quarta-feira, 27 de abril de 2016

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SATANISMO E O RENASCIMENTO

Neste post, iremos falar sobre a primeira ideologia que, verdadeiramente, envolveu o satanismo no mundo.

Desde já, deixo informado que o Satanismo apresentado aqui não segue exatamente a filosofia plena do satanismo em si, mas é toda a base que deu origem ao mesmo.

Não irei adiantar os detalhes antes de chegar no próximo post, portanto, não irei parar para corrigir os pontos do satanismo que seguiram adiante e, os pontos que não seguiram.

Esse será o assunto para o próximo Post onde falaremos enfim sobre o que é o Satanismo.

Sem me alongar mais, vamos começar.

O Período do Renascimento

O Renascimento foi o primeiro movimento que veio combater aquele período da Idade Média, do qual falei no Post Satanismo na Idade Média.

Ele leva esse nome por ser o retorno de várias ideias antigas, da época anterior a Queda do Império Romano, que foi o período onde todo o saber acadêmico começou a ficar comprometido.

Esse período era o “renascimento” de toda essa época. Era a descentralização do poder da Igreja, que se considerava o único intermédio para se chegar a Deus – e dominava o homem, em virtude disso.

Alguns datam o Renascimento como tendo surgido no começo do Século XIV (1300) com a Obra a “Divina Comédia”, de Dante Alighieri – e tendo terminado no século XVI.

Seu primeiro século foi limitado aos Estados próximos a Região Italiana e só no século XV começamos a ter esse desenvolvimento no resto da Europa, que é a data onde tivemos a Queda de Constantinopla (1453) – data oficial do fim da Idade Média.

No último século do Renascimento surge o Renascimento Humanista, ou apenas “Humanismo”, que é o ponto que nos importa aqui.

O Humanismo era a filosofia que colocava o Homem como centro do Universo, apresentava uma oposição ás autoridades metafísicas. Deixava o sobrenatural de lado para dar prioridade ao homem.

Foi nesse cenário que algumas correntes de pensamento começam a surgir como a Kaballah Cristã, a Filosofia Alquímica e Oculta e o Satanismo.

Na época, essa ideologia não era conhecida como Satanismo (a não ser pela Igreja Católica, que já denominava tudo como Satanismo), mas pode ser considerado assim, já que as bases ideológicas estavam alí.

Foi também um período em que a informação voltou a ser acessível (na medida do possível). As pessoas agora poderiam fundamentar seus questionamentos sob a luz de novos conhecimentos.




Uma Nova Luz Para Novos Questionamentos

Como exemplo, surgiram os primeiros questionamentos com relação a Gênese Bíblica.

Surgia a dúvida de “porque Deus, com toda a sua grandeza e sabedoria, iria destruir a humanidade, como ocorreu no Dilúvio, se ele, na condição de ser onisciente, sabia do passado, presente e futuro do homem”? E, por favor, não responda que é por causa do livre arbítrio. Esse argumento já era falho desde aquela época (mas falemos disso uma outra hora).

Questionavam-se sobre um “Deus Mau” (que estava presente no Antigo Testamento) e que era bem diferente do “Deus de Amor” (do Novo Testamento). Afinal, para os que nunca pensaram nisso, o Deus do Antigo Testamento passa a IMPRESSÃO de ser cruel e vingativo (bem diferente do Novo Testamento, onde “Deus é Amor”).

É importante esclarecer também que todo esse questionamento era o mais puro e sincero possível. Vinha da vontade e da liberdade, pela primeira vez explorada, de poder questionar e buscar a verdade. E essa busca era tão sincera quanto as suas perguntas.

“Se Deus era mesmo dessa forma, será mesmo que ele é o nosso verdadeiro Deus? Não poderia, o homem, estar sendo enganado? Não poderia, a Igreja, estar tentando nos enganar?”

Entendem do que se tratava?

Longe de qualquer rebeldia sem sentido, era um questionamento verdadeiro vindo de sinceros buscadores da verdade.

É nesse momento que, Satan aparece, como personagem.

Satan, O Adversário De Deus

Satan é aquele que aparece, de repente, na Bíblia – no Livro de Jó – para desafiar Deus a testar a confiança dos homens. Lembrando que não há qualquer história que relate sua origem.

A palavra que o designava na Bíblia, em hebraico, era Shaitan – que significa “adversário”. Não existe na Bíblia aquela história onde Deus cria um Inferno para ele só porque ele questionou o Poder de Deus. Essa história vem de uma tradição e foi absorvida pela Igreja Católica. Shaitan era o “adversário” de Deus – e apenas isso.

No livro de Jó, Shaitan desafia a Deus e diz que se ele tirasse tudo do homem, esse mesmo homen não mais o veneraria como seu Deus.  E Deus permite que isso aconteça.

A vida de um homem (Jó) é destruída para que Jeová provasse a Shaitan que sim, o homem continuaria a adorá-lo, mesmo que tudo lhe fosse tirado.

Shaitan passa a ser um exemplo de liberdade que caracterizava muito bem a mentalidade da época.

Ele foi àquele dentre os demais anjos que questionou o trabalho do Senhor Deus, aquele que não poderia ser questionado.

O que era o Humanismo senão a personificação da personalidade de Shaitan, aquele que se Libertou, a mente que questionou? Esse era o homem do Renascimento.

O homem passou a ser o centro do universo, aquele que merecia ser reconhecido como tal – além do mais, foi graças a essa ideologia que hoje temos as belas obras de Michelangelo e DaVinci; de Rafael e Donatello.

E o que vem depois disso?

Bem, só no próximo Post, onde falaremos do Satanismo Moderno para, finalmente, entendermos  o que ele realmente  é.

Fonte: Aqui

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