um polo exportador de material intelectual e artístico, a RT é uma terra de contrastes: Grandes metrópoles onde a tecnologia é abundante, mas os recursos são escassos. A alta sociedade decadente, vive num mundo de sonhos com seus PCPs e PCMs de última geração, enquanto as classes mais baixas habitam as cidades antigas, não reconstruídas com o fim da guerra e onde gangues dominam as ruas, matando por peças de reposição.     A liberdade veio com um preço alto para os habitantes da ULA. Não acostumados a liberdade, os americanos estavam prontos para atear fogo as ruas, quando os militares, em um movimento rápido, colocaram a nação de volta no rumo.     Teoricamente democrática, a ULA se declara uma república. O voto é obrigatório e a democracia é celebrada com o fato de que qualquer cidadão pode candidatar-se a presidência desde que seja, ou tenha sido, general das forças armadas. A propaganda via mídia é, obviamente, a de que a ULA é a terra da liberdade, mas a União Livre das Américas vive um regime ditatorial militarista.     Com o estabelecimento da ordem em seu território e os excelentes resultados em campo na guerra cibernética a ULA tronou-se uma ótima nação para se ter na lista de contatos. Nos menos de 300 anos de liberdade, a ULA já hasteou sua bandeira em mais de 700 campanhas em território extra-terrestre. A quimera e as três listras, bandeira da União Livre das Américas, faz tremer os mais bravos (e os amantes da paz e da liberdade) pelos mais diversos pontos da galáxia.     Marte certamente é a mais próspera das Três Terras. Com pouco mais de 100.000.000 de habitantes, Marte foi o primeiro (e até o presente dia, o único) mundo humano a ser aceito no Conselho das Formas de Inteligência. Sua baixa população é compensada pela real força braçal de Marte: Os robôs.     Poucos serviços não-intelectuais são desempenhados por marcianos. Os robês são os construtores, encanadores e eletricistas; as babás, motoristas, robôs de companhia, atendentes de loja e professores. Marte é também um dos únicos mundos da galáxia onde crimes contra robôs são julgados com rigor semelhante aos crimes contra seres vivos. Em Marte, os crimes contra robôs antropomorfos (de forma humana e nível de inteligência artificial altíssimo) são julgados como crimes ao indivíduo robô e não com crimes ao proprietário da máquina.     Marte é liderada por um parlamento. Cada um representando uma das cinco grandes estações marcianas.

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