Filho de Temoretu e Papa, Tangaroa era o agressivo deus dos mares que, junto com seus meio-irmãos (Rongo, Tane, Haumia e Tümatauenga) forçou a separação de Rangi (Céu) e Papa (Terra). Diz-se que seu corpo tinha tanta água que ele explodiu e formou os oceanos. Alguns mitos dizem que, após a separação de seus pais, ele foi atacado pelo deus das tempestades e se escondeu no fundo do mar.
Seus filhos são Ikatere, rei dos peixes, e Tu-te-wehiwehi, ancestral dos répteis. Tangaroa tinha uma rixa com seu irmão Tane, deus das florestas, porque ele acolheu Tu-te-wehiwehi depois dele ter sido banido dos mares por sua violência. Essa rixa mostra que os povos maoris colocavam mar e terra como esferas opostas e precisavam honrar Tangaroa sempre que iam pescar, pois estavam entrando no reino do inimigo de onde eles moravam.
Pode aparecer como um enorme peixe que gera as criaturas do mar, inclusive seres fantásticos como sereias, ou um lagarto verde que traz bons ventos. As marés são sua respiração. Marinheiros polinésios e micronésios costumam navegar com um pedaço de coral para honrar o deus.
Seus mitos se espalham pelas ilhas do Pacífico de formas diferentes. No Taiti, recebe o nome de Ta'aroa, o caos criador. No Havaí, tem ligações com Kanaloa. Nas Ilhas Cook, Tangaroa é filho da luz solar e tem associações com o fogo.
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