AS VALQUÍRIAS
Na mitologia nórdica, as valquírias são as populares guerreiras de Odin. Belas, de pele clara e longos cabelos , possuiam cavalos brancos com os quais eram capazes de cavalgar pelos céus, procurando os heróis mortos em campos de batalha. Elas levavam estes bravos guerreiros ao Valhalla aonde eles comeriam, beberiam e lutariam até o dia fatídico do Ragnarok, lutando ao lado de Odin.
As valquírias eram virgens guerreiras que montavam seus cavalos armadas com capacetes e lanças. Odin, desejoso de reunir um grande número de heróis em Valhala a fim de poder enfrentar os gigantes no dia da batalha final, escolhia aqueles que deveriam ser mortos. As valquírias são as suas mensageiras e seu nome significa "as que escolhem os que vão morrer". Quando elas cavalgavam pelos campos suas armaduras emitiam um estranho brilho bruxuleante, que iluminavam os céus nórdicos, produzindo aquilo que conhecemos hoje como Aurora Boreal ou Luzes Nórdicas.
Mas as Valquírias na mitologia nem sempre foram estas belas damas de tons românticos. Originalmente eram seres medonhos e sinistros, espíritos da sanguinolência. Elas frequentemente levavam os guerreiros à morte para que pudessem leva-los ao seu lugar no exército de Odin. Dizia-se que antes de morrer, os heróis viam uma valquíria passar voando.
Porém na mitologia nórdica do século seis em diante, encontramos as figuras mais familiares das valquírias, as amáveis donzelas-cisne. O mito diz que as valquírias frequentemente vinham ao mundo terreno em forma de um cisne para procurar um riacho ou lago tranquilo para nadar. Se um homem roubasse a plumagem da valquíria enquanto ela se banhava, ela estaria presa à terra e o homem poderia se casar com a mesma.
Porém roubar e manter a plumagem de uma valquíria era possível somente para grandes heróis. E de fato várias belas valquírias apaixonaram-se por homens mortais, heróis.
Valquírias eram espíritos femininos que apareciam para os guerreiros que iam morrer, auxiliavam o Deus da guerra e a travessia ao mundo dos mortos em Valhala, o grande palácio de Odin , onde ele se diverte em festas na companhia dos heróis que morriam em combate, nenhuma descrição dos Deuses da batalha estaria completa sem elas. Elas levam as ordens de Odin enquanto a batalha se desenrola, dando vitória segundo a vontade dele, e, no fim, conduzem os guerreiros derrotados e mortos a Valhala.
Seus símbolos: a lança, o cisne e o capacete. Os mitos podem nos levar a descobrir mais sobre nossa herança espiritual, e talvez perceber alguns dos defeitos no desenvolvimento espiritual do mundo moderno. O estudo da mitologia não precisa mais ser visto como uma fuga da realidade para as fantasias por parte dos povos primitivos, e sim como uma busca pela compreensão mais profunda da mente humana. Ao nos aventurarmos em explorar as distantes colinas habitadas pelos Deuses, estaremos talvez, descobrindo o caminho de casa.Elas levam as ordens de Odin enquanto a batalha se desenrola, dando vitória segundo a vontade dele, e, no fim, conduzem os guerreiros derrotados e mortos a Valhala.
Às vezes, porém, as Valquírias são retratadas como as esposas de heróis vivos. Supostamente, as sacerdotisas humanas se transformariam em Valquírias, como se fossem as sacerdotisas de algum culto.
Reconhecemos algo semelhante às Norns, espíritos que decidem os destinos dos homens; as videntes, que eram capazes de proteger os homens em batalha com seus encantamentos; aos poderosos espíritos femininos guardiões apegados a certas famílias, trazendo sorte a um jovem sob sua proteção; e até a certas mulheres que se armavam e lutavam como homens, das quais existe alguma evidencia histórica nas regiões em tomo do Mar Negro.
Pode também haver a lembrança das sacerdotisas do Deus da guerra.
Aparentemente, desde tempos remotos, os germanos pagãos acreditavam em ferozes espíritos femininos seguindo os comandos do Deus da guerra, espalhando a desordem, participando de batalhas, agarrando os mortos.
O conceito de uma companhia de mulheres associadas a batalhas entre os germanos pagãos é ainda mais enfatizado pelos dois encantamentos que sobreviveram até os tempos cristãos. Um vem de Merseburgo no sul da Germânia, e é um feitiço para abrir as correntes. Ele descreve como certas mulheres chamadas "Idisi" (termo derivado do nórdico antigo, "dísir" - Deusas) se sentavam juntas, algumas travando fechos, outras segurando a equipagem e outras ainda puxando as correntes. Concluindo com estas palavras: "Salta fora das amarras, foge do inimigo".
Abrir e fechar correntes e amarras, atirar lanças e o poder de voar são atividades associadas à Odin. Em Hávamál (expressão daquele que é Grande), ele entoa um encantamento para providenciar "correntes para os meus adversários". Provavelmente não são amarras físicas, e sim para a mente, do tipo descrito em Ynglinga Saga (relatos dos antigos reis da Suécia).
Um dos nomes das Valquírias é Herfjgturr, "corrente de guerra"
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