A REVERENCIA DO SAGRADO FEMININO
Na cultura egípcia, a reverência ao Sagrado Feminino remonta à era neolítica. A representação da criadora assumiu várias manifestações que podem ser sintetizadas na imagem da “Árvore da Vida”, que oferece, pelos seus frutos ou folhas, a água da vida, seja para a existência terrena, seja para a passagem da alma de uma dimensão para outra.
Inúmeras estatuetas de argila comprovam que a antiguidade dos cultos de diversas deusas remonta à uma época entre 5500 e 3300 anos a.C. Essas deusas eram cultuadas em seus templos, nos quais as funções sacerdotais e oraculares eram desempenhadas por mulheres. No Egito antigo, as mulheres desfrutavam de muita consideração e respeito, tendo um status elevado e sendo as transmissoras do nome e da propriedade para seus descendentes. As rainhas eram o elo entre uma dinastia e outra e a herança real seguia pela linhagem feminina. Somente muito tempo depois que o culto das deusas foi substituído pelo dos deuses, passando então o faraó a ser considerado a manifestação do próprio Deus.
Mesmo assim, Ísis continuou a ser cultuada até a conquista do Egito pelos Romanos. Vestígios de seus atributos, nomes, representações e santuários foram adotados pelo Cristianismo, na veneração de Maria.
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