A ORIGEM DA TATUAGEM NA YAKUZA
Os desenhos mais comuns são os dragões, que oferecem proteção a quem os carrega, além de serem considerados símbolos da masculinidade. Surgidos de mitos chineses, significam também longevidade e prosperidade, sendo que cada dragão tem nove crias, cada uma com uma personalidade específica: “a imprudência é a característica do dragão Haoxian; Yazi é belicoso e valente, por vezes sua imagem é empregada em armas; Bixi não gosta de ficar só; Quiniu, grande apreciador de melodias, muitas vezes grafados em instrumentos musicais, sobretudo os de cordas; Chiwen, sempre a olhar para o horizonte; Suanmi gosta muito de fogo, por isto, pode ser visto em queimadores de incensos; Pulao aprecia um bom rugido e faz parte da decoração de sinos; Jiaotu, sempre enrolado em seu corpo, muitas vezes é usado em portas. Mesmo benevolente, o dragão enfurecido pode causar catástrofes naturais e eclipse”, texto retirado do Portal Tattoo.
Acredita-se que algumas carpas, ao nadarem em direção à fonte do Rio Amarelo (Huang Ho), precisam subir a queda d’água de Longman Falls, ou Portão do Dragão, e é ali que se transformam em dragões. Conheça os significados das tatuagens de carpas.
Cada fechamento deve ser visualmente balanceado, e as imagens sempre devem aparecer em pares. O tigre, símbolo do perfeccionismo, da força e da coragem, frequentemente aparece como o par do dragão.
A tatuagem da carpa, feita em direção ascendente, significa força para alcançar os objetivos; descendente, indica que os objetivos foram alcançados. Os desenhos de folhas que aparecem ao redor de carpas e dragões revelam o caminho ao céu que esses seres têm de seguir.
Os samurais representam disciplina, dedicação e lealdade. Flores de cerejeira são comumente associadas à efemeridade da vida; os crisântemos são símbolos da beleza, simplicidade e perfeição. A flor de lótus, perfumada e bela que nasce da lama, representa a evolução da alma; as peônias indicam honra, riqueza e distinção.
Ainda fazem parte das composições das tatuagens lendários personagens do teatro e de mitos japoneses.
As cores mais utilizadas são os tons de preto (sumi-e) e vermelho (resultante de uma mistura bastante tóxica). Para preencher os grandes espaços de pele, usa-se um método chamado tebori ( “gravar com as mãos”), que exige força e continuidade para uma aplicação uniforme. O instrumento é feito da união de várias agulhas amarradas e colocada num suporte de metal ou, mais comumente, de madeira. O processo é considerado mais doloroso que o da tatuagem feita à máquina não só porque leva mais tempo, mas também pelo impacto das agulhas na pele.
Quanto à assinatura do tatuador, quanto mais respeitado e antigo é o artista, maior é a placa que leva seu nome. Um tatuador muito respeitado cobra também muito caro, e conseguir uma tatuagem daquele é um símbolo de status entre os membros das organizações.
Para conhecer mais:
Em trecho do livro “A lua de Yakuza”, a ex-gângster Shoko Tendo conta a história por trás de sua segunda pele e o motivo de tê-la feito. A escritora aparece ao lado de outros membros e ex-membros da organização num episódio da série “Corpos Marcados”, exibido pelo The History Channel, intitulado “Morte da Yakuza”.
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