FRINÉ
"Ela era de tamanha beleza que mudou o veredito de seu julgamento"
Mnesarete (em grego Μνησαρετή) era seu verdadeiro nome, mas devido à sua tez amarelada, ela foi chamada de Friné (Sapo), apelido dado por outras cortesãs, no Brasil também é conhecida como Frinéia. Nasceu em Téspias na Beócia mas acredita-se ter vivido em Atenas, cerca de 400 A.C. Adquiriu tanta riqueza por sua extraordinária beleza que se ofereceu para reconstruir os muros de Tebas (Grécia), que haviam sido destruído por Alexandre, o Grande (336 aC), na condição de que as palavras "Destruído por Alexandre, restaurado por Friné a hetaira", fossem inscritos em cima deles, as autoridades rejeitaram a oferta.
Bela e famosa. Por ocasião de um Festival de Posidão em Elêusis, ela colocou de lado suas roupas, soltou os cabelos, e entrou nua no mar, à vista do povo, inspirando o pintor Apeles, em sua grande obra "Afrodite Anadyomène" (às vezes também retratada como "Vênus Anadyomène "), para o qual Friné posou como modelo.
Devido à sua beleza, ela também inspirou mais tarde a pintura do artista Jean-Léon Gérôme, "Friné devant l'Areopage" (Friné antes do Areópago, 1861), bem como outras obras de arte ao longo da história. Ela foi também (segundo alguns), o modelo para a estátua da Afrodite de Cnido por Praxíteles.
Olavo Bilac poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, em sua obra "Sarças de Fogo" descreve o julgamento da bela Friné na poesia "O Julgamento de Frinéia" em 1888. Charles Baudelaire, em seus poemas Lesbos e La beauté e Rainer Maria Rilke em seu poema Die Flamingos foram inspirados pela beleza e fama de Friné.
De um ponto de vista musical, Friné foi objeto de uma ópera de Camille Saint-Saëns: Phryne (1893).
No cinema Friné é referenciada no Filme de 1951 de Alessandro Blasetti, "ALTRI TEMPI" onde o oitavo e último episódio é "IL PROCESSO DI FRINE"
Pode- se encontrar outras referências à Friné como o asteróide que foi descoberto em 15 de Setembro de 1933 por Eugène Joseph Delporte "1291 Phryne".
Julgamento de Friné:
Acusada de profanar os Mistérios de Elêusis foi defendida pelo orador Hipérides, um de seus amantes. O discurso de acusação, de acordo com Diodoro periegetes, citado por Ateneu XIII.591e, foi escrito por Anaxímenes de Lâmpsaco. Quando Hipérides percebeu que o veredicto seria desfavorável, rasgou o manto da bela Friné exibindo seus seios, conseguindo com isso a mudança no julgamento dos juízes que a absolveram. Outra versão diz que ela mesma tirou suas roupas. A mudança no julgamento dos juízes não foi simplesmente porque eles ficaram fascinados pela beleza de seu corpo nu, mas sim porque, naquela época, a beleza física era muitas vezes vista como um aspecto da divindade ou um sinal de favor divino.
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