segunda-feira, 24 de julho de 2017

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HUITZILOPOCHTLI



Huitzilopochtli (traduzido por Beija-flor Azul ou Beija-flor Canhoto ou ainda Beija-flor do Sul) era o deus do Estado, das tempestades, do sol e da guerra asteca. Era o padroeiro da cidade de Tenochtitlán, capital da confederação asteca. Este deus asteca era filho de Coatlicue (“a da saia de serpente”). Suas irmãs eram Coyolxauhqui e Malinalxochitl, uma feiticeira bonita, que também era sua rival. Seu mensageiro ou imitador foi Paynal.

Em um dos mitos da criação gravados, Huitzilopochtli é um dos quatro filhos de Ometeotl, e ele fez o primeiro fogo a partir do qual Quetzacoatl criou metade do sol.

Este deus costuma ser representado todo de azul, todo armado, com penas de colibri na perna esquerda, um rosto negro, e segurando um cetro em forma de uma serpente e um espelho. Também a águia da coragem o personifica.

Eram, principalmente os prisioneiros de guerra que se aproveitavam para sacrificar ao deus.

Segundo Sahagún, Huitzilopochtli era um guerreiro robusto, forte e um grande destruidor de cidades e homens. Nas guerras ele era como “fogo vivo”, e temido pelos adversários. Seu emblema era de uma “cabeça de dragão que vomitou fogo de sua boca” (xiuhcoatl). Ele também pode se transformar em diferentes aves e animais.

Seu nascimento é relatado da seguinte forma: Coatlicue estava executando trabalhos sagrados na Montanha da Serpente, perto da cidade de Tula, e quando lhe caiu uma bola de plumas de tentilhão em cima, fazendo com que ela engravidasse. A sua filha Coyolxauhqui e os seus outros quatrocentos filhos (os chamados Centzon- Huitznauhas) revoltaram-se por ela ter engravidado de forma tão vergonhosa e decidiram reunir um exército para combatê-la. Mas Huitzipochtli tomou conhecimento do plano ainda no ventre enasceu do ventre de sua mãe totalmente crescido e armado dos pés à cabeça com uma armadura azul. Atacou a sua irmã com um cetro ardente em forma de serpente, cortando-a em pedaços e matou os irmãos restantes. Ele jogou a cabeça de sua irmã para o céu, onde se tornou a lua, de modo que sua mãe estaria confortado em ver sua filha no céu todas as noites. Ele jogou os outros irmãos e irmãs para o céu, onde se tornaram as estrelas. Foi desta maneira que se tornou o chefe dos astecas e lhes forneceu uma série de sinais que indicariam o sítio em que deviam fundar a sua cidade.

Tenochtitlán a capital do império tem sua origem diretamente ligada ao culto de Huitzilopochtli. De acordo com o Codex Aubin, os astecas veio originalmente de um lugar chamado Aztlan. Eles viviam sob o governo de uma elite poderosa chamada a “Azteca Chicomoztoca”. Huitzilopochtli ordenou a abandonar Aztlan e encontrar um novo lar. Ele também ordenou que eles não se chamassem mais “Asteca”, em vez disso eles devem ser chamados “Mexica”. Huitzilopochtli os guiou durante a jornada. 

Por um tempo, Huitzilopochtli deixou a cargo de sua irmã, Malinalxochitl, que, segundo a lenda, fundada Malinalco, mas os astecas se ressentiam sua decisão e chamou de volta Huitzilopochtli. Ele colocou sua irmã para dormir e ordenou que os astecas deixassem o local. Quando ela acordou e percebeu que ela estava sozinha, ela tornou-se irritada e desejou se vingar. Ela deu à luz um filho chamado Copil. Quando ele cresceu, ele enfrentou Huitzilpochtli, que teve que matá-lo. Huitzilopochtli então pegou seu coração e jogou no meio do lago Texcoco. Muitos anos depois, Huitzilopochtli ordenou que os astecas procurassem o coração de Copil e construissem sua cidade sobre ele. O sinal seria uma águia empoleirada num cacto, comendo uma serpente. Os astecas finalmente encontraram a águia, que se inclinou para eles, e eles construíram um templo no lugar, que se tornou Tenochtitlan (que significa “Local do fruto do Cacto”). Existem versões diferentes deste encontro.

Huitzilopochtli era uma divindade totalmente asteca sem nenhuma conexão com outra civilização mesoamericana diferentemente de outros deuses do panteão asteca. E era o principal deus cultuado na capital do império Tenochtitlán. Comumente representado com seus membros pintados de azul com penas de beija-flor em sua perna esquerda além de uma lança cerimonial. A guerra e a morte estão bem entrelaçadas em suas manifestações rituais. Os beija-flores, na cultura asteca e a ele associado em seu nome, eram considerados como sendo a alma de guerreiros perecidos que acompanhavam o Sol (Huitzilopochtli) em sua ronda diária pelo céu. 

O mito não deixa totalmente esclarecido se Huitzilopochtli foi um herói factualmente existente e posteriormente transformado em uma divindade ou se foi concebido como tal no panteão asteca, acredita-se que ele tenha iniciado a migração realizada pelos ancestrais do que depois seriam chamados de astecas em direção ao Lago Texcoco no século XII e as lendas em torno de nascimento apenas reforçam o que seria na verdade a transformação de um homem em divindade. Durante a migração rumo ao Lago Texcoco onde o império asteca de fato se estabeleceria uma figura de Huitzilopochtli foi conduzida por quatro sumo-sacerdotes onde segundo o mito teria feito promessas de vitórias em batalhas e conquistas sobre outros povos, consolidando seu caráter guerreiro.

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