quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mitologia Egípcia: HEMIUNU

HEMIUNU

Hemiunu, homem responsável por todos os assuntos fiscais,  administrativos  e  judiciais durante  o reinado de Jufú (seu tio).
 Competência, influência ou nepotismo ?
 Centralizar  o Poder, num só homem, dá certo ?  Deu certo ?
 Nunca teremos esta resposta, o certo é que Hemiunu foi um homem  de muitos cargos e responsabilidades.
 Creio que um único homem, não tem como atender a tantas responsabilidades.
 Na realidade, quem foi e o que foi  Hemiunu ?
Foi Visir, cargo de maior prestigio junto ao Faraó.
Foi “Supervisor dos Trabalhos do Rei”  -  o que o levou a assumir a responsabilidade das edificações de templos e se identifica como o homem responsável pela construção da Grande Pirâmide.
Foi “Portador do Selo Real”.
Foi “Chefe do Exercito”.
Foi “Guia de Expedições”.
 Neste período estão documentadas importantes expedições comerciais para a obtenção de madeira, que deveriam ser utilizadas na construção de portos, obtenção de incenso e especiarias da região de Punt (possivelmente situada perto da Somália).
 Outros títulos.
Foi "Filho do Rei"  - Este título era um habito predominante entre os familiares e altíssimos dignitários mais próximos ao rei, o que não significa necessariamente que fosse filho do Faraó.
Foi “Membro da Elite”.
Foi “Alto Funcionário”.
Foi “Espírito de Nejen” (Nejen = Nome egípcio da cidade de Hierakómpolis ). “Espírito de Pe” . Os espíritos de Pe e Nejen são os dos ancestrais mais antigos da realeza do Egito, título antiqüíssimo da época pré-dinástica. Nejen, referido aos governantes do Alto Egito e Pe do Baixo Egito.
Foi “Sacerdote de Bastet”.
Foi “Sacerdote de Shesmetet”.
Foi “Sacerdote de Enebet”.,
Foi “Guardião do Touro Apis".
Foi “Guardião do Touro Branco" , símbolo do deus Min, que tinha relação com chuva e a fecundidade.
Foi “Antigo do Palácio”.
Foi “Sumo Sacerdote de Tot”.
Foi “Amado de seu Rei”.
Foi “Alto Cortesão”.
Foi “Supervisor dos Escribas Reais”.
Foi “Sacerdote da Deusa Seshat” (deusa da escritura e da historia; controladora do tempo; fundadora de templos e deusa protetora de suas bibliotecas. Associada aos arquitetos, era chamada "Senhora dos construtores").
 Sua mastaba, (G4000) é uma das maiores de Giza, localizada a oeste no cemitério da extensa necrópoles que rodeia a  Grande Pirâmide de Jufu. Cemitério, formado por 74 mastabas perfeitamente ordenadas em ruas, próximas a dos altos funcionários, príncipes e cortesãos do Rei.
 A Tumba de Hemiunu, foi descoberta em 1.912 dentro da área de escavações da expedição  Germano - Austríaca, foi encontrada no interior da mastaba uma espetacular estátua em tamanho natural (155,5 cm altura) em pedra. Sua cabeça havia sido separada do corpo e seus olhos incrustados haviam  sido arrancados por vândalos ou ladrões de tumbas.  
 A estátua mostra um homem de rosto inteligente com traços de severidade e maduro, ressaltando as dobras e círculos  de seu volumoso corpo para representar sua importância social. Suas feições demonstram realismo, o que deveria ser intencional, já que a estátua servia para  mostrar ao “Ka” o lugar de descanso do defunto. Era costume nesta época que a estátua funerária estivesse invisível para todos os mortos, em câmaras adjacentes chamadas secretas, comunicadas por um "olho mágico" com a câmara destinada ao culto. A grande tumba de Hemiunu possui duas câmaras secretas.
 Existem unicamente duas imagens deste personagem, uma é da estátua sentada e a outra um relevo descoberto em dezembro de 1.925, no sudoeste das ruínas da tumba, dentro da área pesquisada na  expedição de Boston. Este relevo representa um rosto magnificamente talhado em pedra  que adornava a parede da tumba. Demonstrando detalhes como um nariz proeminente, bolsas sutilmente modeladas abaixo dos olhos,  lábios e  uma pequena barba de contornos ondulados, raspada de forma magnífica.
 Como curiosidade sobre o personagem, citaremos a descoberta do  arqueólogo George A. Reisner, sobre a tumba  de Hetepheres.
          Uma longa e interessante teoria,  classifica Hemiunu como artífice responsável pelo segundo sepultamento da rainha Hetepheres, filha do Rei Huni, esposa de Snefru, e mãe de Jufu. Segundo sua teoria, Hetepheres foi inicialmente enterrada em Dashur, perto da tumba de seu marido; ao ser saqueada a tumba e destruído o cadáver da rainha, o grande Visir Hemiunu, para evitar o pesar do Rei e ocultar a destruição da múmia, levou a cabo um segundo sepultamento em Giza por considerar  um  lugar  mais  seguro, o sarcófago  foi novamente  selado , so que desta vez sem a múmia. Assim a equipe do arqueólogo Reisner encontrou a tumba G7000, com muitos objetos e um sarcófago vazio , selado com cinco selos reais intactos sem nada dentro e o nome da rainha gravado.
Elise Schiffer
Todos os que se ufanaram em possuir o Livro de Toth, morreram de acidentes e de formas suspeitas. Estava assinada a sua tradição como Livro Maldito. 
O "Corpus Hermeticum" (século 1 a.C. - séc. 2 d.C._ menciona o Livro Maldito, mas não diz onde encontrá-lo. O Corpus Hermeticum é composto por textos célebres: Asclépio, Karekosmu e Poimandres.
Uma lenda do século 15 fala de uma sociedade secreta proprietária do Livro de Toth, que o transformou em um baralho, o TAROT. Antoine Court de Gebelin, cientista e membro da Academia Real de La Rochelle - Le Mond Primitif - afirma também esta versão:  "Esse livro do antigo Egito é o jogo de cartas - nós o temos nas cartas do baralho".
Na sua origem como baralho, chamou-se NABI (italiano quer dizer Profeta). Não se sabe a origem do nome TAROT com certeza. Existem inúmeras explicações, sem comprovação fidedigna. Todos os que anunciaram a posse deste livro, engrossaram as estatísticas de suicídios, acidentes, assassínios, uma lista macabra. 
C. Daly King oferece o relato do que seria a ciência secreta do Egito, um dos textos do Livro de Toth. 
"No Egito, existiam verdadeiras escolas e a Grande Escola, a que ensinava nas pirâmides, era realmente séria. Sua especialidade era o conhecimento, objetivo, real, do universo real. E uma das possibilidades dadas aos estudantes era a de, com o auxílio de um curso cuidadosamente estudado, utilizar as funções naturais mais insuspeitáveis de seu próprio corpo para transformá-los, de seres sub-humanos que somos, em seres verdadeiros". 
Para alguns admiradores e estudiosos, Thot é uma lenda, um mito, enquanto que para outros, Thot é o grande mestre das civilizações: Lemuria, Atlanta e Ariana.
Não podemos esquecer que todas as informações contidas nas paredes das câmaras, foram realizadas por escribas egípcios, que além da adoração ao deus deviam obediência ao Faraó, situação que poderia ter influenciado na descrição do ser divino com poderes  e capacidade de compreender todos os mistérios da mente humana.
No livro dos mortos, Thot é representado como o grande advogado da humanidade.
O relato mais antigo que se tem registro sobre o surgimento das raças e de como a vida começou, esta nos escritos de Thot, nas inscrições das câmaras, como também  uma descrição de sua inteligência e o fato de não ter nascido de uma mulher.
Com base nas informações contidas nas paredes das câmaras, podemos avaliar o grande destaque de Thot da massa populacional, a idolatria do povo egípcio para com  ele, e a forte influência dele no povo. Caso tenha existido como pessoa.
Alguns estudiosos comparam Thot com:
Hermes da Grécia,
Mercúrio de Roma,
Quetazcoatl dos Maias,
Chiquitet ou Khan ou Ken dos Atlântes  e
Sin para os Sumerios.
 Os ensinos de Thot chegaram à atualidade baseados em escassos documentos que constituem o “Kabalion” , “A Tábua da Esmeralda”, “Pistis Sophia”, “Corpus Hermeticum”, e alguns outros papiros. Naturalmente que o acervo de ensinamentos de Thot estão contidos em muitos outros documentos que foram preservados e mantidos sob a guarda de Ordens Iniciáticas. Tratam-se de documentos originais e cópias que foram preservados do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Entre os documentos preservados existem aqueles que deram base ao desenvolvimento da Alquimia.   
De um modo geral podemos dizer que a Cosmologia Mística, a Magia e a Alquimia no atual ciclo de civilização têm como base os ensinamentos de Thot  Além daqueles inumeráveis documentos, é afirmado haver sido escrito uma outra série de documentos considerados secretos, razão pela qual não constavam da Biblioteca de Alexandria, mas que eram secretamente guardados pelas Escolas Iniciáticas. Diz que os conhecimentos secretos, especialmente sobre magia e alquimia foram gravados em 36.535 rolos de papiro e “escondidos debaixo da abóbada divina” e que só poderiam ser achados pelo verdadeiro merecedor, que usaria tal conhecimento em benefício de gênero humano. Porém, tudo indica que parte de tal acervo dos ensinamentos secretos foram encontrados no transcorrer dos milhares de anos que durou a civilização egípcia.
A tradição de uma doutrina secreta de Thot parece haver sido bem estabelecida no Egito, conforme um papiro que data a 12ª Dinastia e onde está gravado:
“O Rei Khufu pergunta a Dedi.
⦁ Há o rumor de que você conhece os santuários da câmara secreta do documento de Thot?
Dedi respondeu:
⦁ Por favor, eu não conheço os santuários deles, Soberano, meu senhor, mas eu conheço o lugar onde eles estão.
O rei perguntou novamente:
⦁ Onde eles estão?
Dedi respondeu:
⦁ Há uma passagem que conduz a uma câmara chamada o Inventário, em Heliópolis”.
Existe uma declaração de Clemente de Alexandria em que há referência a 42 textos atribuídos a Hermes (Thot) e que tratam de trabalhos geográficos e médicos, entre outros, e que eram usados na educação dos sacerdotes.
Nos primeiros séculos da civilização egípcia somente podiam chegar ao trono àqueles que fossem Iniciados nos Mistérios que eram considerados Sacerdotes do Deus Vivente. A eram reveladas as ciências e artes, e explicados os mistérios dos símbolos ocultos.  
Existem fragmentos de papiros em alguns museus, bem como registros em câmaras que mencionam a Cosmogonia Hermética e outros aspectos das ciências secretas dos egípcios relativos à cultura e ao desenvolvimento da alma humana. Estes registros citam rituais mágicos para várias finalidades, entre eles o da arte de “aprisionar” os (espíritos)  demônios e os de anjos  em estátuas, com ajuda de ervas, pedras preciosas e aromas. Os documentos e registros existentes em diversos museus, informam que os sacerdotes egípcios construíam estatuas de deuses que podiam falar e profetizar, sendo a principal  obra que foi por muito tempo erroneamente denominada “A Gênese de Enoch”, título que mas já foi corrigido.
O documento mais conhecido de Thot é “A Tabua da Esmeralda”, a data de sua descoberta é ignorada, mas sua idade não é  tão velha quanto muitos supõem. O que se sabe com autenticidade é que seu conteúdo foi transmitido pelos alquimistas muçulmanos na Síria no décimo ou décimo primeiro século.
A lenda afirma que Thot confiou aos seus sucessores escolhidos um livro hoje conhecido pelo nome de “O Livro Sagrado de Thot”. Este trabalho relata os processos secretos pelos quais a regeneração da humanidade será realizada. Ele tem servido de chave para outras obras iniciáticas. Os papiros com o conteúdo original desse livro existe, mas não é de domínio público; somente os Iniciados da Hierarquia Hermética podem conhecer o seu conteúdo, o que nele é revelado. Somente a eles é dado saber o significado das páginas cobertas de hieróglifos e símbolos estranhos. Podemos dizer que são símbolos que podem conferir poderes sobre elementais da natureza, em especial os Devas do Ar e da Terra. 
Quando certas áreas do cérebro são estimuladas pelos processos secretos dos Mistérios do Livro Sagrado de Thot a consciência é expandida a um nível tal que pode atingir o patamar de poder ver os Imortais e até mesmo sentir-se na presença dos Deuses Superiores, assim o Livro de Thot é considerado por muitos como uma das chaves da imortalidade. Trata-se da suprema meta da Grande Obra Alquímica.     Corre o mundo a lenda de que o Livro de Thot ainda é mantido em uma caixa dourada no santuário interno do templo da Esfinge, e que apenas uma chave que esta em poder do “Mestre dos Mistérios”, e que um dia, o mais alto iniciado do “Arcanum Hermeticum” irá abri-la.            O suposto desaparecimento ou quase extinção das escolas de Mistérios, acarretaram na perda pelo mundo antigo, do Livro Sagrado de Thot. Os ensinamentos do grande conhecimento, foi transmitido a alguns poucos escolhidos, que recebiam todas as informações e as transmitiam boca a boca, o que podemos classificar como uma lenda, esta mesma lenda afirma que o livro de Thot  foi guardado numa urna lacrada para, no momento preciso, ser novamente encontrado. Alquimista do Período Medieval, afirmavam que haviam encontrado o Livro de Thot e que o surgimento da Alquimia foi graças a ele. Todo o conhecimento e praticas foram dados aos que levavam uma vida digna de um verdadeiro Peregrino da Senda, o que permitia uma chegada até a presença dos Imortais. Não era permitido partilhar tais conhecimentos com o mundo profano, o segredo teria de continua selado por todos aqueles que desejavam servir à humanidade segundo a orientação dos “Imortais”.
Será tudo verdade ou Lenda ?. 
Elise/nov2010
                      
Bibliografia:
O Livro Sagrado de Thoth  - Jose Laércio do Egito - 388 - 392 - 651 - 692.      
A Gnosis Original Egípcia -  Rijckenborgh J. Van – Tomo 1              
Hieróglifos Egípcios – Antonio Fontoura Jr.   

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