terça-feira, 20 de janeiro de 2015

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APSU

Apsu, ou abzu, (Acadiano: apsû, engur, engurru) do sumeriano ab 'longe' e zu 'água' era o nome da divindade que representa as águas doces das fontes subterrâneas, com atribuições religiosas nas mitologias da Suméria e Acádia. Lagos, rios, poços, e outras fontes de água doce também significavam abzu. Mas, por outro lado Abzu ou Apsu para os mulçumanos significa "colhedora de crianças".
Certas represas de águas sagradas nos pátios dos templos da Babilônia e Acádia também eram chamados de abzu (apsû) e serviam para rituais de purificação. Alguns estudiosos as consideram origem das abluções, das casas de banho das mesquitas islâmicas e pias batismais das igrejas cristãs.
No épico babilônico Enuma Elish, Apsu, o "procriador dos deuses", está inerte e sonolento mas encontra sua paz perturbada pelos deuses mais novos então decide destruí-los. Seu neto Enki, escolhido para representar os deuses mais novos, joga um feitiço em Apsu o colocando em um sono profundo a assim o confina ao submundo. Subsequentemente Enki cria seu lar nas profundezas das fontes aquíferas e assume todas as funções de Apsu, incluindo seus poderes fertilizadores como senhor das águas e senhor do sêmen.
Apsu é uma efígie de uma divindade na criação épica babilônica, o Enuma Elish, livro da biblioteca de Assurbanípal a qual é milênios mais velha. Na história, ele era um ser primordial feito das águas doces e amante de outra divindade primordial, Tiamat, que era uma criatura das águas salgadas. O Enuma Elish começa com:

"Quando os céus acima não existiam ainda e nem a terra abaixo, Apsu o oceano de água doce estava lá, o primeiro, o procriador, e Tiamat, o mar de água salgada, ela que criou tudo; eles ainda estavam misturados em suas águas, e nenhuma pastagem ainda tinha sido formada, nem mesmo um pedaço de pântano..."

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