sábado, 15 de julho de 2017

Mitologia Grega: DEUSES GREGOS

Ola amigos estou trazendo hoje o primeiro de uma serie de posts sobre mitologia, começando com os gregos, espero que gostem. (sempre que possível o post será atualizado com mais deuses

ZEUS


Zeus  deus dos trovões, senhor do Olimpo, era filho de Cronos e Réia. Cronos tinha o hábito de  devorar seus próprios filhos para que não tomassem seu lugar no trono. Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a Cronos uma pedra embrulhada no lugar de Zeus, salvando sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o ultimo filho e encerraria o reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai.
Assim que Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho saiu a procura de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque de Creta e foi alimentado com mel e leite de cabra. E assim quando cresceu foi a procura do pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus obrigou seu pai a engolir uma bebida mágica, que restituiu todos os filhos que no passado tinha devorado. Foi então que Zeus conheceu seus quatro irmãos: Deméter, Poseidon, Héstia e Hades, faltou apenas a Hera que como Zeus foi poupada e não estava ali. Zeus ainda liberou ciclopes que deu a ele o Raio. Então após dez anos, que foi o tempo que durou a guerra, Zeus subiu ao Olimpo junto com seus irmãos Poseidon e Hades que o ajudaram a destruir Cronos, e então comandaram o Céu, a Terra e os demais deuses.
Zeus tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e fazia relâmpagos e trovões e com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações.
Zeus casou-se três vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência e com ela teve sua filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da justiça. E sua terceira esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários herdeiros, mas o único que foi filho legítimo de Hera e Zeus foi Ares, que era o Deus da guerra. Hera era muito ciumenta e agressiva já que Zeus desonrava sua vida, tinha muitas amantes, e que também acabou tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu poder de sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa. Zeus é o deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.

POSEIDON

Poseidon, também conhecido como Netuno  para os romanos, era o grande rei dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, deus do tempo, e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo.
Poseidon era casado com Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o tempo Anfitrite mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos.  Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os dois que mais conhecidos foram o Ciclope e o gigante Orion. Poseidon disputou com Atena, a deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como Atenas, porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome.
Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon muito enfurecido se vingou de Tróia e enviou um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ele ajudou os gregos.
Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por Medusa, por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a colocar cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi com sua irmã Demeter, ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém ele se transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon era um deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos, constituídos de competições atléticas e também de musicas e poesias, realizados de dois em dois anos.

HADES

Hades, deus do mundo subterrâneo (ou deus do submundo) da mitologia grega (ou Plutão, na mitologia romana), filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus, Héstia, Demeter, Hera e Poseidon. Era casado com Perséfone  (Cora para os romanos), que raptou do mundo superior, para ter como sua rainha. Este mito ficou muito conhecido como o rapto de Cora . Ele a traiu duas vezes, uma quando teve um caso com a ninfa do Cócito e também quando se apaixonou por Leuce, filha do Oceano. Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas. Era um deus quieto e seu eu nome quase nunca era pronunciado, pois tinham medo, para isso usavam outros nomes como o de Plutão. Um deus muito temido, pois no seu mundo sempre havia espaço para as almas. Seu mundo era dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficavam para ser julgadas para receber seus castigos ou então suas recompensas; e também a parte do Tártaro que era a mais profunda região onde os titãs ficavam aprisionados. Hades era presidente do tribunal, era ele que dava a sentença dos julgamentos.Além das sombras e almas encontradas em seus domínios, era também cuidadosamente vigiado pelo Cérbero que era seu cão de três cabeças e cauda de Dragão. Era conhecido como hospitaleiro, pois nos seus domínios sempre tinha lugar para mais uma alma. O deus quase nunca deixava seus domínios para se preocupar com assuntos do mundo superior, fez isso duas vezes quando foi raptar sua esposa e a outra quando foi para o Olimpo se curar de uma ferida feita por Heracles. Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, mas fez isso poucas vezes e muitas delas a pedido de sua esposa. Também conhecido como o Invisível, pois com a ajuda do seu capacete que o protege de todos os olhares. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e Perseu. Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte e sim o da pós-morte, ele comanda as almas depois que as pessoas morrem. Apenas Ares e Cronos são responsáveis pela morte e com isso até inimigos da humanidade, o que Hades de fato não era e sim temido por sua fama.

ARES


Ares  era o deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, conhecido também em Roma como Marte, filho de Zeus  e Hera, de quem herdou o mal gênio da mãe e a força do pai. Pertence a geração dos grandes doze deuses do Olimpo. Ares era guerreiro, gostava muito de guerras, batalhas e brigas, era muito violento, sanguinário, pelo contrário de muitos ele só encontrava sua paz, em suas lutas e batalhas. Era ele quem governava a cidade de Esparta. Em suas lutas sua chegada era anunciada com gritos que causavam pânico nas pessoas. Ares tinha como amante a deusa do amor, a Afrodite. Com ela teve dois filhos, o Deimos e o Fobos (panico e medo), que acompanhavam o pai nas batalhas. Também teve com ela o filho Eros que tinha o mesmo poder da mãe, o deus do amor, roubava corações com suas flechas, e até Afrodite foi uma delas, também teve a Harmonia e Anteros. Porém, Hefesto como marido de Afrodite descobriu sua traição, e soube que eles iam se encontrar em seu palácio e preparou uma armadilha para os dois. Na cama ele colocou uma rede invisível e os prendeu, o Sol que estava espiando, ajudando Hefesto viu que a armadilha tinha funcionado e avisou a todos os Deuses, para que todos pudessem ver e presenciar a traição. Afrodite e Ares então foram presos e depois de um longo tempo quando foram soltos, se separaram. Sempre foi um grande protetor de seus filhos e mesmo sendo um deus de fama ruim, era o único deus que agia desta forma com proteção. Como deus Romano Ares também teve filhos com Réia que eram os gêmeos Remo e Rômulo. Ares com sua fama era detestado pelos deuses, até seu pai Zeus não gostava dele. Embora Ares gostasse muito das guerras e batalhas, não era invencível, perdeu muitas vezes. Tem como sua principal rival a deusa Atena que era a deusa das guerras estratégicas, ao contrário de Ares que gostava mesmo de sangue. Atena o derrotou muitas vezes. Ares em suas guerras usava capacete, lança, escudo e uma couraça, também usava uma carroça puxada por quatro cavalos que soltavam fogos pelas narinas.Muitos gregos costumavam pedir a ajuda do deus Ares para suas lutas e para isso matavam animais na noite anterior a do combate.

APOLO


Apolo, também conhecido com Febo (brilhante), na mitologia grega  é considerado o deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar, uma das divindades mais ecléticas da mitologia greco-romana. Filho de Zeus e da titã Latona (Leto). Tinha uma irmã gêmea Ártemis  que era conhecida pelos romanos como Diana, a deusa da caça. Segundo a lenda, Apolo e sua irmã nasceram na ilha de Delos onde sua mãe Leto se refugiou para se esconder da Hera, a esposa de Zeus. Esse deus também tinha sua parte negra, era considerado um arqueiro de grande habilidade. Com um ano de idade seguiu a serpente Píton que era também inimiga da sua mãe e a matou com flechadas. A partir deste momento foi considerado um grande arqueiro. O seu arco disparava dardos letais que matavam os homens com doenças ou então mortes súbitas. O poder de Apolo se exercia em todos os lugares da natureza e do homem. Uma grande história de amor não correspondido de Apolo foi com a Dafne. Por ser um deus muito belo, e ter muitas qualidades, quis ser bem mais que o deus Cupido. Afirmou que suas flechas eram bem mais poderosas que as do deus do Amor, mas Cupido argumentou que as flechas que possuía além de serem mais poderosas, atingiriam até o próprio Apolo. Apolo naquele momento não acreditou, foi então que o Cupido lançou uma flecha no coração dele com ouro na ponta e ele se apaixonou pela moça Dafne, mas o cupido para mostrar que era mais poderoso lançou uma flecha com chumbo na ponta no coração de Dafne que repudiava Apolo e sua paixão. Dafne não aguentava mais o deus Apolo a perseguindo, foi então que pediu a seu pai Peneu que mudasse sua forma; seu pai a atendeu e a transformou em um loureiro. Outro grande momento que marcou a vida de Apolo foi sua grande admiração por Jacinto. Apolo tinha muito apego por Jacinto. Certo dia foram jogar discos, Apolo foi o primeiro a lançar; lançou muito forte e com precisão e Jacinto com muita vontade de jogar também foi correndo atrás do disco para pega-lo, mas Zéfiro (um dos deuses do vento) sentia muita inveja, pois Jacinto preferia Apolo. Então soprou o disco que bateu na testa de Jacinto. Apolo correu para ajuda-lo e enquanto tentava reviver o amigo, nasceu uma linda flor do sangue que escorreu de sua testa, que após sua morte recebeu o nome de Jacinto.Apolo deus justo e puro que ajudava doentes e também curava várias doenças através do sono.


ARTEMIS



Ártemis, deusa grega, ou Diana, como era conhecida entre os romanos, divindade responsável pelas atividades da caça, é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto.
deusa artemis Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus  a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho.
Esta deusa famosa dos gregos foi concebida por Zeus e Leto e era irmã gêmea de Apolo – enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar. Esta poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja, correndo por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas.
Nas festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o irmão Apolo.
Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada á dupla faceta do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Esta imagem da deusa é difundida especialmente na Ásia Menor. Não se sabe exatamente onde e quando surgiu seu culto, pois os autores que estudam o mito divergem quanto a este ponto.
Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento remonta às tribos da Anatólia, exímias caçadoras, consideradas berços das famosas amazonas. Outros crêem que ela descende da divindade Cibele, protetora da Natureza, cultuada na Ásia Menor, também representada como uma Rainha das Feras, rodeada por leões, veados, pássaros e outros exemplares da fauna.
Há estudos que situam Ártemis ao lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. Os italianos a conhecem como Diviana, expressão que pode ser traduzida como Deusa, e pode ser facilmente ligada ao nome Diana.
Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.
Esta deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia.

AFRODITE


Afrodite é uma deusa da Mitologia Grega. É a deusa do amor, da beleza e do sexo. Corresponde a deusa Vênus da Mitologia Romana. Nas cidades de Corinto, Esparta e Atenas, Afrodite era muito cultuada.
A deusa Afrodite nasceu na ilha de Chipre, sendo que para a história do seu nascimento existem duas versões:
- Segundo a versão de Hesíodo, Afrodite nasceu de uma forma incomum. Após Cronos cortar os órgãos de Urano (seu pai) e jogá-los ao mar, formou-se em torno desses órgãos uma espuma branca que, misturando-se ao mar, como se fosse uma fecundação, que deu origem a Afrodite.
- Para Homero, mais convencional, Afrodite era filha de Zeus (deus dos deuses) e Dione (deusa das ninfas).
Afrodite casou-se com o deus do fogo, Hefesto. Porém, teve inúmeros amantes, tanto deuses como homens mortais, sendo que, de suas aventuras, foram gerados vários filhos.
Eros, o deus da paixão e do amor, e Anteros, o deus da ordem, são filhos de Afrodite com Ares, o deus da guerra. Eros é também conhecido como Cupido.
Com Hermes, o deus mensageiro, Afrodite gerou o deus Hermafrodito (mistura dos nomes dos pais), que tinha como características, além da beleza dos pais, os órgãos sexuais de ambos os genêros.
Com o deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do casamento), e com Dionísio o deus do prazer, das festas e do vinho, teve o filho Príapo, o deus da fertilidade, que tinha grandes genitálias e não péssima aparência.
Afrodite gerou também um filho do mortal Anquises, que foi chamado de Enéias, e que foi um herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais como Adónis, Faetonte e Cíniras.
Apesar de ser conhecida como deusa do amor, Afrodite era muito vingativa, e não tinha piedade de seus inimigos. Teve como principais rivais as deusas Hera e Atena. Aliás, sua desavença com essas deusas deu origem a Guerra de Tróia.
Nas festas em homenagem a Afrodite, as sacerdotisas que a representavam eram prostitutas sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era considerado um ritual de adoração. As festas eram consideradas “afrodisíacas” , dando origem a esse termo.
Vários artistas (pintores e escritores) já na época da Renascimento, retrataram Afrodite, como Botticelli, em sua obra “O nascimento de Vênus”.
Principais filhos de Afrodite:
- Com Hermes (deus mensageiro) teve o filho Hermafrodito.
- Com Ares (deus da guerra) teve os filhos Eros (deus da paixão e do amor) e Anteros (deus da ordem).
- Com Apolo (deus da luz, da cura e das doenças) teve o filho Himeneu (deus do casamento).
- Com Dionísio (deus do prazer, das festas e do vinho) teve o filho Príapo (deus da fertilidade).

EROS


Eros  era considerado pelos gregos como o deus do amor. Entre os romanos, ele era conhecido como Cupido, que em latim tem o sentido de ‘amor’. Há várias versões sobre a história deste deus. Segundo Hesíodo, na sua obra Teogonia, e Empédocles, filósofo pré-socrático, ele era descendente de Caos, sendo assim uma divindade primordial. Enquanto o Caos era o representante do vácuo primitivo reinante no Universo, Eros é a energia que organiza e unifica tudo. Através dele, tudo passava do estado caótico para a condição cósmica, ou seja, ao espaço bem ordenado.
Depois ele passou a ser conhecido como um deus integrante do Olimpo, gerado por Afrodite e Zeus, Hermes ou Ares, de acordo com a interpretação vigente. Ele detinha uma beleza ímpar, atendia aos desejos de Afrodite, sempre pronto a disparar suas flechas do amor contra mortais e imortais, conforme as determinações maternas. Representado como uma criança, explicam algumas versões que Afrodite teria, um dia, reclamado com Métis, deusa da prudência, que o filho não crescia nunca. A amiga lhe recomendou então ter outro filho, o que propiciaria o crescimento de Eros. Isso teria realmente ocorrido depois do nascimento de Antero, considerado por alguns a divindade responsável pelo amor mútuo, o que eventualmente o opunha ao irmão.
Os romanos, embora admirassem a sublime beleza de Eros, reservava a ele um cerimonial simples, desprovido de importância. Homero não cita Eros em nenhum momento na sua Odisséia. Cabe a Hesíodo narrar sua existência pela primeira vez, descrevendo-o como o imortal mais formoso, sedutor, apto a dominar os corações e a vencer a prudência.
O filósofo grego Platão, em sua obra Banquete, narra a gênese de Eros de forma completamente distinta. Ele o descreve como fruto da disponibilidade de Poros, entidade que simboliza o Expediente, e da carência constante de Pínia, a Pobreza. Na festa celebrada pelos deuses para comemorar o nascimento de Afrodite, ambos teriam se envolvido e então gerado Eros, protegido depois por Afrodite, por ter sido concebido no mesmo dia em que ela veio à vida.
Mas, a se acreditar em Platão, Eros seria pobre, sujo e eternamente carente, em suma, um mendigo, herdeiro da personalidade materna e do estilo paterno de estar sempre à espera de corpos e almas lindos e perfeitos, executando constantemente ardis sutis e astuciosas intrigas; seria o símbolo do amor necessitado, que não se concretiza, pois o objeto do desejo sempre escapa de suas mãos.
A história de Eros e Psiquê  é uma das mais belas e profundas. Ele se casa com a amada, mas a proíbe de ver seu rosto, pois deseja ser amado não como uma divindade, mas como um mortal. Ela, porém, vencida pela curiosidade, vale-se do momento em que ele adormece e espia sua face; ela fica tão encantada que deixa uma gota de cera da vela que ilumina seu amado, cair em seu peito. Eros desperta e fica enraivecido, deixando sua amante. Ela fica sem rumo, ou em outras versões, é castigada por Afrodite, inconformada com a paixão de seu filho por Psiquê; de qualquer forma, arrependido, Eros implora a misericórdia de Zeus para a mulher amada. O deus supremo cede e torna Psiquê imortal, unindo os jovens amantes, que passam a morar no Olimpo. A bela mortal representa, segundo alguns especialistas, a espiritualidade presente no Homem, o que transforma esta lenda em penetrante metáfora sobre a relação da alma humana com o Amor.

ATENA


Atena era a deusa grega da sabedoria e das artes. Os romanos a chamavam de Minerva. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas.
Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus a engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a engoliu e Métis foi para a cabeça dele. Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo.
Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos em sua homenagem.
Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de uma cidade importante, para isso estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente à cidade ganharia a disputa. Poseidon bateu com seu tridente e fez jorrar água do mar e também fez aparecer um cavalo. Já Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal doméstico, também deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e madeira, foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas.
Atena, considerada a deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois pedia para que os deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria que largar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica.
Atena também ficou conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a mãe para se vingar da morte do pai. Atena deu o voto de Minerva como é conhecido hoje, e declarou Orestes inocente.
Essa grande deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a deusa da sabedoria, prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da perfeição.

HERMES




Na mitologia grega, Hermes era o deus mensageiro, dos pesos e medidas, dos pastores, dos oradores, dos poetas, do atletismo, do comércio, das estradas e viagens e das invenções. Era considerado, na Grécia Antiga, o patrono dos diplomatas, dos comerciantes, da ginástica e dos astrônomos.
Hermes era filho de Zeus (deus dos deuses) e de Maia (uma das plêiades). A crença em Hermes espalhou-se por várias regiões da Grécia Antiga.
Após a Grécia ser conquistada pelo Império Romano, a figura e o mito de Hermes sofreu um sincretismo com o deus romano Mercúrio (deus do lucro, do comércio e também o mensageiro dos deuses).
Surgimento do mito e realizações
De acordo com relatos literários, o mito de Hermes surgiu no período arcaico da história da Grécia (entre 700 a.C e 500 a.C) na região da Península do Peloponeso. De acordo com os mitos mais antigos, Hermes, em seu primeiro dia de vida, realizou vários feitos: criou a lira (instrumento musical), criou o fogo, os sacrifícios em homenagem aos deuses, etc.Culto:Hermes foi muito popular na Antiguidade Clássica. Vários templos foram construídos em sua homenagem em várias regiões da Grécia. Como era patrono da ginástica e da luta, havia estátuas de Hermes espalhadas por vários ginásios da Grécia Antiga.
Amores e descendentes de Hermes
Teve muitos amores e filhos. De acordo com a mitologia, foram filhos de Hermes: Hermafrodito (com Afrodite), Pã (com a ninfa Dríope), Evandro (com Karmentis) e Dáfnis (com uma ninfa não identificada).


HERA



Hera  era uma rainha do Olimpo, conhecida  também como a deusa protetora do casamento, da vida e da mulher, governava Olimpo ao lado do seu marido o Zeus, filha de Cronos e Réia. Tem como seu animal preferido o Pavão e é associada ao signo de Escorpião. Tinha a fama de ser ciumenta com razão, pois Zeus era muito infiel – de todos os filhos que Zeus teve, dois foram concebidos em seu casamento com Hera que foi Ares (deus da guerra) e Hefesto (deus do fogo). Hera considerava muito o casamento e foi muito humilhada por Zeus por suas traições e o que a deixou muito triste, foi quando ele sozinho gerou sua filha Atena, mostrando que não precisava de Hera nem para conceber um filho.
Um dos episódios de ciúmes de Hera foi com Calisto (deusa) que por ter muita beleza conquistou seu marido, mas Hera para separar os dois a transformou em uma Ursa. Calisto ficou muito isolada de todos e também com medo da floresta por causa dos caçadores. Até que um dia ao reconhecer seu filho Arcas correu para abraçá-lo, mas Arcas já preparava sua lança por não reconhecer sua mãe. Hera vendo o que aconteceria lançou um feitiço e enviou os dois para os céus que viraram constelações, a Ursa maior e a Ursa menor. Porém como Hera ainda tinha muita raiva de sua rival pede para Tétis e Oceano, divindades do mar, para que não deixem descansarem em suas águas, e com isso essas duas constelações sempre ficam em círculos e nunca descem para trás das águas como as outras estrelas.
Outro episódio de ciúme de Hera foi quando Zeus, por saber que Hera estava chegando e ele estava com uma de suas amantes (Io), a transforma rapidamente em uma vaca. Hera, muito desconfiada, pede para Zeus aquela vaca de presente e Zeus não podendo negar um presente, o dá para sua esposa. Ela então coloca aquela novilha aos cuidados de Argos, um monstro de muitos olhos, que ao dormir nunca fechava todos com isso a novilha estava sempre sendo observada. Mas Zeus ao ver o sofrimento da amante pede para que Hermes mate Argos. Então, Hermes toca uma música, fazendo Argos dormir completamente, fechando todos os olhos. Após isso, Hermes arranca-lhe a cabeça.
Hera muito triste pelo acontecimento, pega todos os olhos e coloca na cauda de seu pavão, onde eles estão até hoje. A deusa continua perseguindo Io, mas Zeus promete que não terá mais nada com a amante – Hera aceita a promessa e devolve a aparência humana à Io.
Hera durante muito tempo não só perseguia as amantes, mas também os filhos que Zeus teve fora do casamento. E sempre foi considerada a deusa protetora das mulheres casadas.


HEFESTO



Hefesto  era conhecido como deus grego do fogo ou Vulcano (na mitologia romana) e também protetor das atividades relacionadas ao metal, era filho de Zeus e de Hera. Comenta-se que o deus do fogo teria nascido muito feio e com aparência de anão, pois tinha problemas na perna. E, por esse motivo a sua mãe Hera muito envergonhada teria o jogado ao mar. Mas com muita generosidade foi recolhida pela deusa Tétis. Ele que produzia os raios e trovões de Zeus com seu poder do fogo e metais. Também construiu o Tridente de Poseidon, as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia.
Hefesto ao ser cuidado por Tétis durante nove anos cresceu e aprendeu a trabalhar com metal, e a fazer jóias também. Um dia sua mãe Hera viu uma de suas jóias.  Gostando muito, quis saber quem as fazia, foi quando soube que era seu filho rejeitado, e o quis então de volta ao Olimpo, porém Hefesto recusou o convite de sua mãe. Mas Hera não desistiu da volta de seu filho e pediu para que Dionísio o convencesse a voltar. Dionísio só conseguiu isso após embriagá-lo com vinho e com uma mula ajudando ele a carregar Hefesto de volta ao Olimpo.
Um tempo antes de voltar para o Olimpo, Hefesto se vingou de sua mãe, construiu um lindo trono de ouro e mandou entregá-lo. Sua mãe Hera muito contente, sentou-se no trono, mas nele havia fios transparentes que seguraram Hera no trono e ninguém conseguia tirá-la, até que Hefesto soltou sua mãe e disse que voltaria ao Olimpo apenas se sua mãe lhe desse a mão da mulher mais bela.
No Olimpo Hefesto continuou suas criativas obras e mesmo com as críticas e risadas irônicas por causa de suas pernas conseguiu a atenção de todos os deuses pelo fato de sua grande sabedoria e criatividade. Foi então que Hera para reparar seus danos lhe deu a mão de Afrodite.  Hefesto casou-se com Afrodite, no entanto, apesar da beleza de Afrodite ser muito grande, seu caráter não era.
Afrodite sempre manteve um caso com o deus Ares, mas Hefesto tomou conhecimento da traição e preparou uma armadilha para os dois. Hefesto saiu de casa e Afrodite se encontrou com Ares em sua residência e na cama Hefesto tinha colocado uma rede com fios transparentes, foi então que os dois deitaram e ficaram amarrados na frente de todos os deuses passando humilhação. Logo depois de sua separação casou com Caris que era Deusa da graça e primavera, foi quando Hefesto teve paz. O deus Hefesto não teve nenhum filho.


HÉSTIA


Divindade do Lar, deusa do fogo doméstico e do que ardia no altar dos deuses ("Lar", o local da casa onde estava o lume), era a mais velha entre os filhos de Cronos e de Reia - por isso, a primogénita dos deuses Olímpicos - sendo assim irmã de Zeus e de Hera, o casal supremo do Olimpo. Apolo e Poseidon tentaram seduzi-la, mas ela, como Artemisa e Atena, votou-se perpetuamente à virgindade, tendo para tal tido a ajuda de seu irmão Zeus, que a guardou sempre. A sua virgindade representava a sua consagração plena a um objetivo sagrado: proteger as cidades, as colónias e os lares, zelando pelo seu bem-estar e segurança. Era por isso uma divindade com um carácter social e familiar, símbolo da concórdia e da estabilidade, na.sociedade mas principalmente na família. Zeus foi de fato o seu grande protetor e apoiante, tendo-lhe conferido honras de grande dignidade e excecionalidade, como o culto nas casas dos mortais e nos templos de todos os deuses.
O "fogo de Héstia" era também o que se utilizava nos rituais sagrados, o fogo perpétuo purificador que ardia nos templos e lares. Era também do fogo de Héstia que era levado pelos colonos gregos quando iam fundar uma nova cidade noutra região, como o fizeram na Magna Grécia, no sul de Itália, ou na Ásia Menor. O fogo grego iluminava assim a nova pátria, criando um elo de ligação sentimental e religioso. Héstia simbolizava também, por isso, a continuidade da civilização, a força divina que estava acima das revoluções, destruições, invasões ou migrações.Héstia era a única divindade que estava
permanentemente no Olimpo, dali nunca saindo, ao contrário dos outros deuses, que pelo mundo vagueavam. Estava sempre à margem das agitações dos deuses. Assumia-se assim como o centro religioso da montanha sagrada, residência dos deuses, pois entre os mortais também o lar era o local de culto da casa, onde a família ou os seus membros individualmente oravam e veneravam os seus deuses, com destaque para Héstia. Este carácter eternamente residencial no Olimpo por parte de Héstia, dali nunca saindo, tornou-a uma divindade sem qualquer intervenção nas lendas dos outros deuses. Era acima de tudo uma entidade abstrata, o princípio de lar, assumindo-se pouco como uma divindade de carácter pessoal. Tinha culto em toda a Grécia, principalmente em Delfos, o centro do Universo para os Gregos, o seu Lar comum. Ali estava o fogo sagrado, onde todos os Gregos foram buscar uma chama para reavivar o lume em sua casa, pois os Bárbaros tinham-no apagado em tempos

HÉCATE


Hécate, Deusa da Magia
Deusa da magia, bruxaria, da noite, especialmente das noites sem lua, senhora dos fantasmas e da necromancia, protetora das crianças e dos cães, Hecate é uma deusa de grande poder. Os seus pais, Perses, o Destruidor e Asteria, a Estrelada, são titãs, no entanto durante a guerra entre estes e os Deuses ela viria a juntar-se aos últimos sendo uma grande mais valia.
Por este auxílio Zeus não se poupou na recompensa e concedeu-lhe uma devida parte em todos os domínios, oferecendo-lhe poder sobre a terra, o céu e o mar e, até, sobre o submundo que a Deusa tornou a sua moradia. Mas durante a noite ela ainda sai do submundo e caminha pelo nosso mundo, fazendo-se acompanhar do seu séquito de fantasmas e anunciada pelo ladrar dos cães, os seus animais mais queridos.
O seu nome, pronunciado 'EcáTÊ, significa "A Que Opera de Longe", ou "A Das Mãos Dançantes", demonstrando o grande poder que a patrona de todas as bruxas, especialmente da perigosa Medeia, possuiu sobre todos nós. No entanto o seu poder de Perseis, o Destruidor, é contrabalançada pelo seu aspecto de Asteria, a Estrelada, que cuida de todos nós, protegendo-nos de assassinio, roubo e mau-olhado, ajudando as crianças a atravessar os perigosos anos da infância sem grandes problemas.
Para além de possuir a chave do mundo, que lhe permite os seus poderes mágicos, Hécate é a guardiã dos cruzamentos, especialmente daqueles de três estradas onde era costume invocá-la durante a noite, em ritos de magia, a que a própria Deusa, ou os seus cães, responderiam. E no dia é o seu epíteto que nos revela a sua mestria sobre as vias e os cruzamentos.
A Senhora dos Cães, faz-se sempre acompanhar de um cão muito específico, negro e grande, a que as bruxas de hoje e já as da Grécia, chamariam de familiar. Em tempos esse cão fora Hécuba, mulher do Rei Príamo de Tróia, pai de Heitor e Páris, e também de Polidomus, o filho mais novo do casal que Hécuba encontrou esfaqueado, ainda bebé, pelo rei da Trácia aquando da invasão de Tróia.
Em raiva a rainha matou o assassino e atirou-se da torre da cidade das muralhas douradas, mas os Deuses tiveram pena dela e antes que tivesse atingido o chão transformaram-na no cão que imediatamente Hécate adotou.
Tal como Ártemis, a sua prima, Hécate é uma Deusa energética que é representada com um traje curto, mas ao invés da primeira possuiu duas tochas nas mãos e não um arco.
Tal como já foi dito, existia uma grande componente mística e mágica nos ritos de Hécate, sendo que ainda hoje ela é considerada pelas bruxas como a sua patrona.
Exemplos disto são a já referida invocação nos cruzamentos em noites sem lua para realizar magia, em que a deusa ou os seus cães respondiam ao suplicante.
Para além de rituais de magia, todos os anos era celebrado uma grande festa em sua honra que, era recheada de componentes místicos. Também está documentada a sua participação em rituais de sociedades secretas, não exclusivamente de bruxas.
Para além de tudo isto, juntamente com Deméter e Perséfone era patrona dos Mistérios de Elêusis.
Esta participação deve-se a que quando Kore gritou de desespero no rapto, Hécate a ter ouvido e contado a Deméter, convencendo a Deusa a falar com Hélios para saber mais. Acompanhou a Mãe na busca pela Filha e desde então tem sido a companhia de Perséfone no submundo. Se existe de facto alguma trindade feminina Donzela-Mãe-Anciã na antiga Grécia como muitos querem deixar passar, então são sem dúvidas estas as Deusas.
Mas o seu culto não era elitista nem tão pouco exclusivamente místico.
Na entrada de cada casa possuía um altar em que lhe eram feitas libações e pedidos para que ela protegesse a casa do mau olhado e da bruxaria maléfica. Havia também altares nos cruzamentos onde era costume deixar comida para os pobres
Os três símbolos sagrados de Hécate são:
- a Chave, por ser ela carcereira do Mundo Inferior;
- o Chicote, que revela o seu lado punitivo e seu papel de condutora das almas;
- e o Punhal, símbolo de seu poder espiritual, que mais tarde tornou-se o Athame das bruxas.
A Deusa Hécate, segundo algumas versões, recebeu o título de “Rainha dos Fantasmas” e “Deusa das Feiticeiras”. Para protegerem-se, os gregos colocavam estátuas da Deusa na entrada das cidades e nas portas das casas.

PERSÉFONE


Perséfone, deusa da terra e da agricultura na mitologia grega, foi a única filha de Zeus e de Demeter. Na mitologia grega depois  também ficou conhecida como a rainha do mundo infernal, ela ficava vigiando as almas e sabia os segredos das trevas.
A deusa da agricultura sempre se preocupava apenas em colher flores, mas foi crescendo e com isso sua beleza foi encantando a todos, e encantou o deus Hades, o senhor dos mortos, que pediu a deusa em casamento. Porém, Demeter não queria que eles se casassem, mas Hades mesmo assim não desistiu da deusa e continuou a persegui-la. Até que um dia Perséfone estava colhendo narcisos, e de repente Hades apareceu da terra em sua carruagem e levou a deusa para o mundo dos mortos.
Demeter não se conformou a com a situação de sua filha e obrigou que Zeus atendesse seu pedido, foi então que ele pediu a Hades que devolvesse sua filha. Hades não devolveu Perséfone e ainda conseguiu um plano para que ela continuasse com ele. Ele deu à Perséfone uma Romã, que era o fruto do casamento. Como a deusa tinha comido os grãos, não podia deixar mais seu marido, foi então que Perséfone passava um período com sua mãe e outro com seu marido, e se torna a sombria Proserpina. Deste momento em diante, a cada vez que ela estava com seu marido virava inverno na terra, e quando estava no Olimpo com sua mãe se tornava novamente uma adolescente e chegava a primavera, o verde da natureza fazia brotar muitas flores e frutos. E mesmo sendo uma relação muito complicada, vive com muito amor com seu marido Hades.
Perséfone, por sua beleza sempre atraiu muitos olhares. É inimiga de Afrodite por ser esta ser muito bela. Até Zeus, seu pai, se sentiu atraído por sua filha e conta-se que tiveram um filho juntos em forma de serpente, que seria o Sabázio. Também teve um amor com Hércules e com ele teve um filho, o Zagreus.
Afrodite e Perséfone além de ficarem rivais pela beleza, também lutaram pela posse de Adônis, um belo rapaz que era amado por ambas. Afrodite, para preservar Adônis, o prendeu em um baú e mandou a Perséfone para que ela cuidasse, mas ao chegar às mãos dela, ela abriu o baú e se encantou com sua beleza e se recusou a devolver para Afrodite. Foi então que Zeus decidiu que Adônis ficaria um terço do tempo com Afrodite e outro terço com Perséfone, e os outros dias faria o que ele quisesse.

DEMÉTER


Deméter é considerada a deusa da agricultura na Mitologia Grega, ela era quem nutria a terra. Era também considerada como a protetora do casamento, deusa da gestação e das leis sagradas. Uma das doze divindades do Olimpo, filha de Cronos e Réia. Com Iásion, teve um filho chamado Pluto, que morreu após ser atingido por um raio que Zeus enviou por descobrir que que Deméter e Iásion eram amantes. Zeus teria cegado Pluto por ele ser tão generoso e só conceder suas riquezas as pessoas honestas, e cego ele não poderia se diferenciar – Pluto havia herdado de sua mãe a generosidade.
Uma grande história muito triste em sua vida, foi quando sua filha Perséfone foi raptada por Hades, que vivia nas profundezas do inferno e lá se casaram. Mas Deméter conseguiu que sua filha passasse uma parte do tempo ao seu lado e outra com seu marido no inferno, onde se tornou a pessoa que recebia as almas. Quando Perséfone está com sua mãe, a primavera reina, já quando volta para o inferno com seu marido, o inverno chega.
Não conseguiu trazer sua filha de volta, porque ela havia comido Romã e diz a lenda que quem come algum grão nas profundezas não pode mais de lá sair. Também teve um filho com Poseidon que a desejava muito – Deméter então em uma tentativa de tirar Poseidon de sua vida se transformou em égua, mas ele soube de seu plano e se transformou em cavalo e assim nasceu Aríon, que era um cavalo que podia falar e era mágico.
Nessa mesma época que Poseidon teve essa atitude, foi a época da fome, pois Deméter ficou muito indignada e saiu do Olimpo, então a terra ficou estéril. Foi então que ela recebeu outros nomes como, a Negra por ter ficado de luto e também o nome de Erínia por causa de sua ira. Então Deméter decidiu se banhar no rio Ládon, que era o rio que tinha o poder de apagar as mágoas, foi assim que Deméter resolveu voltar para o Olimpo.
Deméter fez muitas viagens com Dionísio onde ela explicava e ajudava os homens a cuidar de suas terras e de suas plantações. Na maioria das vezes que era representada em estátuas ou desenhos trazia uma foice em uma mão e na outra mão, espigas e papoulas. Na mitologia romana Deméter era conhecida como Ceres.

DIONÍSIO


Deus grego, Dionísio, identificado a Baco, divindade romana, era filho de Zeus  e da princesa tebana Semele, filha de Cadmo. Ele foi o único ser divino gerado por uma mortal. Ela foi seduzida por Zeus, que se disfarçou de homem. Hera, irmã e esposa do Deus de todos os deuses, possuída pelo ciúme, armou uma cilada para a mãe de Dionísio. Fazendo-se passar pela ama de leite da princesa, ela a convenceu a pedir uma prova a Zeus de quem ele realmente era, ou, segundo outra versão, requerer-lhe que se apresentasse diante dela com suas vestes mais brilhantes.
Zeus foi obrigado a cumprir a promessa feita à amada, mesmo consciente do que aconteceria, porque havia jurado pelo Estige, o rio da imortalidade, voto este que nem mesmo uma divindade poderia romper. Como ele esperava, Semele transformou-se em pó, pois não suportou seu brilho. Tudo que ele pode fazer foi salvar seu filho, retirando-o do ventre materno e gerando-o em sua própria coxa, até seu nascimento.
Após a concepção, a criança foi entregue à tia, que o educou com o auxílio das dríades, das horas e das ninfas. Algumas lendas também mencionam a possibilidade de Dionísio ser filho de Perséfone, a soberana dos Infernos. Ao crescer, o deus foi enlouquecido por Hera, inconformada com a traição de seu marido. Ele passou então a circular por todos os recantos do Planeta. Ao encontrar a deusa Cibele, na Frígia, ela lhe concedeu a cura e o formou dentro das cerimônias religiosas que ela cultivava.
Foi então que ele se tornou o deus do vinho e da vegetação, quando Sileno lhe transmitiu a arte de produzir o vinho, de semear a vinha, cortar os galhos e colher as uvas. Desta forma, ele assumiu o papel de revelar aos mortais os segredos do cultivo da videira. Assim, é sempre concebido como um jovem sem barba, alegre, embriagado pelo vinho que transborda do copo que ele segura, loiro, com os cabelos se derramando pelos ombros, nas mãos um cacho de uvas ou uma taça, na outra uma pequena lança adornada com folhas e fitas. Seu corpo é geralmente coberto por um tecido de pele leonina, pois nos mitos romanos ele se transforma em Baco, que se metamorfoseia em um leão, com a missão de derrotar e se alimentar dos gigantes que tentavam atingir o céu.
Também é possível encontrar a imagem de Dionísio assentado sobre uma vasilha, com um copo na mão, o qual verte vinho embriagante, o que justifica seu andar vacilante. Os gregos ofereciam a ele bodes, coelhos e pássaros corvídeos. Este deus era também considerado um guerreiro, sempre vencendo os adversários, principalmente se livrando das armadilhas de sua rival maior, Hera.
Sua fama como deus do vinho e do prazer rendeu-lhe vários festivais teatrais em sua honra. Ele é sempre conectado também com atividades prazerosas, como o erotismo e as orgias. Segundo as lendas, ele era muito simpático com quem lhe rendia culto, mas podia proporcionar loucura e ruína para os que menosprezavam os festins devassos a ele ofertados, conhecidos como bacanais. Consta igualmente que ele sempre se recolhia na morte durante o inverno e voltava a nascer na primavera

ÍRIS


Deusa do arco-íris, filha do Titã Taumas e de Eléctra, filha do Titã Oceano. Como mensageira de Zeus e sua esposa Hera, Iris deixava o Olimpo apenas para transmitir os ordenamentos divinos à raça humana, por quem ela era considerada como uma conselheira e guia. Viajava com a velocidade do vento, podia ir de um canto do mundo a outro, ao fundo do mar ou às profundezas do mundo subterrâneo.
Embora fosse irmã das Hárpias, terríveis monstros alados, Iris era representada como uma linda virgem com asas e mantos de cores brilhantes e um halo de luz em sua cabeça, deixando no céu o arco-íris como seu rastro.
Para os gregos, a ligação entre os homens e os deuses é simbolizada pelo arco-íris.
Íris é a deusa do arco-íris, mensageira de Hera, rainha das deusas. Íris representa o lado feminino de Hermes, emissário de Zeus, que era adorada tanto pelos deuses quanto pelos mortais por sua natureza de bondade e amor.
Sempre que Hera ou Zeus desejava transmitir seus desejos aos homens, Íris descia à terra onde tomava forma humana, ou então se fazia enxergar ao natural como uma linda mulher alada. Às vezes cortava os ares com a mesma rapidez do vento oeste, Zéfiro, seu consorte.
Outras vezes descia suavemente pelo arco-íris que ligava o céu à terra.
Podia caminhar pelas águas com igual facilidade e até mesmo o mundo das trevas abria suas portas para ela quando, a pedido de Zeus, deveria reabastecer sua taça de ouro com as águas do rio Estige, com a qual os imortais se benziam contra as profecias malignas.
Sempre que os deuses voltavam ao Olimpo, de suas viagens, Íris os recepcionava com néctar e ambrósia.
Ela não se limitava a entregar as mensagens de Hera, como também era sua agente no cumprimento de suas vinganças, embora sua tarefa principal fosse o consolo e a pacificação.
Era ela quem preparava o banho de Hera, quem lhe prestava serviços dia e noite, estando sempre à sua disposição.
Ela representa, igualmente, os palafreneiros do Olimpo, ajudando os deuses a desatrelar as suas montadas, quando,regressam das expedições, ocupando-se dos seus ginetes e alimentando-os.
Uma certa tradição apresenta-a como esposa de Zéfiro, o vento oeste.
Iris é representada, tal como Hermes, com sandálias aladas e com o caduceu. Uma écharpe de muitas cores (o arco do céu) prolonga as suas asas ode ouro.

HEBE

Hebe (Em grego:Ήβη) Era a personificação da juventude e imortalidade, filha legítima de Zeus e de Hera (vv.), e irmã de Ares e de Itítia (vv.). Ela preparava o banho de Ares e ajudava Hera a aprontar o seu carro, e dançava com as Musas quando Apolo (vv.) tocava a sua lira. Hebe servia o néctar e a ambrosia aos deuses no Olimpo. . Um dia, quando executava essa tarefa, caiu numa posição inconveniente. Segundo uma versão, os olímpicos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída pelo mortal Ganímedes. Por ocasião da reconciliação de Heraclés (v.) com Hera e de sua apoteose os deuses celebraram as núpcias do herói com Hebe. Héracles, desposou-a quando o herói, após sua morte, foi imortalizado, e com ele teve dois filhos, Alexiarese Anicetus.










ÉRIS



Éris  é a deusa que personifica a discórdia e o caos na mitologia grega.
Nascida de Nix e renascida com o nascimento de Ares, que são frequentemente chamados de irmãos. Ela é a discórdia no casamento, mas, sobretudo na Guerra, acompanhando o irmão pelo campo de batalha. E quando todos os Deuses se retiram, ate mesmo o próprio irmão, ela permanece no local para gozar do caos e destruição causados.
Ela é a Deusa que inflige o sofrimento, chegando mesmo a.ser chamada de monstro infernal. E os seus esquemas de Discórdia não se limitam aos mortais. A lenda mais famosa referente à Éris relata o seu.papel ao provocar a Guerra de.Tróia, quando Peleu e Tétis casaram-se, e ela foi a única Deusa não convidada, devido ao seu comportamento. Como vingança tirou uma maçã dourada (pomo de ouro) da árvore das Hespérides e inscreveu nela "Para a mais bela" atirando-a para a mesa do.banquete. De imediato Afrodite, Hera e Atena se levantaram para reclamar o prêmio, fazendo com que as deusas discutissem entre.si acerca da destinatária. O incauto Páris , um pastor de rebanhos, príncipe de Troia, foi.designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes.imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a atual.mulher mais bela mulher do mundo,ofereceu Helena , esposa de Menelau de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu.
Éris a filha de Nix e Cronos, traz personificações de seus outros irmãos, filhos de Nix: Ponos (pena), Lete (esquecimento), Limos (fome), Algos (dor), Hisminas (disputas), Macas (batalhas), Fonos (matanças), Androctasias (massacres), Neikea (ódio), os Pseudologos (mentiras),as Anfilogias (ambiguidades), a Disnomia (a desordem) e a Ate (a Ruína e a Insensatez), todos eles companheiros inseparáveis, e a Horcos (Juramento), ele que mais problemas causa aos homens da terra cada vez que algum presta falso testemunho.

KAIROS

Kairós, o deus da oportunidade, era filho de Zeus - o deus dos deuses e de Tykhé, a divindade da fortuna e prosperidade. Descrito como um belo jovem calvo com um cacho de cabelos na testa, ele era um atleta e tinha uma agilidade incomparável. Resplandecente e com a flor da juventude, Kairós tinha duas asas nos ombros e nos joelhos. Se assemelhava a dioniso; tinha as bochechas vermelhas e a pele delicada. Sempre sem roupas, ele corria rapidamente e só era possível alcançá-lo agarrando-o pelo topete, ou seja, encarando-o de frente. Depois que ele passava, era impossível perseguí-lo, pegá-lo ou trazê-lo de volta. Na entrada do estádio em Olímpia havia dois altares: um era consagrado a Hermes ,que simbolizava os jogos e o outro era consagrado a Kairós, que simbolizava a oportunidade. Entre os romanos era chamado de Tempus, o breve momento em que as coisas são possíveis. Kairós tinha o poder do movimento rápido que podia passar despercebido aos olhos desatentos, tornando impossível recuperar a visão de sua passagem. Dada à sua natureza difícil, raramente proporcionava uma segunda chance. Na filosofia grega e romana é a experiência do momento certo e oportuno. Kairós era o tempo em potencial enquanto kronos era a duração de um movimento e uma criação. Kronos, era descrito como o velho, o Senhor do tempo, das estações, da pressão das horas ordenadas pelo relógio e pelos dias, meses e anos determinados pelo calendário. Cruel e tirano, Kronos controlava o tempo desde o nascimento até a morte, aquele tempo comum, real, visível e rotineiro. O Tempo kronos era o ditador da quantidade de coisas realizadas durante o dia, o tempo burocrático, o tempo humano, o tempo que nunca é suficiente, o tempo que escraviza, preocupa e estressa. Kronos deu origem ao cronômetro e aos medidores do tempo, o tempo dos homens. Kairós era descrito como um jovem que não se importava com o relógio, o calendário e o tempo cronológico. Kairós era o tempo que não podia ser cronometrado, o tempo que não pertencia a Kronos porque não previsível, apenas acontecia, por isso chamado de momento ou oportunidade. É o tempo divino que o vento traz, a vida conspira, decide acontecer sem tempo, sem hora marcada, se manifesta instante a instante e permanece eterno. Kairós marca os momentos que se tornam eternos, ainda que tenham sido breves. Os gregos acreditavam que com Kairós poderiam enfrentar o cruel tirano Kronos.

ERÍNIAS OU FÚRIAS


As Erínias (Fúrias para os romanos) eram personificações da vingança semelhantes a Nêmesis que punia os deuses, enquanto as Erínias puniam os mortais. Tisífone (castigo), Megera (rancor) e Alecto (interminável) viviam no submundo onde torturavam as almas pecadoras que ali chegavam depois de passar pelo veredito de Hades.
Elas nasceram das gotas do sangue de Urano quando ele foi castrado por Cronos. Pavorosas e cruéis, as Erínias encarregavam-se de criar nas almas pecadoras o remorso e a necessidade de perdão.
Tisífone, a vingadora dos assassinatos e homicídios, principalmente aqueles praticados contra os pais, irmãos, filhos e parentes, e açoitava os culpados, enlouquecendo-os.
Megera, personifica o rancor, a inveja, a cobiça e o ciúme. Castigava principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade. É a Erínia que persegue, fazendo a vítima fugir eternamente. Grita a todo momento nos ouvidos do criminoso, lembrando-lhe das faltas cometidas.
Alecto, a implacável, eternamente encolerizada, encarregava-se de castigar os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba etc. É a Erínia que espalha pestes e maldições. Segue o infrator sem parar, ameaçando-o com fachos acesos, não o deixando dormir em paz.
As Erínias são divindades presentes desde as origens do mundo e, apesar de terem poder sobre os deuses e não estarem submetidas à autoridade de Zeus, vivem às margens do Olimpo. Os deuses as rejeitam mas as toleram. Os homens fugiam delas. Sendo forças primitivas, atuavam como vingadoras dos crimes e reclamavam com insistência a punição do homicida com a morte.
Porém, visto que o castigo final dos crimes é um poder que não corresponde aos homens, por mais horríveis que sejam, estas três irmãs se encarregavam do castigo dos criminosos, perseguindo-os incansavelmente até mesmo no mundo dos mortos, pois seu campo de ação não tem limites.
As Erínias são convocadas pela maldição lançada por alguém que clama vingança. São deusas justas, porém implacáveis, e não se deixam abrandar por sacrifícios nem suplícios de nenhum tipo. Não levam em conta atenuantes e castigam toda ofensa contra a sociedade e a natureza, como o perjúrio, a violação dos rituais de hospitalidade e, sobretudo, os assassinatos e crimes contra a família.
As Erínias são representadas normalmente como mulheres aladas de aspecto terrível, com olhos que escorrem sangue no lugar de lágrimas e madeixas trançadas de serpentes, estando muitas vezes acompanhadas por muitos destes animais. Aparecem sempre empunhando chicotes e tochas acesas, correndo atrás dos infratores dos preceitos morais.
Quando Saturno castra Urano, psicologicamente, Saturno castra as novas ideias de Urano, uma nova ação ou direção. Pode ser por um senso de dever, compromisso e responsabilidade que mantém Urano sem ação; ou uma necessidade básica de segurança unindo-se ao medo do desconhecido que se sobreponha a qualquer iniciativa de mudança.
As consequências da castração de Urano por Cronos são retratadas na mitologia. Quando reprimimos ou bloqueamos as necessidades de mudanças que surgem em nós por Urano, nascem as Fúrias em nosso interior. Podemos ter um profundo ressentimento contra aqueles que estão impedindo nosso avanço, ou sentimos inveja daqueles que tem liberdade para progredir, enquanto permanecemos parados.
Se usamos a energia de Urano e seguimos nossos impulsos uranianos para mudar e romper com as estruturas vigentes, indo em busca de algo novo, então quem se enfurece são as forças de Saturno. Aí descobrimos que essas Fúrias vem em nossa direção através daqueles que se sentem ameaçados por nossas ações rebeldes.
Tal fato não é incomum quando rompemos um relacionamento. Quando há um rompimento sempre o motivo está na insatisfação daquele que rompe, que sente necessidade de mudar algo. Aquele que se sente limitado no relacionamento acaba indo embora. Isto faz despertar as Fúrias no outro que não aceita o final do relacionamento, o que resulta em ameaças e outras manifestações graves.
As Fúrias despertam como na Grécia antiga, para atormentar, e podem acontecer também em outras esferas, como nas famílias, departamentos governamentais, onde as Fúrias são postas em evidência contra os dissidentes ou rebeldes que ameaçam o Estado.
Nas famílias formam-se sistemas e estruturas que organizam suas próprias regras que, apesar de não escritas, servem para criar limites - quem pode fazer ou dizer alguma coisa. Se um dos membros da família começa a agir de forma a ameaçar essa estrutura, é provável que as Fúrias sejam lançadas contra ele. Por exemplo, a família deseja que o filho jovem seja um advogado. No entanto, o jovem pretende decidir sua vida e seguir uma carreira artística. Com certeza a família irá conspirar contra ele, lançando suas Fúrias de modo a impedí-lo de seguir a carreira escolhida. Mas se o jovem atender aos desejos da família, então as Fúrias agitarão em seu interior, por não seguir sua vontade de decidir a própria vida. Instala-se um impasse.
Porém da castração de Urano por Cronos nasceu Vênus. Esta parte do mito sugere que Vênus - princípio do amor, da beleza, da harmonia, diplomacia e equilíbrio - pode nascer da tensão entre as forças saturninas e as forças uranianas. Isso se traduz pela possibilidade de apresentar novas ideias e alternativas de forma habilidosa e diplomática que não seja ameaçadora para a ordem estabelecida das coisas. É abrandar a tendência uraniana de romper abruptamente com as coisas e a tendência saturnina de manter tudo como está.
Se Urano desenvolve um estilo venusiano - diplomático - de fazer as coisas, pode persuadir Saturno a ter maior flexibilidade, mantendo o melhor do passado e abrindo espaço para novas ideias, propondo experimentar novas coisas. Ajudado por Vênus, Urano consegue preparar Saturno para algo novo de forma suave e ponderada. Quando desejamos mudar algo, devemos abrir espaço para que algo de novo aconteça. A transição se faz de forma diplomática e venusiana.
Ás vezes, o tato e a diplomacia não funcionam. O sistema vigente pode recusar a ceder e aí não resta outra alternativa senão desafiar diretamente o sistema vigente e enfrentar as consequências. Em certas ocasiões, é politicamente correto romper com certas coisas, mesmo que tenhamos de enfrentar as Fúrias, para que possamos tomar um caminho que seja verdadeiro para nós.



Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Reside em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que é atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano e tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo.
Em Roma, chamado de Lupércio, é o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã é associado com a caverna onde Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode.
Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Lupercus para manter os lobos afastados.
Pã e Syrinx, quadro de Nicolas Poussin (1637)
Pã apaixonou-se por Syrinx, que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo facto de ele não ser nem homem, nem bode.
Pã então perseguiu-a, mas Syrinx, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atendem o seu pedido a transformando em bambu. Quando Pan a alcançou e a quis agarrar, não havia nada, excepto o bambu e o som que o ar produzia ao atravessá-lo.
Quando, ao ouvir este som, Pã ficou encantado, e resolveu então juntar bambus de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou syrinx, em honra à ninfa. Este instrumento musical é conhecido mais pelo nome de Flauta de Pã, em honra ao próprio deus.
Com Selene, teve quatro filhos, Victor, a lua crescente, Romera, uma formosa jovem, a lua cheia, Aluzia, a lua minguante e Krinus, a lua nova.
Pã teria sido um dos filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amalteia. Seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do Rio Nilo e surgiu Tifão, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma cabra; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma constelação, a que seria Capricórnio.
Resumindo Pã é o Deus dos pastores e dos rebanhos.

FOBOS E DEIMOS

Fobos (em grego: φόβος, medo, derivado: fobia). O Deus Phobos é filho do deus da guerra Ares, que por muitas vezes é retratado em muitas histórias, e da deusa do amor Afrodite. Phobos" significa "medo" e serve de raiz para a palavra fobia. Durante as batalhas, os seguidores e adoradores de Apolo e de Marte injetavam nos corações dos inimigos a covardia e o medo que fazia-os fugir, utilizando o vigor grego com as várias faces de Phobos desenhadas em seus escudos. Os adoradores de Phobos desestabilizavam os guerreiros inimigos para que os ajudantes de Ares pudessem agir.
Deimos (pânico) é uma figura da mitologia grega. Na Teogonia, de Hesíodo, ele é um dos três filhos de Ares e de Afrodite (Cytherea), sendo irmão de Fobos, o medo, e Harmonia, que se casou com Cadmo. O terrível Deimos é a personificação do Pânico e acompanhava seu pai e seu irmão Fobos, fazendo as tropas abandonarem a formação e fugirem desordenamente. Assim como seu pai Ares ambos irmãos sempre que tinham a possibilidade entravam em campo de batalha em meio aos mortais se divertindo com a guerra e aproveitando o máximo de cada batalha.

ASCLÉPIO

Esculápio (em latim: Aesculapius) ou Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós) é o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana.Não faz parte do Panteão das divindades olímpicas, mas acabou por se tornar uma das divindades mais populares do mundo antigo, a ponto de Apuleio dizer dele: Aesculapius ubique (Esculápio por toda parte).
Existem várias versões de seu mito, mas as mais correntes o apontam como filho de Apolo, um deus, e Corônis, uma mortal. Teria nascido de cesariana após a morte de sua mãe, e levado para ser criado pelo centauro Quíron, que o educou na caça e nas artes da cura. Aprendeu o poder curativo das ervas e a cirurgia, e adquiriu tão grande habilidade que podia trazer os mortos de volta à vida, pelo que Zeus o puniu, matando-o com um raio. O seu culto disseminou-se por uma vasta região da Europa, pelo norte da África e pelo Oriente Próximo, sendo homenageado com inúmeros templos e santuários, que atuavam como hospitais. A sua imagem permaneceu viva e é um símbolo presente até hoje na cultura ocidental.

TÉTIS (a nereida)

Tétis do pé prateado (do Grego antigo Θέτις), é uma ninfa do mar, uma das cinqüenta Nereidas filhas do antigo deus marinho nos vestígios históricos da maior parte da mitologia grega. Quando descrita como uma Nereida, Tétis era a filha de Nereus e Doris1 , e neta de Tétis, a titânide. Teve vários filhos, entre eles, Aquiles.
Em português, é frequentemente confundida com sua avó Thétis, mas esta confusão não existe em línguas onde existe diferença entre th e t ou entre i e y, pois a nereida se escreve como Θέτις (thetis) e a titânide como Τηθύς (tethys). Foi criada por Hera, a quem dedicava grande amizade. Recolheu Hefesto quando o deus foi precipitado do Olimpo por Zeus. Amada pelo soberano dos deuses, resistiu-lhe, temendo magoar Hera. De acordo com outra versão, foi o próprio Zeus que a repudiou. O senhor olímpico temia a realização de um oráculo segundo o qual Tétis conceberia dele um filho que o destronaria. Numa variante da lenda, tal oráculo referia-se a Zeus e a Poseidon, ambos enamorados da nereida. Para que a profecia não se cumprisse, o rei dos deuses apressou-se em casar a amada com o mortal Peleu, rei da Fítia (Tessália), filho de Éacol e neto de Zeus, por parte de pai, e grande amigo de Héracles. Tétis, entretanto, fugia à corte do noivo, transformando-se em diversos elementos. Aconselhado pelo centauro Quíron, Peleu segurou-a violentamente, até que a nereida voltou à forma natural. O casamento foi celebrado na presença dos deuses e das Musas. Da união nasceram sete filhos. Para purificar as crianças dos elementos mortais herdados do pai, Tétis expunha-as ao fogo, acarretando sua morte. Segundo uma tradição, quando tentava purificar seu sétimo filho, Aquiles, Peleu interferiu, salvando a criança. Irritada, Tétis abandonou o marido e retornou ao fundo do mar. Protegeu o filho durante toda a vida do herói, tentando afastá-lo dos perigos e consolando-o nas tristezas. Não pôde, entretanto, evitar que ele morresse na guerra de Troia, pois assim havia decretado o Destino. Depois da morte do herói, tomou sob sua proteção Neoptólemo.
O casamento de Peleu e Tétis
Peleu e Tétis casaram-se no alto do monte Pélion em magnífica cerimônia. Os deuses honraram-na com sua divina presença, e pela última vez, estiveram reunidos com simples mortais. As próprias musas entoaram o epitalâmio (canto nupcial) e cada um dos deuses deu um presente, conforme a tradição. Posídon, por exemplo, presenteou os noivos com dois cavalos imortais, Bálio e Xanto, capazes também de falar.
Zeus, porém, não havia convidado Éris, filha de Érebo e Nix, a antiga divindade que personificava a discórdia. Mas Éris compareceu assim mesmo e lançou, diante de Hera, Afrodite e Atena, um belíssimo pomo de ouro com a maliciosa e provocativa inscrição: "à mais bela".
Com esse simples gesto Éris desencadeou a acirrada disputa entre as três deusas que, mais tarde, levaria à destruição de Troia e, nas palavras de Homero, "lançou no Hades muitas almas valorosas de heróis" (Il. 1.3-4).

NIKE

Nike ou Niké, chamada pelos romanos de Victoria, personificava o triunfo e a glória. Deusa alada, Nike podia correr e voar em grande velocidade, além de outras qualidades extraordinárias que lhe eram atribuídas. Representada carregando uma palma e uma coroa de louros, era considerada como fonte de boa sorte e todos os deuses, atletas e guerreiros desejavam ter Nike ao lado.
Ela estava sempre ao lado de Athena, a deusa da sabedoria, da estratégia e das habilidades, dando a certeza de que a deusa obteria a vitória nas batalhas travadas. Os atenienses tinham especial devoção por Nike e ergueram templos em sua homenagem para assinalar as suas vitórias militares. Muitos desses cultos eram conjugados com outros dedicados à própria Athena.
Nike voava sobre os campos de batalha para premiar os vencedores com a fama e a glória, mas nem sempre era justa e nem sempre premiava o mais brilhante. Nike premiava com os louros da vitória quem soubesse usar da melhor estratégia. Filha de Palante e da oceânide Estige ou Styx, sua mãe era a deusa dos inquebráveis juramentos solenes e portanto invocada em qualquer situação que envolvesse ganhos, sucesso, vitória e poder. Isso porque para vencer, é necessário fazer um juramento consigo mesmo para alcançar um objetivo. 
Quando Zeus, a divindade dominante do panteão grego, estava organizando a guerra contra os titãs, Styx e seus filhos Nike, Bia, Kratus e Zelus foram seus aliados. Aos deuses, guerreiros e herois, Bia dava a força, Kratus o poder e Nike coroava a vitória. Porém qualquer um que fosse vencedor também deveria saber lidar com Zelus - o ciúme, algo que sempre ronda quem tem sucesso.

PROTEUS

Proteus era um deus marinho, um dos 3.000 filhos dos titãs Tétis e Oceano. Nascido em Palene, uma pequena cidade da Macedônia, ele teve dois filhos gigantes e cruéis: TImolos e Telégono. Não conseguindo transmitir o sentimento de humanidade para seus filhos, Proteus pediu ajuda a Netuno.
O deus do mar aconselhou Proteus a abandonar sua cidade e ir com ele cuidar do grande rebanho de peixes e focas nas costas do Egito. Depois de algum tempo Netuno quis recompensá-lo por seu trabalho e concedeu-lhe o conhecimento do presente, do passado e do futuro.
Proteus passou a ser reverenciado por seus dons proféticos e reveladores do destino. Muitas pessoas passaram a procurá-lo desejando conhecer as artimanhas do destino, porém Proteus se mostrava arredio para revelar sobre os acontecimentos vindouros. Ele considerava que cada um poderia fazer seu próprio destino através de suas ações. Para se esquivar das pessoas, Proteus se metamorfoseava assumindo aparências monstruosas fazendo as pessoas fugirem assustadas. 
Entretanto Proteus tinha duas filhas que conheciam seus segredos; uma delas era a ninfa Eidotéia. Quando Menelau, o rei de Esparta, tentava regressar para sua casa após a Guerra de Troia, ventos contrários levaram seu navio até as costas do Egito. Compadecida do rei, Eidoteia revelou a Menelau que bastaria surpreendê-lo durante o sono e amarrá-lo para que não escapasse e fazer-lhe as perguntas. 
Seguindo as instruções de Eidoteia, Menelau e seus três companheiros de esconderam na gruta onde Proteus costumava descansar com seu rebanho após a refeição do meio-dia. Proteus chegou na gruta e tomou uma posição cômoda para dormir. Assim que ele fechou os olhos, Menelau e os seus companheiros se atiraram sobre ele e o apertaram fortemente entre os braços. Proteus se metamorfoseava em leão, árvore, dragão, javali e outros monstros, mas era inútil pois eles o apertavam com mais força.
Quando enfim esgotou todas as suas astúcias, Proteus voltou à forma ordinária e deu a Menelau os esclarecimentos que ele pedia. Apesar de ser capaz de prever as grandes tempestades e as dificuldades que Menelau iria encontrar durante sua viagem pelo mar, Proteus só poderia aconselhar. O resto dependeria apenas de Menelau...

FÂNTASO 

Fântaso ou Fantasos (possivelmente do grego Φαντασος, transl. Phantasos, pelo latim Phantasus) é o deus da fantasia e um dos oneiros. Deus que pode exercer a irrealidade. Nos mitos possuía o poder de criar sonhos irreais e ameaçadores.
Na mitologia grega, é irmão de Hipnos (sono) e filho de Nix (noite), enquanto na romana é filho de Somnus (sono) e Nox (noite), e um dos Oneiros. Aparece nos sonhos, na forma de objetos inanimados ou "sem vida" (no sentido greco-romano), como rochedos, água e bosques.
Seus dois irmãos, Morfeu - que toma a forma humana e é capaz de imitar mesmo as peculiaridades mais sutis de cada pessoa - e Fobetor (conhecido por outros deuses como Ícelo, seu "verdadeiro nome") - que toma a forma das bestas, podendo imitar as aves, quadrúpedes e serpentes - o auxiliam nos sonhos; Morfeu toma conta dos sonhos plausíveis, enquanto Fobetor dos pesadelos.
Ao menos na mitologia romana, Fântaso, Ícelo e Morfeu (ao contrário dos outros "sonhos") não servem as pessoas comuns, reservando-se a apenas servir os reis, heróis e outras pessoas importantes.

JANO


Jano era o deus romano conheci como o porteiro do céu. Era ele que abria o ano, e o seu primeiro mês até hoje o relembra (janeiro). Como divindade guardiã das portas, era geralmente apresentado com duas cabeças, pois todas as portas se voltam para dois lados. Seus templos em Roma eram numerosos. Em tempo de guerra suas portas principais permaneciam abertas. Em tempo de paz, eram fechadas. Só foram fechadas, porém, uma vez no reinado de Numa e outra no reinado de Augusto.
Jano (em latim Janus) foi um deus romano das mudanças e transições, como pode ser visto nas citações "Jano tem poder sobre todos os começos (...)" e “Em poder de Jano estão os inícios”, em relação às mudanças (inícios, começos), e nas citações "Duas portas haver, bélicas ditas,Que santo horror defende e o cru Mavorte:Barras, ferrolhos cem de bronze as trancam;/Sempre ao limiar de sentinela Jano" e "(...) Então deposta a guerra,/Se amolgue a férrea idade; a encanecida/Fé com Vesta, os irmãos Quirino e Remo/Ditem leis; Jano trave as diras portas/Com trancas e aldrabões", em relação às tradições (leis). A figura de Jano é associada a portas (entrada e saída), bem como a transições. A sua face dupla também simboliza o passado e o futuro. Jano é o deus dos inícios, das decisões e escolhas. O maior monumento em sua glória se encontra em Roma e tem o nome de Ianus Geminus (gêmeos Jano).
Jano é tido como o regente de Lácio (Lázio), região da Itália Central, foi responsável pela idade de ouro, trouxe dinheiro e agricultura a região. O seu nome está também associado às trocas e colheitas.
Jano tinha duas faces, uma olhando para a frente e outra para trás, e dele derivam os nomes da mone Jano e o rio Jano, pois ele viveu na montanha. Ele foi o inventor das guirlandas, dos botes, e dos navios, e foi o primeiro a cunhar moedas de bronze; por isto que em várias cidades da Grécia, Itália e Sicília, em suas moedas, trazem em um lado um rosto com duas faces e no outro um barco, uma guirlanda ou um navio.

Ele se casou com sua irmã Carmese, e teve um filho chamado Aethex e uma filha chamada Olistene. Desejando aumentar o seu poder, ele navegou até a Itália e se instalou em uma montanha próxima de Roma, chamada Janiculum por causa dele.

MACÁRIA

Na mitologia grega, Perséfone era considerada a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. Criada no Olimpo, o lar da nobreza divina, na infância ela tinha sido uma linda criança chamada Koré, filha de Zeus e Demeter, a deusa da agricultura, das estações do ano e da feminilidade. 

Quando os primeiros sinais da beleza e feminilidade de Perséfone começaram a brilhar em sua adolescência, vários deuses do Olimpo começaram a cortejá-la. Deméter tentava proteger sua filha do assédio dos deuses e rejeitava as propostas de casar sua filha. Porém Hades, o deus do mundo subterrâneo, não aceitou a rejeição. 

Certo dia, enquanto ela colhia narcisos no campo, Hades sequestrou-a e levou-a para ser a rainha do seu reino. Demeter ficou inconsolável e sua tristeza fez a terra se tornar estéril e nada mais florescia. Diante da falta de alimento, Hermes interceu junto a Hades e fez um acordo. Persefone passaria metade do ano junto com sua mãe e a outra metade no mundo inferior. 

Quando Persefone vinha visitar sua mãe,o mundo se tornava alegre e florido o que deu origem à primavera e o verão. Porém, quando Persefone retornava ao reino de Hades, as árvores perdiam suas folhas, nada florescia e o mundo se tornava frio e triste, originando o outono e o inverno.     

Tendo se tornado a rainha do mundo dos mortos, Persefone interferia nas decisões de Hades. Era Persefone quem cortava o fio de cabelo que ligava qualquer mortal à vida. Algumas vezes, mesmo que Hades ou outros deuses decidissem enviar alguém ao mundo dos mortos, ela intercedia a favor dos heróis e mortais.  

Da união entre Persefone e Hades nasceu Macária ou Makaris, a deusa da boa morte e de um final feliz. Ela dava proteção aos justos e concedia-lhes uma morte serena e tranquila, às vezes durante o sono, acompanhando-os até a sentença final no tribunal dos mortos. Descrita como uma bela mulher de pele alva com cabelos negros, ela vagava entre os mortais sem ser percebida, apenas sentida através de seu doce perfume...


Macária, segundo a obra bizantina "Suda", era a deusa da boa morte. Ela é filha de Hades e Perséfone em algumas tradições, nascida de sua união forçada, embora não haja menção pouco antes de seu momento. Ela então se tornou a deusa da morte feliz, mas não era bem conhecida. Macária levava os realmente privilegiados. Levava a morte pessoas que dormiam ou que estavam num estado de paz e calmaria. Seus poderes de manipulação das sombras lhe proporcionavam não ser vista pelos mortais, e com um aroma doce, ela leva o mortal confortavelmente.

Outras Versões:

Macária era conhecida como a deusa da "boa morte"
Ela era filha de Hades e Persefone, e algumas pessoas acreditam estes se uniram forçadamente. Ela que levava as pessoas a morte quando estavam dormindo e outras coisas em que a pessoa não sente muita dor.

Macária (provavelmente mistura de maca com cárie) é a primeira filha de Hades e Perséfone. Ela é a bondosa deusa da boa morte.

Mas como boa morte? Bom, ela protegia as pessoas que morriam durante o sono, ou então que morriam rindo ou em um grande estado de alegria.

Ela apadrinhava esses privilegiados, levando-os sem dor alguma até o juízo, ficando ao lado da alma até o fim.
Sendo filha dos reis do Submundo, tinha grande poder sobre as trevas, podendo vagar pelos mortais sem ser vista ou sentida, apenas era sentida pelo escolhido para morrer, através de um doce perfume...
Tinha longos cabelos negros e a pele branca. Se vestia com um longo vestido preto.

Macária, na mitologia grega, era uma filha de Héracles e Dejanira.
Após a morte de Hércules no monte Eta, seus filhos fugiram do Peloponeso, temerosos da vingança de Euristeu, primo de seu pai e que lhe impusera os doze trabalhos.
Refugiando-se em Traquine, na corte do rei Ceix, dali mudaram-se para Atenas sob a proteção de Teseu, que ignorou as ameaças de Euristeu. Seguiu-se uma batalha, com a vitória dos atenienses que, entretanto, só pode ser obtida com o sacrifício voluntário da jovem Macária. Uma fonte em Maratona se chama Macária em homenagem a ela.

ÁCMON (Éter)

"Éter ou Acmon era a divindade do ar brilhante do dia"
Na mitologia grega, Éter ou Acmon, Acmão, era um dos deuses primordiais. Personificava o brilhante céu superior, a envolver o Cosmos e separá-lo da confusa escuridão do Tártaro.   Na Teogonia de Hesíodo, Éter é filho de Érebo e Nix e irmão de Hêmera, mas Higino o considera filho de Caos e os poemas órficos o fazem filho de Chronos e Ananke e o consideram a alma do mundo, da qual toda a vida emana.   

Para os poetas Calímaco e Alcman e para Cícero, Éter ou Acmon era pai de Urano, chamado por eles Acmônida, assim como seus descendentes. 

Higino o considera pai de Gaia, Urano e Talassa, nascidos de Hêmera e também de Algos (dor), Dolos (dolo), Lissa (ira), Pento (luto), Pseudólogo (mentira), Horco (juramento), Poine (Vingança), Intemperança, Anfilogia (altercação), Lete (esquecimento), Aérgia (Preguiça), Deimos (medo), Soberba, Incesto e Hismine (pugna), todos nascidos de Gaia. Aristófanes o considera pai das Néfelas.  A cada dia, Hêmera dispersava as brumas escuras de Érebo, arrastadas dos abismos profundos do Hades pela sua mãe Nix, para trazer o dia ao mundo. Uma bloqueava a luz de Éter ("brilho", "céu azul") e a outra a revelava. Nessa antiga concepção cosmogônica, noite e dia eram vistos como independentes do Sol: o brilhante Éter e não o astro-rei era a fonte do dia. 

O Éter era também o brilhante e puro ar superior que os deuses respiram, em contraste com o ar incolor e espesso (grego Ἀήρ, latim aer) respirado pelos mortais e com o ar inferior e escuro do Érebo. Era ainda visto como a muralha defensiva de Zeus, a fronteira que separava Tártaro do resto do cosmos.Como Tártaro e Érebo, Éter tinha santuários mas não templos e provavelmente não era cultuado.


A mitologia fala pouco de Ácmon, o "pai do céu e da terra", cultuado na Ilha de Creta. Há quem diga que ele é um deus grego do período da criação que nasceu da Terra para acabar com o caos e dar origem à luz e ao céu. Ele voltou depois para o ventre da mãe Terra, onde repousa enquanto há ordem. Para outros é considerado o deus da aviação, aquele que alça voo para realizar sua missão e dar ordem e sentido à existência.

ÊNIO

Ênio era a deusa do horror, e era muito conhecida como a "destruidora de cidades", ela, assim como Phobos e Deimos, acompanhava Ares em suas batalhas. 

Antigamente, os gregos faziam uma "homenagem" a Zeus, Deméter, Atena e Ênio, esta homenagem se chamava Omoloia. Ela, certo dia, se apaixonou perdidamente por Oberon (deus da escuridão) que era filho de Hades.

Ênio (em grego Ένυώ, "horror") é uma personagem da mitologia grega. É uma antiga deusa conhecida pelo epíteto de «Destruidora de Cidades» e frequentemente representada coberta de sangue e levando armas de guerra. Filha de Zeus e Hera, e em algumas versões, filha de Eris, com frequência é retratada junto a Fobos e Deimos como acompanhante de Ares, o deus chefe da guerra, e dizia-se que era tanto sua amante como sua irmã, e em versões menos aceitas é até sua mãe.

Em Tebas e Orcômeno se celebrava um festival chamado Όμολώϊα em homenagem a Zeus, Deméter, Atena e Enio, e dizia-se que Zeus havia recebido o epíteto Homoloios de Homolois, uma sacerdotisa de Enio (Suidas Homolois). Uma estátua de Ênio, feita pelos filhos de Praxíteles, encontrava-se no templo de Ares em Atenas quando Pausânias o visitou.[1] Além de tudo isso, ela apaixonou-se perdidamente por Oberon, deus da escuridão, filho de Hades.

Outra versão:

Ênio (do grego Ἐνυώ, Enyô) era uma antiga deusa da guerra, filha de Zeus e Hera e contraparte e irmã de Ares, segundo Eustácio, comentador de Homero, embora o autor da Ilíada pareça considerá-la a mesma deusa que Éris, a discórdia. Com Ares, teria sido mãe de Eniálio, um deus menor da guerra, segundo Quinto Esmirneu.

O nome Ênio é provavelmente um hipocorístico feminino de Enyálios, nome de um deus da guerra, muitas vezes associado ao grito de guerra. Este último já aparece no período micênico sob a forma Enuwarijo e trata-se, provavelmente, de divindade pré-helênica.

Como deusa da guerra, Ênio é responsável por orquestrar a destruição de cidades, frequentemente acompanhando Ares na batalha e descrita como "suprema na guerra". Durante a queda de Troia, Ênio infligiu horror e morte, ao lado de Éris, Fobos e Deimos, os dois filhos de Ares.

Em Tebas e Orcômeno, um festival chamado Homolôïa era celebrado em honra de Zeus, Deméter, Atena e Ênio, que teriam recebido o epíteto de Homoloïus de Homoloïs, uma sacerdotisa de Ênio. Uma estátua de Ênio, feita pelos filhos de Praxíteles, erguia-se no templo de Ares em Atenas. Uma das Greias, segundo Hesíodo, era também chamada Ênio.


Ênio foi identificada pelos gregos com a deusa anatólia Ma e com a deusa romana da guerra, Belona.


MOROS

Moros, o deus da sorte e do destino. Dizia-se que ele via o destino de todos, desde uma pequena lagarta até a de um deus ou titan. Os gregos o imaginavam como um deus em que estava nos céus, com um cajado em uma de suas mãos e as estrelas na outra mão. Nem Zeus podia evitar o que ele via no destino, ninguém podia, nem ele mesmo. Ele tinha um livro, onde apenas os oráculos podiam ler e ver. Os gregos o consideravam marido de Ananke e pai das moiras. Já que os gregos não podiam falar com ele, eles iam a busca das moiras, a quem pediam o futuro.

Outra Versão:

Moros em grego: Μόρος), na mitologia grega, era o deus da sorte e do destino, da morte e das criaturas do Tártaro representado uma entidade cega. Segundo a Teogonia de Hesíodo, era filho de Nix, sendo assim considerado um Daemon. Sem ver a quem reserva o futuro, seu caráter é o da inevitabilidade. Todos, deuses e mortais, e tudo, estão a ele subordinado.

Imaginavam-no como tendo aos pés a Terra e nas mãos as estrelas e um cetro, a demonstrar sua superioridade. Noutras alegorias, é uma roda, presa por uma corrente, sob uma rocha e com duas cornucópias - ilustrando sua inflexibilidade e sorte.

Representando a própria fatalidade, o "Destino" dita os acontecimentos, e até mesmo Zeus não o pode evitar. Suas leis encontram-se escritas num livro, cujo acesso é possível, e mesmo assim de forma obscura, pelos oráculos.

Também poderia ser chamado de Aeon (tempo eterno), e o consideram marido de Ananque e pai das moiras (parcas em Roma). Para representá-lo, os gregos tinham as Moiras, a quem consultavam os deuses - sem sucesso, posto que o destino é imutável.

O mito principal de Moros é onde ele pega três das flechas de Eros e passa uma parte de sua energia para elas e depois as esconde no mundo mortal. O mito conta que essas flechas fossem disparadas faria o tempo voltar ao tempo do Caos, fazendo com que tudo começasse novamente.


Essa flecha ficou conhecida como Flecha do Destino. Uma delas ficaria no Templo de Eros (em Split, Croácia), outra no templo perdido de Moros e outra presa em alguma árvore do mundo mortal. Se disparadas separadamente, têm a capacidade de fazer a memória de uma pessoa voltar alguns éons na história da pessoa, mas disparadas em conjunto, do mesmo arco, as três, fazem tudo retornar aos tempos do Caos.

Att. MarcioLasombra

6 comentários:

  1. Não gostei de como você falou de Hades o considerando o deus do inferno pois ele é o deus do submundo porém todas as almas vão para lá sendo boas ou más. Verifique isto!

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    1. Hades não é o deus do Inferno uma vez que tal ideologia não existe na mitologia grega, como esta escrito ele é deus do Submundo e gerente das Almas no reino de Hades existe tanto o sofrimento (érebo) quanto a alegria (jardins elísios). As almas são julgadas por Hades e lhes é dado uma sentença seja a pessoa boa ou má.

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  2. Conceito de inferno e cristão , perfeita a colocacao a Hades Deus do submundo

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  3. Na verdade o conceito de inferno não é apenas cristão ele exista nas religiões orientais como na china, japão e ate mesmo na índia.

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  4. o ele nao colocou deus Cronos
    o deus do tempo

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