domingo, 2 de março de 2014

Mitologia: ZUMBIS DO VOODOO Parte 01

Zumbis, voodoo e a verdade.

Um dos meus heróis, sempre foi um sujeito chamado Fraçois Macandal, um escravo haitiano que com sua coragem, desencadeou a revolução na mais brutal escravatura jamais impingida à seres humanos em todos os tempos. Perto do que acontecia no Haiti, a escravidão no Brasil foi um passeio no parque, até mesmo porquê no Brasil, a sexualidade do brasileiro, serviu para amenizar e muito a violência contra os negros e o racismo em geral.
No Haiti, era comum cortar as orelhas dos negros fugitivos, faze-los ingerir a cana-de-escravo a nossa comigo-ninguém-pode, uma planta tóxica que ao ser ingerida, matava por asfixia e de dor devido ao ácido fórmico. Para quem acha pouco, havia algo mais cruel: untavam um fugitivo com piche, colocavam-no num barril com pólvora, e pregos, e punham pólvora no ânus do castigado, além do castigo do mel, o que consistia em untar um fugitivo ,ou por divertimento, um velho escravo ou uma escrava desobediente com mel, e, coloca-los no caminho de formigas cortadeiras.
Mas o Haiti não era composto apenas de brancos perversos, alguns adotavam seus escravos, e lhes propiciavam educação e iniciavam-nos em sociedades secretas. A lenda começa aí... François Macandal, perdera um braço numa moageira, e por demonstrar notável inteligência, talvez por descender de africanos islamizados e de nascimento, já com pendor para a nobreza. O fato é que Macandal fora iniciado por seus patrões em sociedades secretas, e com a morte desses decide fugir e unir-se aos maroons.
A religião haitiana é complexa, mistura elementos da magia negra européia, dos cultos, africanos e do cristianismo. É incrivelmente mais elaborada do que qualquer culto afro-brasileiro, e se reunem em sociedades secretas chamadas bizango. Cada setor de uma cidade ou distrito é governado por uma bizango que não se mete na jurisdição da outra.
O certo é que Macandal, ao aderir aos fugitivos, ensinou-lhes táticas de guerra, a organizar se de forma profissional e orquestrar a vingança de seu povo. Macandal, procurou os antigos que haviam se isolado nas montanhas e, aprendeu os segredos das antigas sociedades africanas e suas poções de poder, além de procurar obter ingredientes similares aos encontrados na África.
Logo o terror teve início, manadas inteiras eram dizimadas, famílias morriam sem que ninguém soubesse o motivo, e muitos dos que morriam retornavam, pois, após cerca de três dias, ouvia-se relatos de gritos horrendos vindo de dentro das covas. Ninguém estava seguro.
Por muito tempo os maroons eliminaram todos os que puderam, ninguém fora poupado da sua vingança, até que uma jovem capturada e torturada até a morte, numa fogueira, entregou Macandal, a localização do seu esconderijo, e os toques, sinais de reconhecimento e outros que faziam parte da sociedade.
Macandal fora preso e condenado à morrer na fogueira, não sem antes avisar à todos que se preparassem, pois não morreria na fogueira, transformaria-se num besouro.
No dia da execução, a praça da Port au Prince, estava lotada de negros de todos os cantos do país e, estima-se que havia um branco para cem dos negros apenas na praça! No momento da execução, Macandal , agita seu cotoco de braço e desvencilha-se das cordas, até que um grito ecoou "ele está livre".
Macandal nunca mais fora visto...entretanto, seis meses após o fato as mortes recomeçam e com mais violência, dessa feita porém, muitos relatos de brancos tornados zumbis vem a tona.
Pouco tempo depois o Haiti se torna o primeiro país livre das Américas...
O zumbi é criado através de um pó chamdo de "coup poudre", e é relativamente fácil prepara-lo(lógico que não darei a receita...he, he, he,), ms tem como princípio ativo o veneno do baiacu, e o do "bufo marinus", e em alguns casos de sapos dendrobatas, além de plantas e elementos que firam a pele para o veneno agir mais rápido.
O preparador de venenos é chamado de "malfector" e é extremamente temido embora, o veneno só possa ser administrado depois de um julgamento pela bizango. O último zumbi observado e catalogado pela ciência foi Clairvius Narcise, que fora "vendido" num tribunal e zumbificado. Muitas das agências de segurança do mundo estudam à fundo a religião haitiana devido à seu poder de sugestão e conhecimentos antigos. 


Por: Albert De Bouillon De Bouillon

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