domingo, 1 de maio de 2016

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OS PRINCIPAIS PRECEITOS DO SATANISMO DE LAVEY


Hoje vamos tratar de alguns pontos que considero de extrema importância para darmos um final para a série de posts sobre o satanismo. 

Vou apresentar algumas das citações de LaVey que definem bem alguns dos preceitos gerais do Satanismo e que não foi possível abordar no post Satanismo de LaVey.

O Satanismo defende uma prática modificada da Regra de Ouro. Nossa interpretação para esta regra é:

Faça aos outros o que eles fazem a você”; porque se você “Faz aos outros como eles deveriam fazer a você”, e eles, em retorno, tratam você mal, vai contra a natureza humana tratá-los com consideração. Você deveria fazer aos outros o mesmo que eles fariam a você, mas se sua cortesia não é retornada, eles deveriam ser tratados com a vingança que merecem.

Sim, o Satanismo não é tão “belo e virtuoso” como a ideologia cristã, no entanto, o Satanismo nunca terá em sua história a marca de ter perseguido e matado tantas pessoas pelo simples fato de não seguirem os seus princípios. Essa “hipocrisia”, inclusive, é muito citada por LaVey que, desde antes da fundamentação plena do Satanismo, apresentava suas críticas aos períodos nebulosos da Inquisição e da falta de liberdade intelectual que isso gerou.

Bem, não se podia esperar algo muito diferente de uma ideologia fundamentada em cima daquele que foi o maior símbolo de libertação das mitologias, Satan.

O homem necessita de dogma e ritual, fantasia e encantamento. A psiquiatria, apesar de todo o bem que tem feito, tem roubado do homem da maravilha e fantasia que a religião, no passado, o proveu.
Essa é uma das citações que “explicitam” muito bem a ideia de que há necessidade de um procedimento psicológico nesse desenvolvimento. A psiquiatria trata, diretamente, dos problemas e ilusões do cérebro – e trata seus pacientes com remédios – enquanto o processo psicológico é bem diferente (lembrando que eu não estou sugerindo que um possa substituir o outro, de alguma forma).

LaVey fala sobre a importância psicológica dos rituais para que o homem possa internalizar diversos conceitos através da absorção do seu subconsciente.

Curiosamente, a Maçonaria é um dos poucos lugares (além do Satanismo) onde encontramos Rituais que podem ser entendidos com esse propósito. Afinal, a maioria das religiões e ordens iniciáticas admitem os efeitos metafísicos dos rituais – e não tem a necessidade de justificá-los sob outro prisma.

Na Maçonaria essa é uma das formas de entender a existência dos Rituais na Ordem, servindo para internacionalizar, de forma plena, o caminho da virtude, pregado pela Ordem.

Profetas piedosos ensinaram o homem a temer Satã. Mas e os termos como “temente a Deus”? Se Deus é tão misericordioso, porque as pessoas têm de temê-lo? Vamos acreditar que não há lugar algum que possamos escapar do medo? Se você tem que temer Deus, por que não ser um “temente a Satã” e pelo menos ter a diversão que sendo temente a Deus é negada a você? Sem cada um destes medos indiscriminados os religiosos não teriam nada com que manejar poderosamente seus seguidores.

Diversas vezes, citações como essas são usadas pelas correntes religiosas cristãs para insistir que o Satanismo tem haver com “adoradores de demônios”.

Existem muitos parágrafos como esse, pelas Obras de LaVey e, adivinhe, são sempre interpretados da pior forma possível. Sendo que, bastaria que os “críticos” passassem a ler aquilo que foi dito – e não o que eles acham que foi dito.

Se você criticou esse parágrafo, quando o leu, leia novamente e me diga em que momento LaVey faz qualquer Apologia a existência de Satan? Em nenhum momento! Ele só está desenvolvendo a ideia inicial, partindo do pressuposto que o ensinamento dos “piedosos profetas” estava certo.

Em outras palavras: “Já que eles acreditam nisso, deveriam admitir que…

Ou seja, ele apenas desenvolve uma ideia, de forma lógica e racional, a partir das premissas cristãs. Ele não diz, em momento algum, que as admite como verdade.

A maior parte dos satanistas não aceita Satã como um ser antropomórfico com cascos fendidos, uma cauda barbada, e chifres. Ele simplesmente representa a força da natureza – os poderes das trevas que tem sido chamados assim porque nenhuma religião tem encontrado essas forças fora da escuridão.

Também a ciência não tem sido capaz de aplicar um terminologia técnica para esta força. É um reservatório destampado que poucos podem usar porque lhes faltam a habilidade de usar uma ferramenta sem primeiramente ter subdividido e classificado todas as partes que a fazem funcionar. É a necessidade incessante de analisar o que impede muitas pessoas de tirarem vantagem destas multifacetadas chaves para o desconhecido – que os satanistas escolheram chamar “Satã”.

Já falei sobre isso no ultimo post mais acho importante ressaltar a existência dessa “força da natureza” ao qual LaVey cita e que é parte da religião satânica. Ainda existem Satanistas da doutrina de LaVey que nunca fizeram quaisquer reflexões quanto a isso – ou até, que não conhecem esses caminhos da doutrina satânica.

Isso acontece, provavelmente, porque sempre houve um foco maior na questão ideológica e filosófica do que nos principios ocultistas que LaVey apresenta.

Enfim…

LaVey parte de alguns pressupostos que acabam não fazendo parte de sua doutrina, mas que impacta, diretamente, na sua forma de enxergar o mundo e o Satanismo. Ele aborda alguns conceitos que não explica, mas que fazem parte do processo para o entendimento de sua ideologia. Com o tempo, vamos apresentar cada uma dessas características e correntes, aqui no Blog.

Lembrando que uma das propostas do Blog (além do esclarecimento das polêmicas que envolvem a Maçonaria e o Satanismo) é apresentar uma série de questões pertinentes que possam ajudar a esclarecer a Maçonaria e o Satanismo em si, com relação ao universo que os envolve.

Espero que o Conteúdo, até então, esteja atingindo as expectativas.

Até a próxima…

Fonte: Aqui

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