A LENDA DO ELDORADO
A lenda do Eldorado, conta a historia da existência de uma cidade perdida em meio à densa floresta Amazônia. Até este ponto esta seria somente mais uma cidade inca perdia como tantas outras que foram encontradas depois por aventureiros. No entanto a narrativa dos índios aos espanhóis na época da colonização falava de uma cidade repleta de ouro nas construções da cidade, nos templos, nas estatuas dos ídolos, nas armaduras e escudo.Cenário da animação O Caminho para El Dorado, da Dreamworks (2000). A cidade era chamada originalmente pelos indigenas de Manoa, e era construída nas margens de um lago chamado "Parime" onde era reazilado os rituais para os deuses, muitos acreditavam que esse lago é o atual lago Guatavita.
Lagoa de Guatavita O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol, de acordo com os arqueólogos e historiadores, Eldorado não era uma cidade, mas sim um ser humano! tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada. Varias são as teorias para o surgimento da lenda. A mais contada de todas surgiu em 1535, quando o general Sebastián de Belalcazar conseguiu destruir a ultima resistência do império Inca. Nesse momento a historia se confunde, alguns dizem que a pós a conquista o general ouviu de um prisioneiro indígena a historia do Eldorado. Outros dizem que logo apos os espanhóis conquistarem o Império Inca, um índio socilitou ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Para covencer os espanhois, ele afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a cerimônia do homem coberto de ouro. Sebastián de Belalcazar.
Apesar desse desencontro de informações as duas versões contam que o tal índio ou prisioneiro afirmou existir uma tribo muito rica, localizada perto da atual Santa Fé de Bogotá (capital da Colômbia), onde viviam os índios Chibcha ou Muisa. A cidade era tão abundante de ouro que o rei cobria todo o seu corpo com ouro em pó, provavelmente quando subia ao trono, ou antes de ações guerreiras.
Completamente dourado, o rei dirigia-se para o meio da lagoa Guatavita, numa embarcação, e banhava-se nas águas, depois de ter lançado, para o fundo, joias, vários objetos de ouro e pedras preciosas, como oferendas ao seu deus. A noite ele se banhava em uma lagoa retirando todo o ouro do corpo para no dia seguinte ser coberto por esse metal precioso novamente.
Em 1636 Juan Rodríguez Freyle escreveu a versão mais conhecida da lenda na crônica El Carnero.
“...Naquele lago de Guatavita faziam uma grande balsa de juncos, e a enfeitavam até deixá-la tão vistosa quanto podiam… A esta altura estava toda a lagoa cercada de índios e iluminada em toda sua circunferência, os índios e índias todos coroados de ouro, plumas e enfeites de nariz… Despiam o herdeiro (...) e o untavam com uma liga pegajosa, e cobriam tudo com ouro em pó, de maneira que ia todo coberto desse metal. Metiam-no na balsa, na qual ia de pé, e seus pés punham um montão de ouro e esmeraldas para que oferecesse a seu deus. Acompanhavam-no na barca quatro caciques, os mais importantes, enfeitados de plumas, coroas, braceletes, adereços de nariz e orelheiras de ouro, e também nus… O índio dourado fazia sua oferenda lançando no meio da lagoa todo o ouro e as esmeraldas que levava aos pés, e logo o imitavam os caciques que o acompanhavam. Concluída a cerimônia, batiam os estandartes... E partindo a balsa para terra, começavam a gritaria... dançando em círculos a seu modo. Com tal cerimônia ficava reconhecido o novo escolhido para senhor e príncipe”.
A história do rei que se cobria de ouro ganhou força quando na lagoa de Siecha perto da pirâmide do Sol, a 35 quilômetros de Guatavita encontraram em 1856, uma peça de ouro de 262 gramas, com a forma de uma balsa redonda com 9,5 cm de diâmetro, que parecia representá-lo foi encontrada. Revelada ao mundo em 1883 por Liborio Zerda, no livro El Dorado, foi comprada por um museu alemão, mas perdeu-se quando o navio que a transportava incendiou-se no porto de Bremen. Balsa de ouro encontrada em Siecha
Uma segunda peça semelhante foi encontrada em 1969, por três camponeses, dentro de um vaso de cerâmica, em uma pequena gruta da campina de Pasca, Cundinamarca. Hoje a peça encontra-se no Museu do Ouro de Bogotá, conhecida como "Balsa de El Dorado", pesa 287,5 gramas, tem 19 cm de comprimento por 10 de largura.
A Balsa de El Dorado, no Museu do
Ouro de Bogotá (arte muísca, 1200-1500 d.C.)
Cronistas relatam que assim que o general Sebastián de Belalcazar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!". O mito do Eldorado conquistou de tal forma o imaginário dos conquistadores dos séculos XV e XVI que arrastou os Europeus para a busca do tesouro e para a descoberta de novas terras Americanas. Foram muitos os exploradores que procuraram a mítica cidade. No entanto, as expedições organizadas, como as de Pedro Fernandez de Lugo, Gonzalo Quesada, Gonçalo Pizarro, Pedro de Ursua, em vários locais do Norte da América do Sul, nomeadamente, junto ao rio Orinoco, ao rio Negro, no lago de Guatavita, revelaram-se difíceis e sem sucesso.
Com sucessivas explorações, a localização do suposto Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas. Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central. O fato é que essas são algumas entre as várias suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano
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