terça-feira, 1 de março de 2016

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MAEVE

Maeve, a Rainha que se transformou em deusa celta da Sabedoria da Terra. Muito cultuada em Tara, na Irlanda. De Rainha passou a Deusa por ter exercido grande poder e fascínio entre seus súditos na terra. Difícil era não olhar para ela e se apaixonar. Tanto que seu nome em celta era Medhbh, ou “aquela que intoxica”.

Reinou sobre Connacht e participou efetivamente de combates. Na sua época, as mulheres não eram vistas como seres frágeis ou incapazes. Elas iam literalmente à luta. E ainda tinham o poder de escolher seus maridos e o direito de optar pelo divórcio, separação, caso estivessem insatisfeitas ou sentindo-se infelizes. 

Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico. Ela ofertava aos seus consortes uma taça de vinho vermelho como seu sangue. O vinho de Meave representava o sangue menstrual que era considerado como "o vinho da sabedoria das mulheres".
O Festival Pagão de Mabon era comemorado em sua honra. Durante estas festividades, aqueles que almejassem ser rei, aguardavam que Meave os convidasse à beber de seu vinho. Isto assegurava de que o homem para ser rei, necessitava ser versado no feminismo e nos mistérios das mulheres.

Maeve foi considerada a Deusa da guerra similar a Morrigan, fez que seus guerreiros experimentassem as dores do parto de uma mulher.
Ela é a Rainha de Connacht, simboliza o poder feminino e é a personificação da própria Terra e sua prosperidade.

Shakespeare a trouxe à vida como Mab, a Rainha das Fadas. Em uma versão mais moderna, os ecologistas a converteram em Gaia, o espírito da Terra.

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