MAAT
Na mitologia egípcia, Maat (ou Mayet) era a deusa da lei física e moral do Egito, da ordem, do equilíbrio, retidão e da verdade. Ela era filha (ou mãe) de Ra e esposa de Thoth (segundo alguns autores eles eram irmãos) e com ele teve oito filhos. O mais importante de seus filhos era o deus Amon. Estes oito filhos eram os principais deuses de Hermópolis e de acordo com os sacerdotes da cidade, eles criaram a terra e tudo que nela há .
Maat é representada na forma de uma jovem mulher com a pele cor de ocre, sentada ou em pé. Ela usa vestes longas e segura um cetro em uma mão e um ankh na outra. O símbolo de Maat era a pena de avestruz e ela é sempre mostrada usando-a em seu cabelo ou apenas portando-a. Em algumas ilustrações ela tem um par de asas ligadas a seus braços. A sua imagem é geralmente encontrada em sarcófagos, onde era utilizada afim de proteger a alma do morto. Outro símbolo de Maat é o monte primevo (ma’at), sobre o qual o deus criador estava no início dos tempos. Foi quando o mundo foi criado e caos eliminado que os princípios de Maat foram firmados no local.
Os egípcios acreditavam que sem a ordem de Maat só haveria o caos primordial e então o mundo não seria o mesmo. Era, portanto, necessário que o Faraó aplicasse e fizesse cumprir a lei, para permitir a manutenção do equilíbrio cósmico. A manutenção de Maat é tida como responsabilidade direta do faraó, no antigo Egito. O primeiro dever do faraó era defender a lei de Maat em todo o antigo Egito. É por isso que, nas paredes dos templos, o faraó é representado pela oferta de Maat a uma divindade, dizendo, em suas ações, que ele está em conformidade com os requisitos da deusa e em troca recebe dos deuses a vida e dominação (Osíris) e poder vitorioso (Hórus). Alguns faraós carregavam o título de Maat-Meri, que literalmente significa “amado de Maat”. Eles são descritos frequentemente com os valores de Maat para enfatizar o seu papel na defesa das leis do Criador. Qualquer perturbação na harmonia cósmica poderia ter consequências para o indivíduo, bem como para o Estado.
De acordo com a religião egípcia, no julgamento dos mortos, ela pesava as almas de todos que chegassem ao Maaty, o “Salão das Duas Verdades”, contra a pena da verdade. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto teria a vida eterna garantida no Duat (o submundo egípcio). Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era entregue a Ammut , que o consumiria por completo.
O último papel de Ma’at era ajudar e orientar o deus-Sol Ra conforme ele seguia sua jornada através dos céus . Era ela quem determinava o rumo que o barco tomaria nos céus a cada dia. Às vezes, dizia-se que ela realmente viajava em seu barco junto com ele, guiando sua direção.
Maat possuia uma contraparte, que era a sua irmã Isfet (o caos) que, embora fosse temida, era essencial pois ambos os aspectos, o positivo e o negativo, devem estar presentes para que o equilíbrio pode existir.
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